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As Ferramentas da Qualidade: Uma aplicação no controle de não conformidades de uma empresa de médio porte do ramo moveleiro

Por:   •  17/11/2017  •  Artigo  •  2.826 Palavras (12 Páginas)  •  420 Visualizações

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Ferramentas da Qualidade: Uma aplicação no controle de não conformidades de uma empresa de médio porte do ramo moveleiro

Resumo

A qualidade deixou de ser um diferencial e tornou-se pré-requisito para que uma empresa consiga se inserir na competitividade do mercado atual. A adoção de métodos com foco na satisfação total do cliente é tratada como prioridade e vem sendo enfatizado na norma ISO 9001:2015. O presente trabalho busca demonstrar a importância das ferramentas da qualidade no controle e tratativas de não conformidades internas e externas de uma empresa de médio porte do ramo moveleiro. Estas ferramentas são utilizadas para definir, mensurar, analisar e propor soluções para anomalias encontradas nos processos organizacionais. Auxiliam a estabelecer melhorias significativas no controle de qualidade. Neste sentido, foi feito um estudo de todas as ferramentas disponíveis, analisando aquelas que melhor se aplicam ao processo da empresa.

Palavras-chave: Produção; ISO:9001; Ferramentas de Controle da Qualidade

1. Introdução

Segundo Werkema, 1995, “um produto ou serviço de qualidade, é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura, e no tempo certo às necessidades do cliente”. Assim a qualidade não é somente um produto sem defeito, mas também que o custo esteja acessível ao consumidor. Devido a uma sociedade mais exigente a cada dia, as empresas buscam uma melhoria contínua e investem nos programas de qualidade. Este trabalho tem como objetivo a aplicação de ferramentas da qualidade no controle de não conformidades internas e externas de uma empresa de pequeno porte do ramo moveleiro. As seis ferramentas utilizadas no processo serão: Brainstorming, Diagrama de Causa e Efeito, Plano de Ação 5W1H, Ciclo PDCA, Sistema Kankan e Diagrama de Pareto, visando identificar as principais causas da ineficiência do processo, ações a serem tomadas, responsáveis pelo cumprimento de cada tarefa. Este artigo possui ampla relevância, devido a maioria das empresas de origem familiar e de médio porte, não possuir um sistema robusto de gestão da qualidade. Além de ser uma área diretamente ligada ao campo de estudo do curso de Engenharia de Produção.

2. Revisão da Literatura

2.1. CEQ

O controle estatístico da qualidade pode ser definido, segundo MONTGOMERY e RUNGER (2003), como "métodos estatísticos e de engenharia" que são utilizados em processos de medição, monitorização, controle e melhoria da qualidade.

Para TOLEDO, BATALHA e AMARAL (2000), o CEQ está relacionado à área de desenvolvimento de ferramentas de controle estatístico, orientados para o controle da qualidade de processo. Com isso, esses processos são caracterizados como enfoque preventivo centrado no acompanhamento e controle das variáveis que podem influenciar na qualidade final dos produtos.

2.2. CEP

O controle estatístico de processo, permite que as ferramentas demonstram uma análise detalhada do setor produtivo com base na estatística. Para Montgomery apud Bernardelli, Ferreira e Gonçalves (2009), como visa a melhoria continua é usado as ferramentas de qualidade (histograma, gráfico de pareto, diagrama de causa e efeito e folha de verificação) CEP, é de grande eficiência para identificar causas e priorizar as que mais tem variação na qualidade, o objetivo é controlar ou eliminar as causas dos defeitos

2.3. Ferramentas da Qualidade

Segundo JURAN (1992), Qualidade é ausência de deficiências", ou seja, quanto menos defeitos, melhor será qualidade do produto ou serviço. Para FEIGENBAUM (1994), "Qualidade é a correção dos problemas e de suas causas ao longo de toda a série de fatores relacionados com marketing, projetos, engenharia, produção e manutenção, que exercem influência sobre a satisfação do usuário". Já CROSBY (1986), diz que "Qualidade é a conformidade do produto às suas especificações". Devem ser especificadas as necessidades, e a qualidade se torna possível quando essas especificações são obedecidas. DEMING (1993), define qualidade como “tudo aquilo que melhora o produto do ponto de vista do cliente", ele associa qualidade à impressão do cliente, portanto não é estática. A dificuldade em definir qualidade está na renovação das necessidades futuras do usuário em características mensuráveis, de forma que o produto possa ser projetado e modificado para dar satisfação por um preço que o usuário possa pagar. Outra definição é segundo ISHIKAWA (1993), que diz que "Qualidade é desenvolver, projetar, produzir e comercializar um produto de qualidade que é mais econômico, mais útil e sempre satisfatório para o consumidor".

Independentemente de qual seja a definição para a qualidade, o que se espera é que não conteste a noção intuitiva que se tem referente a ela. Vale ressaltar que não se pode delimitar o significado de qualidade com exatidão pois esta faz parte do dia-a-dia das pessoas.

De acordo com PALADINI (1997), as ferramentas da qualidade têm como finalidade, organizar e estruturar o processo produtivo através de coleta de dados e de técnicas estatísticas de análise auxiliando os controles internos de processos no atendimento da qualidade nos produtos produzidos.

Assim como diz, JURAN (1992), por mais simples que sejam, as ferramentas da qualidade, quando manuseadas de forma correta e eficiente, colaboram para a melhoria contínua dos processos e da qualidade.

2.3.1. Brainstorming

O Brainstorming, também conhecido como tempestade de ideias, é uma das ferramentas de qualidade, deve ser empregado primeiramente para que se faça um diagrama.

WERKEMA (1995), esta ferramenta tem por finalidade juntar um grupo de indivíduos, conseguir um maior número de ideias possíveis de um determinado assunto em um curto período, sendo levado em conta todas as ideias, sem desconsiderar nenhuma causa irrelevante. Essa ferramenta tem o intuito de revelar problemas, sem que haja omissão.

2.3.2. Ciclo PDCA

De acordo com CAMPOS (1999), o ciclo PDCA são as quatro fases, conforme Tabela 1, utilizadas para se solucionar problemas no processo produtivo: P (plan: planejar), D (do: fazer), C (check: verificar) e A (act: agir).

Tabela 1: Etapas e Ações do Ciclo PDCA

ETAPAS AÇÕES

P (PLAN) Planejar o trabalho a ser realizado através de um plano de ação, após a identificação, reconhecimento

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