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O Standard Penetration Test

Por:   •  6/10/2025  •  Trabalho acadêmico  •  2.129 Palavras (9 Páginas)  •  33 Visualizações

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UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA ENGENHARIA CIVIL

MARCOS EMANUEL RAMOS DE CARVALHO RA: 0613374

OBRAS DE TERRA

SPT (Standard Penetration Test)

CAMPINAS -SP 2025

RESUMO

Neste trabalho abordaremos o SPT (Standard Penetration Test) como principal ensaio de reconhecimento geotécnico utilizado em obras de terra. Serão apresentados seu conceito, histórico e procedimento de execução, destacando como é realizada a perfuração, o uso do amostrador e a contagem de golpes que gera o índice N-SPT. Também discutiremos os resultados obtidos e suas interpretações práticas, relacionando o ensaio às aplicações em fundações, aterros e contenções. Além disso, serão analisadas as vantagens e limitações do método, bem como sua importância frente às normas brasileiras. Por fim, será feita uma conclusão ressaltando a relevância do SPT para a engenharia de obras de terra.

SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO        4
  2. CONCEITO          5
  3. HISTÓRIA.....................................................................................................................................6
  4. PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO        7
  5. RESULTADOS OBTIDOS        8
  6. INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS        9
  7. NORMAS E APLICAÇÕES        10
  8. VANTAGENS E LIMITAÇÕES        11

9        CONCLUSÃO        12

10        REFERÊNCIAS        12

  1. INTRODUÇÃO

O ensaio de campo mais comum em investigações geotécnicas no Brasil é o SPT (Standard Penetration Test), conforme regulamentado pela NBR 6484. Sua principal tarefa é analisar as propriedades do subsolo utilizando a resistência à penetração de um amostrador padrão, gerando o valor denominado N-SPT. Esses resultados possibilitam a identificação do tipo de solo, a determinação do nível do lençol freático e a estimativa de parâmetros de resistência e deformabilidade. Devido à sua simplicidade, custo reduzido e extensa base de correlações empíricas, o ensaio é amplamente utilizado em projetos de fundações, aterros e obras de contenção. Embora tenha limitações, como amostras pouco representativas, o SPT permanece como uma ferramenta fundamental na engenharia de obras de terra.

  1. CONCEITO

O SPT (Standard Penetration Test), conhecido em português como Ensaio de Sondagem à Percussão, é um procedimento de investigação geotécnica que tem como finalidade avaliar as características de resistência do solo in situ. O ensaio consiste na cravação de um amostrador padrão no terreno por meio de golpes sucessivos de um martelo de 65 kg, caindo de uma altura de 75 cm. A medida principal obtida é o número de golpes necessários para a penetração de 30 cm finais do amostrador, denominado índice N-SPT. Esse valor é amplamente utilizado para identificar a compacidade de solos arenosos, a consistência de solos argilosos e para estimar parâmetros geotécnicos empregados em projetos de fundações e obras de terra.

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  1. HISTORIA

O SPT (Standard Penetration Test) foi criado em 1927 pela Raymond Concrete Pile Company, em Nova Iorque (EUA), com a finalidade de medir a resistência do solo durante a instalação de estacas de concreto. O objetivo principal era desenvolver um ensaio simples, padronizado e econômico que pudesse oferecer informações claras sobre a compacidade e consistência do solo. Com o passar do tempo, os engenheiros notaram que a quantidade de golpes necessários para cravar o amostrador no solo estava diretamente relacionada à capacidade de carga das fundações.

Nas décadas seguintes, o SPT ganhou reconhecimento internacional, transformando-se em um dos ensaios de campo mais empregados pela geotecnia. No Brasil, seu uso teve início aproximadamente na década de 1940, em consonância com o crescimento urbano e a demanda por projetos de fundações mais seguros. As primeiras recomendações normativas nacionais apareceram em 1960, culminando com a publicação da NBR 6484, que padroniza o teste e assegura a consistência dos resultados.

Essa padronização permitiu que os resultados do SPT fossem confiáveis e comparáveis, contribuindo para a segurança de fundações, barragens e outras obras de engenharia. Além disso, possibilitou a criação de bancos de dados de solos, fundamentais para pesquisas e desenvolvimento de novas técnicas de projeto geotécnico no Brasil.

Hoje em dia, o SPT é visto como um dos métodos mais relevantes para a investigação do subsolo no Brasil, sendo amplamente utilizado em projetos de fundações, barragens, aterros e obras de contenção. Apesar do progresso de métodos modernos, como o CPT (Cone Penetration Test), o SPT continua sendo uma referência por causa de seu longo histórico de uso, da simplicidade do procedimento e das várias correlações empíricas estabelecidas ao longo de quase cem anos de aplicação.

  1. PROCEDIMENTO E EXECUÇÃO

O ensaio segue passos padronizados para garantir resultados confiáveis e comparáveis, iniciando com o amostrador é colocado no solo, e o teste consiste em golpear o amostrador com um martelo, fazendo com que ele penetre no solo em segmentos de 15 cm até alcançar uma profundidade total de 45 cm. Registra-se a quantidade de golpes necessária para cada segmento, e o número de golpes N, usado como parâmetro da resistência do solo, equivale à soma dos golpes nos dois segmentos finais de 15 cm.

 Se o amostrador não atingir os últimos 15 cm após 50 golpes, isso indica que o solo tem alta resistência, e o teste é encerrado. Durante o processo, a amostra coletada pelo amostrador pode ser analisada em laboratório para determinar características como granulometria, umidade e plasticidade do solo.

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  1. RESULTADOS OBTIDOS

        Os resultados do Standard Penetration Test (SPT) oferecem dados essenciais a respeito da resistência e das propriedades do solo em diferentes profundidades. O número de golpes N, que representa a quantidade de impactos necessários para que o amostrador penetre 30 cm no solo, é o dado mais relevante do ensaio. Isso reflete a densidade e a compactação do material. Solos mais compactos ou resistentes exigem um maior número de golpes, ao passo que solos mais soltos ou moles demandam menos.

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