Análise Comparativa de Implantação de ERP em Empresas de Pequeno Porte

ANÁLISE DO SISTEMA ERP EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS DO PIAUÍ

ANALYSIS SYSTEM ERP IN SMALL AND MEDIUM ENTERPRISES PIAUÍ

¹SANTOS, A. P.; ²OLIVEIRA, A. L. G.; ³QUINZEIRO, E. S.; 4VIEGAS, R. A.

¹Discente de Eng. de Produção, UFPI ([e-mail])

²Discente de Eng. de Produção, UFPI ([e-mail])

³Discente de Eng. de Produção, UFPI ([e-mail])

4Discente de Eng. de Produção, UFPI ([e-mail])

RESUMO

O mundo globalizado torna ainda mais acirrada a competitividade entre as empresas. A fim de se manterem no mercado, as organizações fazem uso do ERP, para auxiliar na tomada de decisões. Tal vem sendo utilizada por pequenas, médias e grandes empresas. O sucesso de implantação desta ferramenta é precedido por uma série de fatores e passos. Neste trabalho vamos estudar, através da análise dos dados de um questionário enviado aos gerentes de TI das empresas, como se deu o processo de implementação do sistema ERP em pequenas e médias empresas da cidade de Teresina.

Palavras chaves: Competitividade. ERP. Implementação. Pequenas e médias empresas.

ABSTRACT

The globalized world is even more fierce competition between companies. In order to stay on the market, organizations make use of ERP, to assist in decision making. This has been used by small, medium and large companies. The successful implementation of this tool is preceded by a number of factors and steps. In this paper we study, through the analysis of data from a questionnaire sent to IT managers of enterprises, how was the process of implementation of ERP system in small and medium enterprises in the city of Teresina.

Key words: Competitiveness. ERP. Implementation. Small and medium enterprises.

1. Introdução

Seja qual a for a empresa, pequena, média ou grande, deve estar alinhada com as tendências econômicas, sejam elas, locais, nacionais ou internacionais. Manter-se competitiva é questão de sobrevivência dentro de um mercado cada mais vez mais diversificado. Para tanto, vale tudo: redução de custos, otimização do processo produtivo, melhorias de layout, planejamento da produção e, até, adesão a sistemas de gerenciamentos de dados.

Os recursos tecnológicos aparecem nesse cenário como ferramenta vitalícia para o funcionamento de uma empresa. Não só as grandes empresas, mas também as de portes menores fazem uso destes recursos para continuarem vivas no mercado.

Surgem, em consequência disto, os sistemas de gerenciamento de informações que podem ser definidos como conjuntos de componentes inter-relacionados que coletam, processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar na tomada de decisões, a coordenação e controle de uma organização (KENNETH LAUDON, JANE LAUDON, 2011).  A vantagem desse sistema é a possibilidade de se obter uma visão geral da empresa, e não de partes isoladas.

Diante do exposto acima, o presente trabalho tem com objetivo geral fazer uma análise dos sistemas ERP em pequenas e médias empresas de Teresina (PI), analisando suas principais vantagens e desvantagens, a relação custo benefício e também a interação dos usuários com relação às dificuldades de implantação. Utilizaremos para isso o questionário elaborado por (OLIVEIRA & HATAKEYAMA, 2012), em seu trabalho intitulado "Um estudo sobre a implantação de sistemas ERP: pesquisa realizada em grandes empresas industriais", adaptando algumas perguntas aos objetivos do trabalho.

2. Fundamentação teórica

1. Sistemas integrados de gestão empresarial (ERP)

As empresas vivem em um momento de acirrada competividade e é visível a maior interação que as mesmas apresentam umas com as outras, tanto internamente quanto externamente. E com isso os administradores tem a necessidade de dar uma resposta rápida às demandas que os clientes os impõem, através de grandes pedidos, ou se o despacho de um fornecedor se atrasa. E não só isso, mas também quais serão os impactos de suas decisões em todos os setores da empresa e qual o desempenho da organização em cada momento, principalmente quando a organização apresenta uma grande representatividade em nível mundial (LAUDON & LAUDON, 2010).

Por isso surgiu o sistema ERP (Enterprise Resource Planning) para auxiliar as empresas na tomada de decisão. O mesmo para chegar à configuração atual passou por uma sequência de evoluções acompanhando o desenvolvimento da tecnologia da computação sendo a última e mais significativa etapa do método MRP (Materials Requirements Planning). O MRP I permite calcular quanto de material é necessário para produzir uma unidade de determinado produto. Durante os anos de 1980 a 1990 sofreu uma expansão e começou a integrar outros setores das empresas, permitido além fazer uma avaliação das necessidades terem uma consciência das consequências das futuras demandas nas áreas financeiras e de produção (SOUSA, RESENDE, & BRITO, 2013).

Para as empresas obterem os resultados citados acima, coordenar os diversos setores, acompanhar o desenvolvimento e atender as necessidades dos mesmos, elas se viram obrigadas a utilizar os sistemas integrados de gestão, que nada mais são que sistemas de planejamento de recursos empresariais ERP.

Para (LAUDON & LAUDON, 2010) o funcionamento do sistema integrado ocorre de modo concatenado, por exemplo, quando um cliente faz um pedido, a circulação de informações se dá pelas áreas que serão afetadas. E todas essas atividades são monitoradas e os gerentes podem utilizar informações integradas para tomar decisões mais precisas em operações diárias ou em planejamento em longo prazo.

Além das vantagens citadas, existe também o quesito de competividade, pois empresas que apresentam todas as suas rotinas de gestão supervisionadas por um sistema integrado, dão aos clientes uma melhor qualidade e consequentemente, os mesmos exigirão das outras, um serviço que se equipare com o que recebeu de uma empresa que utiliza TI nos seus processos (WEYH & STRAUSS, 2013).

Muito por conta de que o ERP, como é exposto por (OLIVEIRA & HATAKEYAMA, 2012), proporciona alternativas que melhoram significativamente a eficiência, qualidade e produtividade da empresa, tendo como implicação direta a satisfação do cliente. Dado que sua capacidade de integração reduz significativamente os Gaps, ao longo da cadeia produtiva, proporcionando um controle da empresa como um todo e a atualização tecnológica.