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Meio Ambiente

Por:   •  16/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.899 Palavras (12 Páginas)  •  263 Visualizações

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MEIO AMBIENTE E RESPONSABILIDADE NO USO DOS RECURSOS

MEIO AMBIENTE E A MODERNIDADE

Falar de Modernidade é falar em um ideário de organização social surgida e consolidada após a chamada revolução industrial, normalmente tida como marco para o surgimento do modo de produção capitalista; sistema que possui caráter prioritariamente desenvolvimentista onde o lucro é o bem supremo, e têm os custos sociais e ambientais como uma consequência inevitável. A ideia de progresso passa a ser de que o novo é melhor ou mais avançado do que o antigo; o que gerará o exagerado consumismo, fruto do novo modo de produção e ideia de progresso.

A modernidade se caracteriza pelo processo de racionalização. Esta racionalização glorifica o trabalho, prioriza a busca pelo lucro e prioriza o progresso. A razão é o elemento comum a todos os seres humanos. E isto levará a um princípio de igualdade e sua consequente negação do (muito menos abstrato) princípio de hierarquia de acordo com Leis.

A modernidade levará a uma valorização do indivíduo tendo a subjetividade como verdade em oposição à tradição. E esta valorização induzirá a um individualismo, pois pautado pela razão o homem passa a buscar incessantemente o bem-estar e consequentemente, existe uma supervalorização do EU, sendo assim o mesmo fecha-se para o outro e imerge dentro de si, o que caracteriza a modernidade como a causadora da substituição do coletivo pelo individualismo.

É válido começar citando que apesar de a problemática ambiental parecer inédita, ela é antiga e recorrente na espécie humana. Tendo como diferença primordial estar hoje na pauta das discussões como nunca antes. Contudo foi a partir do sistema capitalista, que induziu um consumismo sem limites, que o meio ambiente começou a ser severamente destruído, ou seja, fora a partir da modernidade que os impactos no meio ambiente foram cada vez mais se acentuando.  A produção manufatureira, o aumento do contingente populacional e o processo de urbanização desenfreado são os pontos que mais afetam o meio ambiente.

A chamada crise ambiental que vivemos é consequência de uma crise civilizatória, na relação patológica entre homem e natureza; fruto de uma forma de concepção de mundo orientada por uma racionalidade econômica e não sustentável.  

A vida social e natural são regidas pela conjunção dos princípios da hierarquia e da igualdade e não pela supressão de um deles tornando o outro absoluto como fez a modernidade. Logo, com a ênfase que a racionalidade moderna atribui ao princípio da igualdade negando o hierárquico, considerando todos os indivíduos humanos como sujeitos de direito relativamente iguais, estabelece-se a impossibilidade de atribuir os mesmos direitos aos seres não-humanos, por natureza diferente de nós; esse processo implicou numa ampliação da separação entre a humanidade e a natureza. O homem não mais considera meio ambiente como primordial hierárquico uma vez que o mesmo não é racional, e assim não se pode estabelecer a relação de igualdade. O pensamento que predominava sobre os recursos naturais era de serem inesgotáveis, logo não havia nenhuma política de defesa do meio ambiente.

 Logo, a modernidade acarretou malefícios ao meio ambiente, tendo-o como insumo e não como ecossistema necessário para existência, com o falso conceito de que os recursos naturais são inesgotáveis, gerando assim, a crise ambiental que vivemos.

MEIO AMBIENTE E A PÓS-MODERNIDADE

A modernidade se transformou, gerando a Pós Modernidade, cujo conceito é norteado por paradigmas analíticos e conceituais. Entende-se como a extinção da metanarrativa e um processo de ruptura com a modernidade.

O Pós Modernismo significava a perda da historicidade, o que no campo estético-cultural significou o fim da fronteira da alta cultura e a cultura de massa. Além disso, para o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, uma sociedade Pós Moderna caracteriza-se como uma sociedade líquida, que é aquela que apresenta relações frágeis, fluidas e superficiais, onde o a rapidez das informações e o consumismo tiveram um notório crescimento em relação aos tempos anteriores.

Resumidamente, é uma condição sócio-cultural e estética do capitalismo pós revolução industrial e apresenta como característica o caráter transitório dos novos modos de vida. A sociedade pós moderna é marcada por um aumento em diversos tipos de riscos, como os decorrentes da degradação ambiental. Atualmente, é possível a visualização da destruição rápida e avassaladora do ambiente, prejudicando o próprio ser humano.

Devido à falta de limites das necessidades humanas, à disputa de mercado, produção e à descartabilidade dos bens materiais, explora-se de maneira danosa e irresponsável os recursos presentes na natureza. Tais atitudes são comprovadas pela poluição atmosférica, chuva ácida, efeito estufa, erosões, poluição de rios, mares, aquíferos e oceanos, desmatamento, entre outros. Isto como conseqüência da Modernidade.

Assim, através dessa crise ambiental, reflete-se sobre propostas que fundamentam a necessidade de melhoria nos modelos de desenvolvimento existente. Sabendo que não se pode apenas reparar os danos ambientais, sendo que são de difícil reparação, deve-se prevenir e evitar que tais danos aconteçam.

Para concretizar este conceito, faz-se necessário encontrar novas formas de desenvolvimento e produção. Alguns estudiosos compartilham a ideia de que no sistema capitalista torna-se impossível a aplicação da sustentabilidade, porém, não é viável mudar todo um sistema econômico pela falta de uma estruturação técnica e social da relação do homem com o meio ambiente. Além do mais, poucos estão dispostos a absterem-se dos recursos tecnológicos que trazem maior conforto e facilidade, apesar de serem os agentes nocivos ao ambiente. É mais lógico, obviamente, diminuir as consequências dos usos de tais recursos. Usufruir dos benefícios da tecnologia a fim de explorar novos meios de conservação, preservação e proteção do meio ambiente.

Esse processo de exploração e transformação vem ocorrendo gradativamente no mundo, através das novas disciplinas nos sistemas de ensino, como a gestão ambiental, através de novas profissões no mercado, como a Engenharia Ambiental, por meio de crescimento do “mercado verde”, por meio da relativa viabilidade financeira das grandes indústrias em reutilizarem suas matérias primas ao invés de captá-las novamente e pela compensação financeira da utilização de energias renováveis. Hoje é improvável que a sociedade irá abrir mão de suas tecnologias para preservar sua própria espécie, indicando mais um sintoma do Pós Modernismo, porém, pela sua capacidade de adaptação e seu instinto de sobrevivência, sabe-se que o homem é capaz de transfigurar as condições ambientais atuais, basta que seja educado e veja tais questões como primordiais para a qualidade de vida de suas próximas gerações.

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