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Factory Physics in America - Capítulo Resumo

Por:   •  8/11/2021  •  Resenha  •  1.655 Palavras (7 Páginas)  •  84 Visualizações

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Resumo do Capítulo 1 - Manufacturing in America

O conhecimento histórico é fundamental para os gestores de manufatura pois sem esse background, o gestor será incapaz de reconhecer o que são estratégias reconhecidamente bem sucedidas e o que é fruto da sorte ou circunstâncias. Além disso, a visão histórica permite ao gestor compreender o que deu certo ou errado no passado para que possa adequar seu planejamento para o futuro. Neste contexto, a compreensão do histórico corporativo de uma das maiores potências econômicas atuais é crucial para a análise das suas falhas e casos de sucesso.

        A independência dos Estados Unidos da América ocorreu em um período de fortes sentimentos anti-monarquistas e liberais, justificando a escolha pela democracia. No período em que Adam Smith ganhou destaque com a metáfora da “mão invisível”, o desenvolvimento de uma nação que baseia sua política econômica no “livre mercado” era inevitável. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos participavam ativamente da primeira Revolução Industrial, o que propiciou oportunidades e desenvolvimento econômico sem paralelo. Ademais, a nação norte americana não estava presa a um regime burocrático, e o principal símbolo de identificação dos seus cidadãos era o de busca por prosperidade em um novo país com uma ampla gama de oportunidades.

        Mesmo depois que a euforia inicial pela busca de riqueza nas fronteiras do país se esmoreceu, surgiram mitos ligados a grandes industrialistas do século 19, que através de “mérito próprio” conseguiram construir impérios, alguns que perduram até os dias atuais. Esse histórico explica o forte senso de “meritocracia” e trabalho com o qual os estadunidenses se identificam. Mais ainda, explica o espírito de aventura financeira de grandes investidores presentes no país, a necessidade de “arriscar para prosperar”.

        Paralelamente, o desenvolvimento da manufatura estadunidense foi cerceado pela fé que quase todos os seus empresários têm em comum: a gestão científica. Esse princípio se baseia na necessidade de gerir para os números, da gestão voltada para a obtenção de resultados. Entretanto, essa cultura prevê a análise individual de cada parte do sistema, levando a uma alta especialização do trabalho e perda de perspectiva como um todo. Isso explica a perda de competitividade sentida pelos Estados Unidos a partir da segunda metade do século XX.

        A contextualização histórica apresentada na introdução pelo autor foi de suma importância para posterior explicação dos tópicos que abordam a revolução industrial como um todo e na américa, o sistema de manufatura americano e o papel dos Estados Unidos nas revoluções seguintes.

        Enquanto a primeira revolução ocorreu na Inglaterra durante a metade do século 18, o protecionismo com relação aos “segredos” da máquina a vapor impediu que esta tecnologia fosse difundida nos Estados Unidos imediatamente. Na verdade, a revolução industrial só foi possível no país no final do século 19, e ainda assim viabilizada por um caso prematuro de espionagem industrial. Entretanto, o sistema industrial implementado nos Estados Unidos se diferenciou do sistema Inglês criar modelos de fábricas têxteis onde todos processos estavam centralizados, permitindo uma maior agilidade para as linhas de produção. Esse tipo de modelo de produção virou regra no século seguinte, e os Estados Unidos conseguiram superar uma nação econômica e tecnologicamente superior ao inovar criando a integração vertical.

        O modelo de integração vertical abriu precedentes para outras formas de inovação na indústria norte-americana, que também foi responsável pela introdução dos conceitos de uniformidade de produção, especialização do trabalho e peças substituíveis. Neste período as peças que compõem os maquinários deixaram de ser fabricadas exclusivamente por um único artesão, cada artesão se especializou na produção de um tipo de peça específica. O autor destaca que essas inovações foram peças chave para o desenvolvimento do modelo de produção em massa, e sem elas não poderíamos levar o estilo de vida que temos hoje.

        O modelo de produção em massa modificou as exigências feitas aos artesãos, que agora não eram mais pessoas altamente especializadas na fabricação de diversas peças, e sim parte de um sistema complexo sobre o qual pouco compreendiam. Dessa maneira, não se valorizava mais a expertise do trabalhador, e sim a sua capacidade de se flexibilizar para atuar em diferentes linhas de montagem. Essa necessidade teve influência direta sobre o sistema educacional norte americano, onde uma educação liberal e sem especificidades técnicas é preferível a uma educação direcionada para um serviço específico.

        Apesar da magnitude das inovações feitas pelas fábricas estadunidenses após a Primeira Revolução Industrial, a produção em massa ainda encontrava um grande obstáculo: grandes produções requerem meios de abastecimento e distribuição adequados para suprir suas necessidades e distribuir seus produtos. O aumento das fábricas de manufatura e consequente desenvolvimento de novos tipos indústrias só foi possível após a popularização de ferrovias, navios a vapor e um meio de comunicação que facilitasse a logística, o telégrafo.

        A própria construção das ferrovias e distribuição pelo território norte americano precisou de novas tecnologias e técnicas gerenciais, várias das quais alicerçam as técnicas de contabilidade moderna. Nesse período surgiram formas de controle orçamentários utilizados até hoje, como o custo por unidade. Ademais, a expansão das ferrovias permitiu o contato com cidades geograficamente distantes, porém fez com que a venda de produtos através do marketing “boca a boca” se tornasse inviável, o que requereu uma modernização da propaganda. Essa expansão da propaganda e logística fez com que a demanda por produtos aumentasse.

Além disso, as fábricas começaram a expandir suas operações verticalmente, ou seja, adquirindo meios para integrar sua cadeia produtiva, e horizontalmente ao comprar empresas que produzem os mesmos produtos. Essa expansão, associada a novas tecnologias e técnicas gerenciais permitiu a redução do custo de fabricação de diversos insumos. Um exemplo de sucesso é a redução do preço do aço (item indispensável para a fabricação de ferrovias) que em 1870 custava $100/tonelada e em 1890 somente $12/ton.

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