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Análise da Arborização

Por:   •  7/8/2016  •  Artigo  •  2.237 Palavras (9 Páginas)  •  210 Visualizações

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ANÁLISE DA ARBORIZAÇÃO DO CAMPUS OESTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO, MOSSORÓ-RN

Tallyta Martins de Sousa1*, Francisco Edislan Gurgel Diógenes2, Rejane Tavares Botrel3

1Departamento de Ciências Vegetais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró-RN, Brasil.

2Departamento de Ciências Vegetais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró-RN, Brasil.

3Departamento de Ciências Vegetais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró-RN, Brasil.

*E-mail: tallytamartins1@gmail.com

RESUMO: Planejamento prévio de execução se faz necessário para o sucesso da arborização urbana e deve considerar características regionais e a adaptação das espécies ao local de implantação. Quando não há planejamento, se faz necessária análise dos resultados e a realização de ações corretivas para possíveis problemas que possam surgir. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar a arborização existente no Campus Oeste da Universidade Federal Rural do Semi-Árido em Mossoró-RN. A análise foi feita por meio de amostragem, registrando todos os indivíduos arbóreos presentes nas principais vias e estacionamentos do campus Oeste da UFERSA/Mossoró. Foram analisados e coletados dados gerais quanto à localização e identificação das espécies, informações dendrométricas e biológicas, levantamento de dados quanto ao entorno e interferências às árvores, bem como a sua fenologia. Foram registrados 98 indivíduos arbóreos analisados estavam distribuídos em 13 espécies diferentes. Foi observada uma predominância de espécies exóticas, em detrimento da escolha de espécies nativas. Buscando a proteção e conservação do rico Bioma Caatinga, o  planejamento de rearborização do Campus se faz bastante importante, dando preferência à implantação de árvores de espécies nativas do bioma, minimizando os possíveis impactos negativos causados pela alteração da vegetação local com a implantação de espécies exóticas.

Palavras-chave: Arborização Urbana, Espécies Nativas, Fenologia.

INTRODUÇÃO

No Rio Grande do Norte, estado brasileiro pertencente a região Nordeste, está presente o Bioma Caatinga, exclusivamente brasileiro, que possui como característica principal a sua adaptação aos baixos níveis de precipitação.

A Caatinga, abrangendo uma área de aproximadamente 734 mil km2 , representa um bioma composto por uma grande diversidade de plantas arbóreas, arbustivas e herbáceas, que compartilham de características como a adaptação à deficiência hídrica e ao clima semiárido (GARIGLIO, 2010).

Paiva (2003), considerando a importância da vegetação nos ambientes urbanos, ressalta que um planejamento deve anteceder a implantação da arborização, principalmente, identificando as espécies que mais adequadas para este fim. Assim, vários fatores devem ser levados em consideração, como: o ritmo de crescimento das árvores, as exigências específicas (como clima, solo e umidade), tipo de copa desenvolvida, porte das árvores, folhagem, entre outros, sendo o efeito causado pela implantação da arborização extremamente dependente da escolha da espécie e de como as árvores serão agrupadas (PAIVA, 2003).

Para o plantio paisagístico na Caatinga e no clima semiárido, nos quais o Rio Grande do Norte está inserido, são indicadas espécies nativas e, até mesmo, algumas exóticas. Porém, as nativas são as melhores para a implantação no espaço urbano, visando dessa forma minimizar os impactos na modificação da biodiversidade local.

Alguns exemplos de espécies nativas, que apresentam alto potencial para o plantio, são: aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva), angico-branco (Anadenanthera colubrina), angico-vermelho (Parapiptadenia rígida), pau-branco (Auxemma oncocalyx), juazeiro (Ziziphus joazeiro), jurema (Mimosa spp.), marmeleiro (Croton hemiargyreus), mororó (Bauhinia fortificata), sabiá (Mimosa caesalpinaefolia), umburana, cerejeira ou amburana (Torresia cearenses), umbuzeiro (Spondias tuberosa), dentre outros exemplos (PAIVA, 2003).

Uma análise quantitativa e qualitativa é realizada quando o planejamento já não é mais viável, ou seja, quando as espécies arbóreas já estão implantadas na arborização urbana. Nessa análise será relatado o sucesso ou fracasso da implantação das espécies, além de possibilitar a sugestão de soluções para possíveis problemas encontrados. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi analisar a arborização no Campus Oeste da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, em seu Campus na cidade de Mossoró-RN.

MATERIAL E MÉTODOS

Caracterização da área de Estudo

A pesquisa foi realizada no estado do Rio Grande do Norte, na cidade de Mossoró, na Universidade Federal do Semi-Árido, no Campus Oeste.

Mossoró é a segunda maior cidade do estado e considerada, está localizada na parte oeste do Rio Grande do Norte e é considerada a “capital do Oeste Potiguar”. Possui uma área territorial de aproximadamente 2.110,21km2, localizada sob as coordenadas geográficas: latitude 5°11’S, longitude 37°20’W e altitude média de 16m (IDEMA, 2008).

Processo metodológico

O período de desenvolvimento do trabalho ocorreu em um período de aproximadamente dois meses, compreendidos entre os dias 27 de abril de 2015 a 15 de junho de 2015. A amostra utilizada para este trabalho constou de todos os indivíduos arbóreos (adultos ou não) presentes nas calçadas e estacionamentos da rua principal do campus leste da UFERSA/Mossoró. Inicialmente, foram tomadas medidas da largura da via e da calçada. Posteriormente, foi feita a análise da arborização, sendo esta dividida em quatro partes: localização e identificação das árvores; dados dendrométricos; dados biológicos; e entorno e interferências..

  • Localização e Identificação: abrangendo informações quanto à data de coleta, número do indivíduo, nomes científico e comum, localização geográfica – utilizando como auxílio o GPS, e localização física (calçada, estacionamento ou adjacências);
  • Dados Dendrométricos: abrangendo informações quanto à altura total, circunferência a 50 cm de altura do solo (CAS), diâmetro da copa (área da copa), porte e idade de cada indivíduo;
  • Dados biológicos: abrangendo informações quanto ao estado geral, verificação das condições do sistema radicular, presença de injurias, fitossanidade, ecologia e fenologia de cada indivíduo;
  • Entorno e interferências: abrangendo informações quanto à localização relativa, área livre, poda das árvores e relação à rede elétrica.

As análises e observações feitas em campo, quanto às quatro partes relatadas anteriormente, foram coletadas e armazenadas com o auxílio de uma planilha manual de dados, adaptada de SILVA FILHO (2002). Posteriormente, os dados coletados e armazenados foram digitalizados e receberam a aplicação de fórmulas estatísticas simples, para uma melhor interpretação dos dados.

A interpretação dos dados coletados foi, assim como a coleta, realizada por partes. Onde foi possível observar a ocorrência ou não de danos às edificações causados por algum indivíduo arbóreo. Realizando verificações quanto à copa e as raízes das árvores analisadas, observando se estão prejudicando as edificações. Como também, relacionando à rede elétrica, fazendo observações quanto à escolha adequada de espécies e possível soluções para eventuais problemas detectados.

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