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Por:   •  14/5/2014  •  2.503 Palavras (11 Páginas)  •  251 Visualizações

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O LÚDICO NAS INTERFACES DAS RELAÇÕES EDUCATIVAS

Por: Lisandra Olinda Roberto Neves

RESUMO: Neste artigo apresentarei os resultados de uma pesquisa monográfica onde foram analisadas as propostas do Lúdico no espaço escolar como facilitador da aprendizagem.

Palavras-chave: Lúdico, aprendizagem, professor, prática reflexiva.

“ O Lúdico é eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e da vida, o princípio de toda descoberta e toda criação. “ ( Santo Agostinho)

1. INTRODUÇÃO:

A idéia de pesquisar sobre o Lúdico ocorreu durante o Curso de Pedagogia, quando foi ministrada a disciplina Teoria e Prática de Recreação e Jogos. A idéia veio a ser fortalecida no processo do curso.

Os acadêmicos do curso de Pedagogia, foram levados a perceber que o Lúdico pode estar presente também em sala de aula sendo uma importante

Metodologia no processo ensino-aprendizagem, pois até então, resumiam o Lúdico somente às aulas de Recreação e Educação Física.

Essa pesquisa teve como objetivo geral:

- Verificar o espaço e as relações do Lúdico como facilitador da aprendizagem na sala de aula.

E como objetivos específicos:

- Verificar como é que o os professores percebem o Lúdico, quais suas concepções;

- Analisar como o Lúdico é utilizado no plano de trabalho e na prática de sala de aula;

- Verificar se há uma relação de interdisciplinaridade ou algum tipo de integração com a Educação Física;

- Examinar a contribuição do Lúdico para o rendimento do aluno na aprendizagem;

A realização desta pesquisa justificou-se pelo fato de apesar das várias propostas e ações existentes no âmbito da Educação, como projetos educacionais, simpósios, seminários, programas de governo, percebe-se que os resultados continuam insatisfatórios, o que demonstra a necessidade de mudanças no contexto educacional, sendo assim, o professor torna-se um dos principais, senão o mais importante protagonista dessa mudança. Portanto sua formação e sua prática têm sido motivos de estudos.

O professor interessado em promover mudanças, poderá encontrar na proposta do Lúdico uma importante metodologia, que contribuirá para diminuir os altos índices de fracasso escolar e evasão verificado nas escolas, porém este não foi o objeto de nosso estudo.

Gadotti (1993, p. 80) comprova e discute a má qualidade do ensino no Brasil em relação a outros países:

“Há 30 anos venho acompanhando a situação da escola e a deteriorização que se deu de forma acentuada no nosso país e na América Latina. Contudo, na América Latina, o Chile, a Argentina, o México, ao lado de outros países como o Uruguai e a Costa Rica, conseguiram avançar muito mais do que o Brasil. O grau de escolaridade é muito maior nesses países. No Chile, o analfabetismo é de apenas 2%, na Argentina, 3% e no México 5%, não se comparando com os índices de 30% no Brasil".

Diante desse quadro, a utilização de atividades lúdicas nas escolas, pode contribuir para uma melhoria nos resultados obtidos pelos alunos. Claro, que atividades de cunho lúdico não abarcariam toda a complexidade que envolve o processo educativo, mas poderiam auxiliar na busca de melhores resultados por parte dos educadores interessados em promover mudanças. Estas atividades seriam mediadoras de avanços e contribuiriam para tornar a sala de aula um ambiente alegre e favorável.

O Lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana. Assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica. A criança e mesmo o jovem opõe uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não é prazerosa.

Snyders (S/D) defende a alegria na escola, vendo-a não só como necessária, mas como possível.

“A maior parte das crianças em situação de fracasso são as de classe popular e elas precisam ter prazer em estudar; do contrário, desistirão, abandonarão a escola, se puderem. (...)

Quanto mais os alunos enfrentam dificuldades de ordem física e econômica, mais a Escola deve ser um local que lhes traga outras coisas. Essa alegria, não pode ser uma alegria que os desvie da luta, mas eles precisam ter o estímulo ao prazer. A alegria deve ser prioridade para aqueles que sofrem mais fora da escola. (...)

Estudos demonstram que através de atividades lúdicas, o educando explora muito mais sua criatividade, melhora sua conduta no processo de ensino-aprendizagem e sua auto estima.

O indivíduo criativo é um elemento importante para o funcionamento efetivo da sociedade, pois é ele quem faz descobertas, inventa e promove mudanças.

O referencial teórico dessa pesquisa teve como base as teorias críticas da educação.

Libâneo (1996,p. 39) nos diz:

“A função da pedagogia “dos conteúdos” é dar um passo à frente no papel transformador da escola, mas á partir de condições existentes. Assim, a condição para que a escola sirva aos interesses populares é garantir a todos um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos escolares que tenham ressonância na vida dos alunos”.

A escola passou a difundir um ensino enciclopédico, imaginando quanto mais conteúdos passassem, mais os alunos se desenvolveriam, o que não é verdade. Para serem assimiladas, as informações devem fazer sentido. Isso se dá quando elas incidem, no que Vygotsky (2001 p. 25) chamou de zona de desenvolvimento proximal, a distância entre aquilo que a criança sabe fazer sozinha (o desenvolvimento real) e o que é capaz de realizar com ajuda de alguém mais experiente (o desenvolvimento potencial). Assim, o bom ensino é o que incide na zona proximal.

No entanto, o sentido verdadeiro da educação lúdica, só estará garantido se o professor estiver preparado para realizá-lo e ter um profundo conhecimento sobre os fundamentos da mesma.

Assim podemos perceber que o Lúdico apresenta uma concepção teórica profunda e uma concepção prática, atuante e concreta.

1.

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