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Comportamento Organizacional

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Por:   •  31/3/2013  •  2.495 Palavras (10 Páginas)  •  424 Visualizações

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Para onde vai o comércio na internet?

Comércio eletrônico

O que vem pela frente

O varejo pela internet completa dez anos no Brasil com o pé no acelerador e a previsão de manter uma média de crescimento de 30% ao ano. Mas ainda há um longo caminho a percorrer para atingirmos a maturidade do mercado virtual

O varejo eletrônico faz dez anos e acelera sua expansão no mercado brasileiro crescendo 42% ao ano e ganhando a confiança do consumidor, mas ainda há um longo caminho a percorrer para chegarmos à maturidade no mercado virtual.

Ao completar uma década de história, o varejo eletrônico ainda é um mercado para poucos no Brasil. É verdade que o crescimento das vendas com taxas médias de 42% ao ano é surpreendente e animador. No primeiro semestre de 2005, as lojas virtuais brasileiras faturaram quase R$ 1 bilhão, um volume maior do que o registrado em todo o período de 2002. Mas ainda há uma longa estrada a percorrer. Quem compra via internet é a elite, uma minoria no país cerca de 4 milhões de brasileiros que gastam em média R$ 300 a cada compra virtual, contra 100 milhões de norte-americanos, cujo tíquete médio é de US$ 80. A insegurança e a falta de hábito são algumas das razões para o descaso do brasileiro com o varejo on-line, mas o motivo principal é o pequeno índice de pessoas com acesso a rede mundial de computadores.

O Brasil tem 30 milhões de usuários, uma penetração de 16% da população, Segundo dados do e-Marketer, empresa norte-americana de pesquisas e análises sobre internet. Nos Estados Unidos, o primeiro no ranking de usuários, o número de internautas chega a 170 milhões, 61% da população. Na Europa, a penetração e de 57%, com 83 milhões de usuários. Na China, o percentual da população conectada é ainda menor do que no Brasil, 7%, mas, por ser um país superpopuloso, o número de internautas chega a 94 milhões, só menor do que o dos Estados Unidos. Na América Latina, o Brasil responde por quase 60% do comercio eletrônico.

Ao contrário dos Estados Unidos, que tinham tudo preparado para um boom no comércio eletrônico, no Brasil muitas pessoas não tinham nem mesmo acesso a telefone, imagine então a computador e a crédito destaca Daniel Domeneghetti, diretor de Estratégia e Marketing da e-Consulting. Para o executivo, o que se conseguiu foi uma expansão rápida nas classes A e B+, mas agora será preciso promover primeiro a inclusão digital e depois partir para a inclusão de consumo. "Como em tudo no Brasil, vive-se num cenário de Belíndia, de um lado excelência operacional do varejo eletrônico e de outro uma exclusão enorme de brasileiros que poderiam estar comprando pela rede, mas não compram", diz Domeneghetti.

um novo hábito

Na visão de Pedro Guasti, diretor-geral do e-bit, empresa de marketing on-line, é preciso levar em conta que, quando o varejo eletrônico surgiu, o brasileiro não tinha o hábito de comprar por catálogo devido à cultura inflacionária dos últimos 40 anos. "A internet nada mais é do que um grande catálogo eletrônico, por isso a transição foi mais tranqüila nos EUA, onde a compra por catálogo já era muito comum", explica Guasti. No Brasil, muitas pessoas só têm acesso à internet no trabalho, um obstáculo a compras virtuais, enquanto 75% dos americanos têm internet em casa. Um grande número de consumidores usam a rede só para pesquisar preços e características de produtos. De acordo com o Forrester Research, 70% das transações iniciadas não se concluem.

Nesse sentido, a internet também e uma ferramenta indispensável para estimular a compra em lojas físicas, ou seja, ela e mais um canal de vendas que deve estar integrado aos demais. Segundo o Forrester Research, 65% dos e - consumidores americanos acabam comprando na loja convencional depois de pesquisar na rede. O desafio dos varejistas é fazer com que esses consumidores saiam de suas lojas virtuais diretamente para as lojas físicas da rede e não acabem comprando em um ponto de do concorrente.

"Aparentemente, apenas os céticos que previram que a "nova economia" não era tão nova assim conseguiram superar expectativas e transformar iniciativas de e-business em importantes diferenciais estratégicos para competir no mercado brasileiro em sintonia com seus tradicionais "negócios físicos"", afirma Richard Lowenthal, presidente da Associação Brasileira de e-business.

longa estrada

Com um potencial enorme de crescimento, as expectativas são bastante otimistas para o mercado eletrônico brasileiro. Espera-se que o número de usuários dobre em três anos. "Estamos vendo um crescimento sólido e constante, não e rápido, mas permitira o nascimento de mais quatro ou cinco Amazons", acredita Domeneghetti. E por falar em Amazon, a major empresa de varejo eletrônico do mundo pode chegar ao Brasil em breve. Há boatos de que Jeff Bezos, o todo-poderoso da Amazon, esteja de olho no enorme potencial do mercado brasileiro.

A ultima edição do Web Shoppers, pesquisa semestral realizada pela e-bit com o apoio da Camara-e.net, mostra que nos primeiros seis meses deste ano a base de clientes do varejo eletrônico brasileiro cresceu na casa dos 20%, chegando a 4 milhões. Em dezembro de 2003, os e-consumidores não passavam de 2,5 milhões. O volume de pedidos é outro indicador do avanço do varejo eletrônico. A estimativa e que ele chegue a 7,2 milhões no final do ano, contra 6,6 milhões em 2004 e 2,5 milhões em 2001. Segundo Guasti, o faturamento deve superar o valor de R$ 2,3 bilhões e crescer a índices de 30% nos próximos três anos.

Os moradores da região Sudeste são os que mais compram via internet. No primeiro semestre de 2005, eles responderam por 67% do faturamento, seguidos dos habitantes da região Sul (12%). 0 Web Shoppers aponta um crescimento da interiorização do comércio eletrônico. Em todos os estados, houve uma diminuição da diferença entre a participação da capital e a das cidades do interior. Para Guasti, isso mostra que há uma maior pulverização das compras em todo o território nacional.

A adesão à internet via banda larga é um dos fatores que podem estimular a expansão do varejo eletrônico. Estima-se que 85% das compras on-line são feitas com uma conexão rápida, porém o Brasil só tem 2 milhões de lares conectados por banda larga. A expectativa, segundo Richard Lowenthal, e que esse número chegue a 6 milhões em 2008. Nos Estados Unidos, 60% dos acessos são feitos

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