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Gestão De Pessoas

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Por:   •  7/10/2013  •  3.104 Palavras (13 Páginas)  •  234 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Em todo história empresarial da humanidade, nunca foi tão desafiador para os gestores de Recursos Humanos a compreensão dos desafios apresentados pelo atual modelo globalizado em que estão inseridas as organizações da atualidade. Neste novo contexto, uma única decisão poderá levar ao sucesso ou fracasso toda uma organização.

Embora as primeiras teorias administrativas tenham surgido formalmente no início do século XX há importantes registros nas bases históricas da teoria da administração que comprovam a utilização da essência da administração em grandes feitos da humanidade. Dentre os quais podemos citar as atividades de caça nos primórdios da humanidade, a construção das pirâmides, as organizações militares que datam de 3.500 aC, o renascimento, a revolução industrial, e tantos outros considerados importantes legados.

Nosso trabalho objetiva esclarecer algumas situações freqüentemente vividas pelas organizações no que tange aos aspectos estruturais e organizacionais enfrentados pelos gestores de recursos humanos.

1. TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

1.1 Principais Teorias e Seus Conceitos

No século XX surgiu formalmente as primeiras teorias da administração, impulsionadas, principalmente, pelos estudos dos pais da abordagem clássica, Frederick Taylor e Hery Fayol dado o crescimento acelerado e a importância do aumento da eficiência e eficácia das empresas. Robbins (2006, p. 489) já dizia que a abordagem clássica é a perspectiva pela qual profissionais e autores, buscando criar princípios racionais que tornassem as organizações mais eficientes, estabeleceram o fundamento teórico para a disciplina de administração.

Em 1948, Taylor já visualizava que eram os trabalhadores que moviam as fábricas, criou a Organização Racional do Trabalho (ORT) substituindo métodos baseado na experiência e rudimentares em métodos científicos na organização e realização de tarefas. Padronizou ferramentas, equipamentos, rotinas de programação, estudos de movimentos, introduziu símbolos, índices e iniciou os estudos de seleção de trabalhadores mais adequados às respectivas tarefas. Fayol, cuidou do planejamento e controle, da gerência e da administração das organizações. Sua obra “Os Princípios da Administração”, de 1908, foi um marco que definiu conceitos até hoje utilizados, como o PODC (Planejamento, Organização, Direção e Controle).

As teorias de Taylor, privilegiando as tarefas de produção, e Fayol, privilegiando a estrutura da organização, buscavam a eficiência por meio de maior produtividade. De forma bastante sintética, Caravantes, Panno e Kloeckner (2005, p. 61) descreveu que Henry Fayol desenvolveu sua teoria na Europa enquanto Frederick Taylor desenvolveu sua teoria nos Estados Unidos. Diferentemente de Taylor, cuja perspectiva era o chão de fábrica, Fayol encarava os problemas organizacionais a partir da ótica do nível diretivo.

Seguindo a abordagem clássica surgiu a “escola comportamental” onde a “pessoa” passou a ser vista de forma diferenciada na organização. Surge então a teoria das relações humanas, preocupadas com as pessoas e grupos sociais.

Elton Mayo, médico e sociólogo, conduziu, numa fábrica de componentes eletrônicos próximo à Chicago, uma experiência que marcou o surgimento da escola das relações humanas. A chamada “Experiência de Hawothorne”, verificou como as condições de iluminação na fábrica afetava a produção e desempenho profissional dos empregados, dessa forma, iniciando-se os estudos que davam conta de perceber o ser humano no processo de eficiência das organizações. A integração com grupo, reconhecimento, regras de comportamento, relações humanas e interpessoais, e tantos outros fatores foram reconhecidos como fatores que influenciavam a eficiência do trabalhador, fazendo com que ele fosse notado como integrante da organização e não apenas como mais uma ferramenta de produção.

Em praticamente oposição à teoria clássica surge seguindo a escola das relações humanas a teoria comportamental, onde os indivíduos são chamados à participar, solucionar problemas e tomar decisões. Segundo Caravantes, Panno e Kloeckner (2005, p. 94) os comportamentalistas são estudiosos também preocupados com o indivíduo, reconhecendo a importância de seu impacto na organização.

Dentre os principais comportamentalistas destacam-se Abraham Maslow, Ph.D em Psicologia na Universidade de Wisconsin em 1934, com a hierarquia das necessidades-Pirâmide de Maslow, Douglas McGregor, PhD em Harvard em 1935, com a teoria X e Y, e Frederick Herzberg, nascido nos EUA em 1923, estudioso da área da psicologia, PhD pela Universidade de Pittsburgh, com a teoria dos dois fatores motivacionais.

A pirâmide de Maslow consiste numa descrição gráfica pela figura de uma pirâmide com a escala hierárquica das necessidades humanas segundo sua importância de influência. Ela está estruturada em cinco níveis, na seqüência a partir das necessidades fisiológicas, seguida por necessidades de segurança, necessidades sociais, necessidades de estima e necessidades de auto-realização. Gibson (2006) diz que a teoria de Maslow parte do pressuposto de que o indivíduo tenta satisfazer as suas necessidades mais básicas (fisiológicas) antes de direcionar o comportamento na busca da satisfação das necessidades de nível mais elevado (auto-realização).

A teoria dos dois fatores, apresentada por Frederick Herzberg, dividiu os fatores que causam satisfação em fatores motivadores e fatores higiênicos, identificando situações que deixam os trabalhadores felizes ou infelizes e seus reflexos na eficiência no trabalho.

McGregor, em sua teoria X e Y, comparando os estilos opostos de administração, um tradicional (x) e outro baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (y).

A partir da teoria comportamental, surge então a teoria da Abordagem Organizacional, que trouxe teorias modernas da administração. Dentre os estudos da Abordagem Organizacional destacam-se a teoria burocrática, a teoria dos sistemas e a teoria contingencial.

Na teoria burocrática, descrita por Max Weber, sociólogo alemão, como forma mais racional de organização, na qual é possível obter a obediência e manter a continuidade. Contrário aos conceitos que surgem no pensamento de hoje, Weber tinha como conceito de burocracia uma organização eficiente por excelência, baseada por normas e regulamentos, com divisão racional do trabalho, impessoalidade nas relações funcionais, especialização

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