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Desenvolvimento de produtos na indústria automobilística no Brasil

Por:   •  23/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.929 Palavras (8 Páginas)  •  222 Visualizações

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Limites e oportunidades para o avanço das atividades de desenvolvimento de produtos entre as subsidiárias de montadoras instaladas no Brasil

  • Pressuposto: estratégias mundiais das montadoras não necessariamente implicam enfraquecimento das capacitações de desenvolvimento de produtos nas subsidiárias brasileiras.
  • Políticas de produtos locais: favorecem estágios mais adiantados de mudança nos veículos para atender aos mercados emergentes (ex: General Motors e Fiat)
  • Políticas de produtos globais: prevalece baixa percepção acerca das especificidades regionais. Fica limitada às atividades menos complexas de tropicalização dos veículos (ex: Ford e Volkswagen)
  • Setor que investe crescentemente em P&D (em relação ao faturamento, o setor investiu em média 2,3% em 1973, 3,2% em 1983 e 4,2% em 1994 segundo Chanaron [1998]).
  • Estratégias das grandes empresas automobilísticas não estão voltadas exclusivamente para inovações tecnológicas radicais e de longo prazo
  • Soluções incrementais, relacionadas a preservação e ao melhoramento de técnicas tradicionais empregadas nos veículos
  • Orçamentos de pesquisas estão destinados a atividades que visam ao desenvolvimento e adaptação de novos modelos
  • Mais de 80% da P&D realizada pela indústria automobilística mundial está destinada às atividades de modelos específicos, sendo que pesquisas de mais longo prazo, sem aplicação imediata às linhas de veículos representam menos de 20% deste total

Complexidade do processo de DP na indústria automobilística mundial

  • Competitividade internacional
  • No passado o preço e qualidade dos veículos eram os elementos determinantes da sua competitividade
  • Atualmente a habilidade em fornecer respostas rápidas às demandas do mercado, a partir do desenvolvimento e introdução de novos produtos, tem sido considerada como fator estratégico entre as empresas automobilísticas.
  • Três movimentos explicam essa transição:
  • Crescente competição internacional
  • Escala dos produtos cada vez mais global
  • Crescente fragmentação do mercado
  • Maior intensidade no lançamento de novos produtos
  • Diversidade
  • Maior complexidade e ampliação da tecnologia incorporada aos veículos
  • Um quarto elemento pode ser adicionado:
  • Redução do ciclo de vida dos produtos
  • Ajuda a explicar a iniciativa das empresas de ampliar o número de modelos derivados de uma mesma plataforma
  • Otimizar investimentos relacionados ao desenvolvimento de um produto totalmente novo
  • Maior complexidade envolvida em um novo projeto retarda o tempo de lançamento do veículo no mercado
  • Limita as possibilidades de menores ciclos de desenvolvimento (lead time)
  • Esses fatores explicam a maior ênfase das montadoras em inovações incrementais em detrimento de uma inovação mais radical e de longo prazo
  • Montadoras que coneguem desenvolver produtos de forma rápida e inovativa, sem necessariamente implicar maior complexidade, tem melhores chances de atrair os consumidores, aumentando o seu Market share.
  • Menores ciclos de vida dos produtos
  • Maior vantagem para as empresas
  • Substituição rápida de modelos e novos lançamentos
  • 4 principais etapas no DP
  • Conceito do produto
  • Estágio em que se define, simula e analisa os objetivos dos consumidores e a tecnologia disponível, além da viabilidade econômica. Analisa-se as possibilidades de criação do produto, materializada em um conceito
  • Planejamento do produto
  • Ponte entre o conceito e o design do produto. São especificados custos e metas de desempenho, além da escolha de componentes, estilo e layout do veículo
  • Engenharia do produto
  • Implementa o plano especificado nas etapas anteriores. Detalha-se o projeto do veículo, em termos de engenharia.
  • Três ciclos:
  • Projeto: produção de desenhos para cada componente e sistema
  • Fabricação: construção dos protótipos
  • Testes: realização de testes tendo por meta os objetivos pré-estabelecidos
  • As quatro etapas ocorrem de maneira integrada e com elevado grau de cooperação
  • Ocorrem simultaneamente e não em sequência linear (Figura 1 pag 6)
  • Integração multifuncional
  • Padrão geral de consistência nos sistemas de desenvolvimento
  • Estrutura organizacional
  • Qualificação da equipe técnica
  • Envolvimento dos fornecedores durante as etapas de desenvolvimento
  • Novas tendências surgem no relacionamento comprador-fornecedor
  • Maiores prazos de contrato
  • Envolvimento de fornecedores na engenharia de produto e processo
  • Co-design
  • Maior troca de informações
  • Menor número de fornecedores
  • Pratica de preços
  • Gerenciamento da qualidade
  • Essas tendências reduzem a complexidade do projeto
  • Encurtam o prazo de execução e horas de engenharia necessáiroas
  • Renovam com mais frequência tanto o produto como a tecnologia utilizada
  • Menores custos
  • Divisão da responsabilidade

