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Gestão de Resíduos Sólidos

Por:   •  19/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  7.159 Palavras (29 Páginas)  •  257 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

1.1 Objetivo

O objetivo do presente trabalho é abordar sobre a gestão e o gerenciamento dos resíduos domiciliares desde os seus respectivos processos de coletas, tratamentos e disposição final.

1.2 Objetivos específicos

Especificamente busca-se verificar:

- As formas de coletas e os tipos de tratamento existentes

- Os impactos ambientais causados pela destinação incorreta do resíduo sólido

- Identificar os agentes responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos sólidos domiciliares, e o papel de cada um.

- Porcentagem de lixo tratado em relação ao total gerado pela cidade e região  

1.3 Justificativa

É do conhecimento de todos, que destinação e tratamento incorreto dos resíduos sólidos, além do manejo inadequado geram grandes desperdícios e contribui de forma importante à manutenção das desigualdades sociais, constituindo um enorme risco à saúde pública e o meio ambiente, comprometendo assim à qualidade de vida das populações.

Diante disso, um dos grandes exemplos de destinações incorretas dos resíduos sólidos é quando são depositados a céu aberto, vulgarmente conhecido por lixões, e que é um dos problemas enfrentados pela sociedade, pois são nesses locais que muitas pessoas são vítimas de grandes doenças, causadas pela proliferação vetores.

Portanto, por esse motivo como tantos outros, o gerenciamento adequado é de fundamental importância para a qualidade de vida e para a preservação do meio ambiente, necessitando rapidamente de políticas gerenciais capazes de minimizar consideravelmente a quantidade de danos provocados.

O atual momento vivenciado pelo ser humano instiga-o a uma análise retrospectiva a respeito da contemporaneidade e suas implicações ao meio ambiente. Nesse processo, encontrará elementos cruciais que tem contribuído significativamente nessa temática (Muñoz,2002).

Segundo Frésca (2007) apud Sartari (1995, p.7) “ o ato de jogar fora alguma coisa, acompanha o homem aonde quer que ele vá, desde os primórdios da civilização”.

O homem desde o início da sua história fazia uso de plantas, animais e minerais para fabricação de produtos que garantiam sua sobrevivência.  Nesse processo de transformação os materiais excedentes eram apenas descartados na natureza, que por sua vez se encarregava de absorver os resíduos sem se prejudicar demasiadamente, já que a população era pequena, e não tinha lugar fixo (GIANNETTI;ALMEIDA,2000).

Conforme Azevedo (ano) apud Philippi Jr (ano), somente por volta do século XIX, com as mudanças dos padrões de vida decorrentes da civilização industrial, é que os problemas advindos dos resíduos sólidos começaram a ter destaque.

Diante disso, somado ao crescimento populacional, dentre outros contribuintes, a sociedade sofreu um processo de modernização das cidades, da produção e principalmente dos hábitos de consumo, calçados na cultura do supérfluo. Tudo isso possibilitou a geração de grandes volumes de resíduos sólidos, diferentemente de quando o homem era apenas um nômade. A evolução tecnológica e a cultura alimentada pelo consumismo, incentivada pela melhoria no poder de compra, introduziu novas necessidades no modo de vida contemporâneo, além do desenfreado uso de materiais descartáveis e modelos de desenvolvimentos pautados na obsolência programada dos produtos (PHILIPPI Jr; PELICION, 2014).

Conforme Sung (2011) apud Berríos (2002,p.10)

“em uma sociedade em que o conceito de prosperidade está diretamente relacionado ao de descartabilidade, torna-se evidente a insustentabilidade do sistema produtivo, tendo em vista o esgotamento dos recursos naturais.”

Os maiores desafios existentes se traduzem diante do equacionamento da geração excessiva e disposição final dos resíduos, em especial domiciliares, haja vista o seu grande aumento diante a produção exacerbada, gestão inadequada e falta de área para disposição. A maior problemática da gestão e disposição ineficaz dos resíduos sólidos, refere-se aos impactos causados como: comprometimento dos mananciais, proliferação de vetores, degradação dos solos e intensificação de enchentes (JACOBI e BESEN, 2011).

De acordo com Philippi Jr e Pelicion (2014):

No Brasil, no início da década de 1970, todo lixo recolhido semanalmente de uma família média composta por cinco pessoas cabia em uma lata vazia de 18 L forrada com sobras de jornal. Era reutilizada por vários anos, pois após ser esvaziada sobre o caminhão de recolhimento de lixo era devolvida ao morador.

Hoje, o Brasil produz cerca de 183 mil toneladas de lixo por dia, com a média de geração de resíduos de 1 a 1,5 kg/habitante/dia. A cidade de São Paulo gera mais de 17 mil toneladas de lixo todos os dias.

Segundo o Ministério das Cidades (2016), o diagnóstico feito apontou mais uma vez, elevada cobertura de serviço de coleta domiciliar, bem próxima á do ano anterior, sendo que, 98,7 % da população urbana vem acusando déficit de atendimento a 2,6 milhões de habitante das cidades brasileiras, 47% moradores de região Nordeste, 27% da região Sudeste, 19% da região Norte e outros 10% divididos entre a região e Centro-oeste.

Nessa situação, a maior parte dos municípios brasileiros tem depositado seus resíduos a céu aberto, em lixões, causando grandes impactos a sociedade. Diante disso, os dilemas contemporâneos do manuseio dos resíduos domiciliares estão relacionados com o aumento da geração, coleta e transporte e disposição final, uma vez que é necessário que as medidas para o seu gerenciamento sejam bem estudadas e selecionadas, a fim de minimizar custos e diminuir os danos causados (FRÉSCA, 2007).

  1. DESENVOLVIMENTO
  1. Considerações sobre resíduos sólidos

Segundo a definição da Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT), resíduos sólidos são:

[...] resíduos nos estados sólidos e semi-sólido, que resultam de atividade de comunidade de origem industrial, doméstica, comercial, agrícola, de serviços e de variação. Ficam incluídos nesta ultima definição os lotes provenientes dos sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis face à melhor tecnologia prática disponível.

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