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O Tratamento de Efluentes Líquidos das Indústrias Farmacêuticas

Por:   •  9/11/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.297 Palavras (6 Páginas)  •  499 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA[pic 1]

ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

 

LUCAS LOUZADA DE OLIVEIRA

CARACTERIZAÇÃO E TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS DE INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS

Efluentes Líquidos Industriais e Domésticos

8º Período

Professor: Marcos Alves de Magalhães

       

CARATINGA-MG

OUTUBRO/2017

                     LUCAS LOUZADA DE OLIVEIRA[pic 2]

           

CARACTERIZAÇÃO E TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS DE INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS

Trabalho de Efluentes Líquidos Industriais e Domésticos, da Faculdade de Engenharia Ambiental e Sanitária da UNEC do 8º Período, como exigência de obtenção parcial dos créditos distribuídos pelo professor Marcos Alves de Magalhães.

CARATINGA-MG

OUTUBRO/2017

INTRODUÇÃO

A indústria farmacêutica é responsável pela produção de medicamentos, sendo também uma atividade de pesquisa, desenvolvimento, distribuição e comercialização de medicamentos.

No período de 1890 a 1950 a indústria química farmacêutica no Brasil nasceu e se desenvolveu. Seu desenvolvimento e criação são considerados tardios quando comparados aos países europeus, que no século XIX já possuíam avanços notáveis.

Os efluentes gerados em cada um dos processos produtivos desta indústria apresentam características distintas e quantidade variada, podendo conter compostos refratários, por exemplo, presentes na produção de antibióticos, que causam danos ao meio ambiente, principalmente nos solos e ambientes aquáticos.

Atualmente, as questões ambientais são um fator muito importante na operação das unidades industriais, constituindo um grande desafio, pois têm que enfrentar leis cada vez mais restritivas quanto aos níveis de poluição permitidos.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Segundo Deegan (2011), estima-se que cerca da metade do efluente farmacêutico produzido no mundo é lançado em corpos d’água sem qualquer tratamento.

Atualmente, as questões ambientais são um fator muito importante na operação das unidades industriais, constituindo um grande desafio, pois têm que enfrentar leis cada vez mais restritivas quanto aos níveis de poluição permitidos.

Esses compostos são caracterizados por uma fração orgânica rapidamente biodegradável e compostos refratários, que não são removidos por tratamentos biológicos convencionais, como no caso da formulação de antibióticos, cujo efluente apresenta baixa biodegradabilidade.

De acordo com a NBR 9897/1987, as recomendações de parâmetros mínimos para o controle de efluentes líquidos das indústrias farmacêuticas a serem observados são: Alcalinidade, Cor, DBO5 20°C, DQO, Materiais flutuantes, Mercúrio, Óleos e Graxas, Organofosforados, pH, Sólidos dissolvidos, Sólidos não filtráveis, Sólidos Sedimentares, Sólidos Totais, Temperatura e Turbidez.

Os efluentes são gerados em indústrias de síntese ou de misturas. Os efluentes de síntese apresentam altas concentrações de matéria orgânica, sais e toxicidade. A presença de compostos aromáticos e cíclicos, nitrogenados e que apresentam cor residual também é frequente.

De acordo com Giordano (2009), a indústria de misturas produz efluentes muito semelhantes aos seus produtos diluídos, pois preponderadamente são originados nas lavagens de pisos das áreas de produção, equipamentos e tanques de processo. Os processos de tratamento objetivam normalmente a correção do pH, a remoção da carga orgânica, e eventualmente a redução de cor. Alguns efluentes contendo antibióticos também necessitam serem desativados antes do processo biológico de tratamento, pois afetam a eficiência do mesmo. Os processos são normalmente compostos das seguintes etapas:

Primário (correção do pH);

Secundário (lodos ativados).

Há também a indústria farmacêutica animal, além da humana, que basicamente constituem dos mesmos tratamentos. Por ser muito complexo esse tratamento de efluente, as empresas optam por muitos tipos de tratamentos diferentes visando maior lucro, eficiência e qualidade do produto. Dentro de diversos processos químicos oxidativos avançados, temos a ozonização que está entre a melhor e mais eficaz. [pic 3]

Figura 1. Processo de tratamento de efluentes empregado na indústria farmacêutica veterinária e pontos de amostragem dos efluentes.

[pic 4]

Tabela 1. Classificação dos principais poluentes emergentes em grupos.

Neste tipo de indústria, um dos maiores desafios é o tratamento de efluente dos antibióticos, pois são compostos refratários, possuem baixa biodegradabilidade, Efeitos tóxicos a organismos aquáticos e promovem o desenvolvimento de cepas bacterianas multirresistentes.

O lançamento deste material é responsável pela contaminação de corpos d’água e do solo, sendo bioacumulado ao longo da cadeia alimentar, tornando-se prejudicial à saúde humana, baixa biodegradabilidade em sistemas biológicos, pois sua concentração é superior à dose letal da maioria dos organismos presentes na água.

No Tratamento químico pode-se ter a coagulação-sedimentação forçada, onde são usados o hidróxido de sódio (NaOH) para ajuste de pH, o sulfato de alumínio (Al2(SO4)3) como floculante e polímeros orgânicos para a flotação e redução de sólidos suspensos.

Os efluentes resultantes do tratamento químico são encaminhados para o tratamento biológico aeróbio convencional. Depois, no tratamento biológico aeróbio é com o processo de lodo ativado.

[pic 5]

Figura 2. Tipos de tratamentos químicos que podem ser usados na indústria farmacêutica.

Ozonização: O ozônio (O3) é usado porque atua como um potente agente oxidante, além de ser facilmente absorvido pela água. Ele é usado principalmente para oxidar os compostos orgânicos não biodegradáveis.

PAOs (Processos Avançados de Oxidação): Além do ozônio, a oxidação química também pode ser realizada com o uso de peróxido de oxigênio ou outro oxidante convencional.

A ozonização é um processo que apresenta grande potencial para remediação do efluente farmacêutico, tem a capacidade de remover compostos refratários como os tipicamente encontrados neste efluente, reduz metais à suas formas insolúveis (normalização) e também destrói hidrocarbonetos por dissociação (quebra das cadeias). Além disso:

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