A análise das atividade de DP a partir da abordagem das estratégias e das políticas de produto

  • Além de lançar produtos rapidamente as empresas devem reconhecer as preferências e demandas regionais
  • Distinções entre os mercados
  • Especificidades regionais são fundamentais
  • Exemplo: mercados emergentes (considerados os “novos espaços da indústria automobilística”)
  • Entre 1990-1997 crescimento de 91,8% nas vendas e 99,2% na produção
  • Rápido crescimento do PIB
  • Níveis de renda crescentes
  • Amplos contingentes populacionais
  • Relativamente baixa densidade carros/habitante
  • Baixo custo de produção
  • Rápido crescimento de vendas
  • Mercado nos países da tríade encontra-se relativamente saturado
  • Atender aos mercados emergentes implica em promover adaptações que vão adequando o veículo ao seu local de destino
  • Diferenças em relação ao poder de compra da população
  • Condições de rodagem
  • Clima
  • Umidade
  • Sistema de combustível
  • Alternativo, como no caso do álcool, ou de baixa qualidade
  • Preferencias dos consumidores (pequeno porte)
  • No caso brasileiro, este conjunto de modificações e adaptações no veículo recebe o nome de tropicalização e pode envolver tanto mudanças simples como pode favorecer estágios mais avançados de mudança, o que exige maior conhecimento técnico para operacionaliza-las.
  • Dois tipos de aproximação das empresas ao processo de internacionalização da produção:
  • Globalização
  • Relacionada a uma política global de produtos
  • Carros mundiais ou globais
  • Padronização do design e produção do veículo
  • Colocam obstáculos à criação de capacitações de DP nas subsidiárias das montadoras
  • Glocalização
  • Relacionada a uma política com ênfase local
  • Modificação de design requeridas pelos mercados emergentes
  • Modificação de plataforma padrão para adaptação local
  • Produção de carros para o Terceiro Mundo
  • Melhores oportunidades de um maior envolvimento das subsidiárias durante as atividades de DP
  • Integração positiva da sua engenharia local nas atividades tecnológicas e de ampliação dos centros de pesquisa
  • Essa estratégia pressupõe a adaptação de modelos para mercados específicos, compreendendo atividades que podem ser realizadas localmente, dependendo do grau de conhecimento e capacitação destes mercados
  • Diferentes trajetórias das empresas (diferentes formas de multinacionalização seguidas pela indústria automobilística mundial)
  • Empresa multirregional – ligado à glocalização
  • Predomina uma maior percepção da empresa em relação aos espaços regionais e suas especifidades
  • Mantem capacidades organizacionais em cada uma das principais regiões de produção, permitindo que sejam administradas autonomamente
  • Alcance dos produtos
  • Design
  • Produção local
  • Gerenciamento
  • Alianças
  • Diferenças regionais e segmentação dos mercados são elementos que favorecem a descentralização das principais atividades econômicas, que são geridas em nível dos espaços regionais
  • Adaptação local tende a ser mais eficiente se comparada com a integração global
  • Empresa transregional – ligado à globalização
  • Busca homogeneizar suas atividades em nível global da matriz, seguindo uma orientação centralizada
  • Organização geográfica da empresa tende à homogeneidade
  • Produtos passam a adquirir alcance global
  • Possibilidade de vendas em diferentes mercados
  • Regiões absorvidas em esferas limitadas de atividades
  • Oriencações centralizadas e pré-definidas pela matriz
  • Poca autonomia no que diz respeito a questões relativas às politicas de produto e ao desenvolvimento de capacitações tecnológicas locais.
  • Um único produto atende a vários mercados.
  • FIGURA 2 pag 11

Discutindo as atividades de DP a partir do caso das subsidiárias brasileiras

  • Década de 90
  • Intenso processo de abertura econômica, financeira e tecnológica
  • Expôs a IAB à competição internacional
  • Necessidade urgente de melhoria nos padrões de qualidade, produtividade e competitividade e de renovação da linha de produtos das montadoras aqui instaladas
  • Duas importantes mudanças:
  • Redução significativa no tempo de lançamento dos veículos no Brasil, em relação ao tempo de lançamento nos mercados externos
  • Redução no ciclo de vida dos veículos brasileiros, os quais ou saem de linha, ou são substituidos por versões reestilizadas mais atuais

ANALISAR AQUI O QUADRO DA PAGINA 13

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