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Aplicação De Cultura De Tecidos Em Espécies Florestais

Por:   •  25/5/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.375 Palavras (6 Páginas)  •  37 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO BAIANO

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

BACHARELADO EM ENGENHARIA FLORESTAL

 

STEFANI DA SILVA SANTOS GUEDES

APLICAÇÃO DE CULTURA DE TECIDOS EM ESPÉCIES FLORESTAIS

Cruz das Almas - BA

2022

TÍTULO: Aplicação da cultura de tecidos em espécies florestais

PALAVRAS-CHAVES: Espécies florestais; cultura de tecidos; exploração; in vitro, melhoramento genético, biotecnologia, biologia molecular.

REVISÃO DE LITERATURA:

A cultura de tecidos é uma ferramenta utilizada para dar origem a novas plantas, derivadas de plantas ancestrais com a finalidade de criar o melhoramento genético de espécies formando uma planta mais resistente a doenças. (REIS et al., 2010). De acordo com Oliveira et al. (2013), a reprodução assexuada é alcançada através da parte vegetativa da planta, que mantém a capacidade de se regenerar. através da tecnologia como enxertia, estacas, alporquia e micropropagação, que proporcionam a continuação de excelentes genótipos com altíssima precisão, o que é chamado de reprodução assexuada. A partir daí, as origens dos clones, definidas como todos os descendentes pessoal, completamente assexual. Como ocorre apenas a mitose, esses indivíduos tem genótipos idênticos (OLIVEIRA et al., 2013).

Uma grande vantagem da cultura de tecidos é que ela oferece aos melhoristas de plantas a possibilidade de explorar melhor a variabilidade genética. O uso de variação clonal somática e mutação induzida in vitro em programas de melhoramento pode promover indivíduos com melhores vantagens adaptativas a diversos estresses bióticos e abióticos. Relacionado a isso, em muitos casos, a vantagem de poder exercer pressão seletiva sobre o próprio ambiente de cultivo acaba economizando espaço e tempo para o criador (CANÇADO et al., 2009).

A madeira, assim como outros produtos não-madeireiros obtidos de espécies florestais, é em suma maioria extraídos de florestas naturais (PLANO, 2006). Como consequência, a exploração indiscriminada de florestas nativas, tem colocado muitas espécies e populações em risco de extinção (OLIVEIRA et al., 2013).

De acordo com Golle et al. (2009), o setor florestal tem importância para economia brasileira, sendo sua participação de 3,5%, até o ano de 2009, no PIB brasileiro. Este autor ainda afirma que são gerados cerca de 4,3 milhões de empregos ligados a florestas plantadas e 2,5 milhões em empregos ligados a florestas nativas. Há relatos de uma crise na demanda de madeira no Brasil, fazendo com que os pesquisadores pensassem em alternativas para que ocorra um aumento na intensidade de produção florestal (TUOTO, 2003).

No entanto, a baixa variabilidade das espécies florestais de rápido crescimento, os longos ciclos reprodutivos e as dificuldades encontradas na realização de cruzamentos controlados podem inviabilizar tais procedimentos (GOLLE et al., 2006). A transformação genética abre novas perspectivas para o melhoramento de espécies florestais, fornecendo novos genes com características desejáveis ​​que podem ser integradas em menos tempo. Plantas transgênicas com maior rendimento de biomassa, melhor qualidade de madeira, maior resistência e tolerância a herbicidas têm sido obtidas (SARTORETTO et al., 2008).

Segundo Oliveira et al. (2013) O fato de a propagação in vitro poder constituir uma alternativa econômica adequada em relação aos métodos tradicionais de reprodução de espécies florestais, a alta taxa de reprodução acelera os programas de reprodução clonal, fato que permite a reprodução assexuada de genótipos de alto valor comercial e de difícil enraizamento. Entre os principais problemas da micropropagação, destacam-se a resistência de algumas espécies ao cultivo in vitro e a contaminação microbiana. Esse tipo de contaminação se acumula no meio que se pode tornar patogênico às plantas in vitro, competindo por nutrientes, produzindo substâncias tóxicas e inibindo o desenvolvimento dos explantes. (LIMA et al., 2011).

Para evitar certos microrganismos, são utilizados alguns fungicidas e antibióticos, tendo uma certa limitação por sua toxidade. Em um ambiente protegido, as plantas parentais são pré tratadas para manter os microrganismos minimizados enquanto os micróbios externos devem ser eliminados (SOUSA et al., 2018)

A formação embriossomática também é amplamente utilizada, principalmente para o desenvolvimento de brotos de coníferas, o que permite que a arvore se multiplique em grande número. Ao mesmo tempo, a cultura de tecidos é fundamental como requisito para a transformação gênica, pois nesse processo apenas um pequeno número de células-alvo recebe e integra de forma estável o DNA exógeno, o que requer recuperação por regeneração in vitro para que a transformação seja bem-sucedida.(GOLLE et al., 2006) Até a década de 60, os marcadores genéticos aplicados em genética e Reprodução eram controlados por genes associados a caracteres morfológicos, que aparecem em pequeno número, reduzindo a probabilidade de encontrar correlações significativos entre eles. Com o advento dos marcadores moleculares que são traços de DNA que distinguem dois ou mais indivíduos e são herdados geneticamente, grandes avanços foram feitos na pesquisa em genética de plantas e biologia molecular. (TOPPA e JADOSKI, 2013).

Para Golle et al. (2009) O Melhoramento genético é importante pois assim possível obter os ganhos de produtividade necessários no setor florestal através do uso de tecnologias clássicas e biotecnológicas. No entanto a cultura de tecidos e marcadores genéticos são cada vez mais importante para apoiar programas de melhoramento.

CONSIDERAÇÃO FINAL:

 Em vista disso o recomendável é aprofundar mais estudos que visem técnicas que aperfeiçoem a multiplicação em larga escala de espécies florestais. A cultura de tecidos assim como a micropropagação não deve ser visualizada individualmente e sim como ferramenta de complementação as demais técnicas.

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