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Artigo acadêmico (modelo)

Por:   •  10/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.190 Palavras (5 Páginas)  •  213 Visualizações

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                      FACULDADE PITÁGORAS - CAMPUS Betim/MG

          DISCIPLINA: Metodologia Científica

          PROFESSORA: Luciani Dalmaschio

                     

Resenha do texto

PINTO, Júlio. A prática na teoria é outra coisa. Revista Dois Pontos. Belo Horizonte: UFMG, 1993.

“A PRÁTICA NA TEORIA É OUTRA COISA”

O autor utiliza-se de uma fábula oriental para, através dela, trazer argumentos que vão confirmar a importância do cientista compreender que a teoria e a prática são domínios intimamente ligados e que não devem ser indissociáveis.   O autor contraria uma prenoção bem divulgada em nossa vida de que ”a teoria na prática é outra coisa”, idéia que acaba desvalorizando o conhecimento teórico ao supor que ele é ineficaz ou inadequado para as situações práticas de nossa vida. Júlio Pinto, ao contrário, afirma que a idéia de prática nas teorias científicas significa outra coisa.

Júlio Pinto percebe que no senso comum a idéia de prática gradativamente foi sendo reduzida ao mero aprendizado do uso das técnicas de um certo saber (por exemplo, o uso dos instrumentos e materiais de um dentista). Ele observa que o conceito de prática sempre envolveu uma dimensão maior que não excluía os conhecimentos teóricos. Ele envolve a idéia da aplicação ampla dos conhecimentos teóricos na atividade prática. O que o autor ressalta é que, em nossa sociedade, sabemos de casos de profissionais que “compram” seus diplomas, que se interessam muito pouco pelas teorias que envolvem seus cursos e que às vezes nunca leram alguma publicação teórica de sua área profissional. Então, eles deixam para aprender tudo durante a realização do seu ofício, olhando os modos como seus colegas realizam esta tarefa para aprender a realizá-las.

O problema apontado pelo autor é que, em muitas vezes, “aprender com os erros” pode trazer conseqüências drásticas para a vida do profissional e para os que necessitam dessas tarefas. Um médico não pode agir acreditando que será útil aprender com os erros que cometer, uma vez que esses erros podem causar a morte de seus pacientes e ele pode ser responsabilizado juridicamente pelos seus equívocos.

Contudo, ao afirmar tais argumentos o autor não está dizendo com isto que o conhecimento adquirido pela experiência prática não é válido. Mas, sim, que ele não se mostra suficiente para um certo número de ações, número que tende a aumentar vertiginosamente, uma vez que nossa era informatizada supõe cada vez mais a especialização dos saberes, junto com a aquisição de informações diversificadas.

Para ilustrar seus argumentos, o autor se remete a uma narrativa oriental que conta a história de um passeio de um barco, no qual estavam um sábio e um pescador. O segundo tinha acumulado um conhecimento prático sobre a pesca e sobre o rio em que pescava. O sábio tinha um conhecimento teórico sobre as condições ambientais daquele local. Eles passaram a tarde toda passeando no barco até que, sem perceber, a correnteza os foi desviando da margem, levando-os para uma queda violenta de água.  O pescador sabia nadar. O sábio não tinha a experiência prática da natação, mas apenas o teórico. Ambos corriam perigo e tinham que lutar pela sobrevivência.

O autor passa a olhar a situação a partir dos pontos de vista do pescador e o do sábio. No caso do pescador, diante da situação de perigo ele poderia mergulhar na água e nadar exaustivamente até chegar à margem do rio. Não poderia fazer nada pelo amigo, uma vez que não conseguiria ao mesmo tempo nadar e segurar o amigo para conduzi-lo até a margem. Sua experiência no rio o havia lhe ensinado a procurar algo para se apoiar, para não ser levado pela água. Ele se deparou com dois troncos de árvores, ainda presos pelas raízes no solo do rio. Um estava mais próximo, o outro mais distante. Ele nadou exaustivamente sem os métodos adequados, engolindo muita água e lutando para chegar até o tronco mais próximo para se segurar. Contudo, o primeiro tronco era muito leve e com o peso de seu corpo ele se quebrou e o pescador foi novamente arrastado pela correnteza, morrendo afogado.

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