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Discussão do artigo “Conforto térmico no ambiente de trabalho: avaliação das variáveis subjetivas da percepção do calor.”

Por:   •  26/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  798 Palavras (4 Páginas)  •  329 Visualizações

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Discussão do artigo “Conforto térmico no ambiente de trabalho: avaliação das variáveis subjetivas da percepção do calor.”

        Como apresentado no artigo presente neste trabalho, o conceito térmico mostra-se como uma condição essencial para a saúde, segurança e produtividade dos trabalhadores. Para análise desta variável, avaliou-se a exposição ao calor em um setor de uma empresa pública do Colar Metropolitano do Vale do Aço.

        Esta região do Colar Metropolitano do Vale do Aço tem como característica predominante os climas quentes, por sua localização latitudinal, e apresenta temperaturas de até 35°C, nos dias mais quentes, na estação do verão, o que acarreta em efeitos nocivos da exposição a temperaturas anormais, tais como: sudorese, febre e prostração térmica, cãibras de calor e intermação, que por sua vez, afetam diretamente a qualidade do trabalho realizado pelos colaboradores.

        A escolha do método de avaliação da exposição ao calor foi feita através da Norma de Higiene Ocupacional - NHO 06 e, para ter validade estatística, a amostra foi estabelecida de forma aleatória, sendo selecionados 05 (cinco) funcionários de cada turno de trabalho, ou seja, matutino e vespertino, abrangendo os horários mais críticos do viver laboral.

Para aferição destes dados, foi utilizado o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) para avaliação da sobrecarga térmica em comparação com a Norma Regulamentadora 15 (N-15). Além disso, foi aplicado um questionário semi-estruturado para identificação de variáveis subjetivas.

Segundo a ISO 7730/94, o índice PMV (Predicted Mean Vote) Voto Médio Preditivo, indica a sensação térmica das pessoas, já o índice PPD (Predicted Percentage of Dissatisfied) indica a Percentagem de Pessoas Insatisfeitas com as condições térmicas de um ambiente e está diretamente relacionado com o PMV. Ambos foram utilizados para direcionar nosso estudos.

Seus cálculos foram intermediados pelo software Ladesys v1.0, sendo constatadas significativas variações entre o PMV calculado e o PMV subjetivo, justificadas principalmente por diferenças de idade e vestuário de cada colaborador.

        Os valores foram obtidos a partir do aparelho digital IBUTG, e observou-se que, em ambas as medições os valores de IBUTG aferidos, foram superiores a 25ºC, porém o índice não ultrapassou o valor de 27ºC.

        Segundo a NR-15, anexo 03, que trata de limites de tolerância para exposição ao calor, para atividade leve, com regime de trabalho contínuo, o índice IBUTG poderá atingir até 30°C, sendo que, ao ultrapassar esse valor, o ambiente será considerado insalubre, conforme dados previstos na norma.

        Baseados nas medições realizadas em ambos os turnos que apresentaram valores de IBUTG inferiores a 27ºC, durante todo o período avaliado, e a partir das informações dos funcionários, confirmaram que a atividade desenvolvida é leve e que o regime de trabalho é contínuo, não configurando o ambiente como insalubre.

        Entretanto, após compilação dos dados coletados no questionário, percebeu-se que todos os resultados, seja do PMV calculado ou do subjetivo, apresentaram valores iguais ou superiores a +1,0, que nos permite ultimar, conforme a escala de sensação térmica da ISO 7730/94, que tanto o ambiente quanto a percepção das pessoas estavam acima do valor de +0,5 que determina o conforto térmico de ambientes quentes, e nota-se também que o ambiente proporciona sensação ligeiramente quente a muito quente.

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