O Estresse no Ambiente de Trabalho

INTRODUÇÃO

Estresse é um elemento inerente a toda doença, que produz certas modificações na estrutura e na composição química do corpo, as quais podem ser observadas e mensuradas (Selye, 1959). O estresse é intrínseco ao ser humano, ou seja, toda a pessoa sofre estresse, o que vai depender muito de uma pessoa para outra é a forma que esse estresse se manifesta, sendo ele na maioria das vezes negativo para a vida das pessoas, causando um desequilíbrio físico, mental e psíquico. Porém existe também o estresse positivo, caracterizado pelo, entusiasmo, excitação, pela maneira de enfrentar desafios, de lidar com as pressões do dia-a-dia de uma maneira que lhe traga crescimento.  

Os mais recentes estudos sobre estresse abrangem não apenas as consequências no corpo e na mente humana, mas também suas implicações para a qualidade de vida da sociedade. O stress pode afetar a saúde, a qualidade de vida e a sensação de bem-estar como um todo (Lipp, 2001).

Nos dias atuais, cada vez mais, as pessoas vêm sofrendo com estresse causado por suas atividades laborais. Pode-se definir o estresse ocupacional a partir do enfoque nos estressores organizacionais que permitem diferenciar dois tipos de estudo: os de estresse ocupacional e os de estresse de forma geral. O ocupacional enfoca estressores relacionados ao ambiente de trabalho, e os de forma geral estressores gerais na vida do indivíduo (PASCHOAL; TAMAYO, 2017).

 O estresse ocupacional é a sensação de que as capacidades, os recursos ou necessidades de uma pessoa não combinam com as demandas de trabalho. (HITT, 2007). No mercado de trabalho, constantemente existe cobranças e pressões aos trabalhadores, para que eles atinjam metas de produtividade, na maioria dos casos as demandas de trabalho são muito elevadas, porem o trabalhador tem um baixo controle sobre elas, consequentemente os levando ao o estresse.

De acordo com Lipp (2006), a profissão e o trabalho irão determinar grande parte de nossas vidas. Portanto, o trabalho satisfatório determina prazer, alegria e saúde. Entretanto, quando o trabalho é desprovido de significação, não é reconhecido ou é fonte de ameaças à integridade física e/ou psíquica, acaba gerando sofrimento no trabalhador. Pesquisas recentes mostram o crescimento das queixas relacionadas ao estresse, em função de atividades laborais das mais variadas profissões, e como principais agentes estressores estão: trabalhos por turnos, trabalho noturno, sobrecarga de trabalho, exposição a riscos e perigos. Diante disso foi realizado uma pesquisa afim de buscar agentes que provocam estresse aos profissionais eletricistas.

De acordo com a Classificação Brasileiras das Ocupações (CBO), os eletricistas atuam em qualquer ramo de atividade econômica que demande serviços de instalação elétrica. Planejam serviços elétricos, realizam instalação de distribuição de alta e baixa tensão, podem trabalhar em grandes alturas, temperaturas baixas ou elevadas, sujeitos aos riscos de trabalho com energia elétrica. Trabalham como assalariados ou por conta-própria, geralmente trabalham em equipe, com ou sem supervisão ocasional, dependendo se é empregado ou autônomo.

Dessa forma observar-se que o estresse dos eletricistas está relacionado a variáveis vinculadas ao seu trabalho, dentre as quais se destacam: remuneração insatisfatória, exposição aos riscos, atribuições burocráticas. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivos investigar os níveis de estresse entre os eletricistas entrevistados, propor medidas de redução, descrever as causas, avaliar as consequências do estresse no exercício da profissão, identificar os fatores e apontar melhorias para evitar ou combater o estresse.

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