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Os Caminhos do meio ambiente

Por:   •  13/4/2018  •  Resenha  •  1.290 Palavras (6 Páginas)  •  226 Visualizações

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CARLOS WALTER PORTO. Os (des)caminhos do meio ambiente. São Paulo. 2ª Ed. Editora Contexto,1990. 152p.GONÇALVES,

 No livro “Os (des)caminhos do meio ambiente”, Carlos Walter aborda o movimento ecológico com enfoque histórico-cultural, procurando fundamentar o movimento de caráter político-cultural, demonstrando que cada povo constrói seu próprio conceito de natureza ao mesmo tempo que institui suas relações sociais. O livro traz uma abordagem sociológica e viaja por diversas épocas e classes, trazendo ao leitor uma gama de informações e contextos em que a ecologia está inserida direta ou indiretamente além de como o movimento ecológico surge no mundo e no Brasil. Elenca as interações entre sociedade e natureza e mostra que os danos causados ao meio ambiente pela sociedade capitalista em que vivemos vai além da poluição de ecossistemas.

O segundo capítulo do livro traz ao leitor o contexto histórico-cultural de onde surgiu o movimento ecológico, dando enfoque aos anos de 1960 e 1970, anos em que influenciados pelo estado político da época outros movimentos despontaram e como esses movimentos levaram a uma reflexão sobre o agir humano e a interação com o meio ambiente.

No segundo capítulo o autor liga outros movimentos como o dos operários, negros, homossexuais, indígenas, jovem, feministas e camponeses, com o ecológico mostrando que todo movimento emerge de um ponto em comum ou uma certa condição social, mas diferente desses, o ecológico é mais difuso entrando em conflito ao longo de sua trajetória com outros movimentos que também procuram firmar sua singularidade.

         No quarto capítulo Carlos Walter traz a ideia de sociedade e natureza, onde a cultura cria, inventa e reinventa a ideia de natureza, desta forma o conceito de natureza não é natural. Aborda também a questão das utopias, sonhos de um mundo ideal que podem levar a uma fuga da realidade dificultando o trabalho de resolver os problemas ambientais.

 No quinto capitulo o autor faz uma analogia entre o homem e a natureza, sendo o homem o “civilizado” e a natureza o “selvagem” aquilo que o homem precisa dominar, que deve nos “servir”. Esta ideia de dominação da natureza é algo cultural que já está ligado ao pensar humano em certas sociedades.

No sexto capítulo há uma viagem até os primórdios da civilização, trazendo o conceito de natureza e a separação do homem-natureza, passando por diversas civilizações e culturas, sofrendo modificações até chegar a sociedade atual. Ao decorrer do tempo o homem vai ganhando mais privilégios, sendo mais valorizado por final e julgado polo próprio ser humano uma raça superior.

No sétimo capítulo o ator traz uma discussão sobre a ciência e como e ela se baseia em três princípios, que são: a oposição entre homem e natureza, a oposição entre sujeito e objeto e o paradigma atomístico-individualista. Mostra como a diferença entre esses princípios acaba limitando a ciência e leva a um padrão de comportamentos. Discute-se como, ao longo do século XX, a consciência dessas limitações tem levado a novas proposições.

O oitavo capítulo aborda questões ecológicas, sobre a ordem natural, complexa e própria de organização dos ecossistemas, a interação entre espécies, como a vida em um todo está interligada desde a rotação da terra até o processo de germinação de uma planta. Aborda também o conceito de diversidade genética e o benefício que isso traz para a perpetuação de uma espécie.

No nono capitulo é trago mais profunda a questão do homem, mostrando que a cultura forma o homem e traz o exemplo de um índio e um outro homem qualquer, estes não são biologicamente diferentes, mas socialmente sim, isso está diretamente ligado a questão cultural de cada povo. Cita a questão do uso dos recursos ambientais, a interferência do homem na produção natural de alimentos. Volta até a pré-história e traz ao leitor o desenvolvimento da complexidade social na vida do homem e as diversas modificações que sofreu ao longo do tempo.

         O decimo capítulo traz a questão da sociedade, do homem criar “naturalmente” cultura e laços sociais. Fala sobre a adaptação do homem a diversos ecossistemas e como ele os molda à sua vontade, para poder aproveitar da melhor forma o que o ambiente possui.

No décimo primeiro capítulo, é abordado como o paradigma mecanicista cria visões inexatas do mundo orgânico e leva a desajustes. Além de discutir a questão da física moderna que o que ela trouxe para a sociedade.

O décimo segundo capítulo traz a questão do tempo e trabalho, como estes passaram por modificações ao longo do tempo até serem apropriadas pela burguesia mercantil e industrial moderna e como esses conceitos implicam na produtividade. Mostra como o tempo se tornou escasso na sociedade capitalista atual e como é gerenciado para que haja máximo aproveitamento possível no trabalho, o que prejudica não só o homem, mas também os recursos naturais que ele utiliza, no fim a economia se sobrepõe a natureza.

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