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PLANEJAMENTO DE LAVRA PROJETO DE MINA

Por:   •  19/2/2016  •  Projeto de pesquisa  •  4.190 Palavras (17 Páginas)  •  584 Visualizações

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PLANEJAMENTO DE LAVRA

Projeto de Mina

1. INTRODUÇÃO

        O cobre é um metal de transição de símbolo Cu e massa atômica 63,6 u.m.a., possui como característica uma coloração avermelhada e, à temperatura ambiente, se encontra no estado sólido, com ponto de fusão em 1357,77K. Devido à sua alta densidade de carga conduz muito bem a eletricidade, sendo também um ótimo condutor térmico de alta ductibilidade e alta maleabilidade.

        Existem mais de 170 minerais de cobre, dos quais somente 10 ou 15 possuem interesse industrial. Os principais minerais se dividem em dois grupos:

  • Sulfetados: calcopirita (CuFeS2), calcocita (Cu2S), covelita (CuS), bornita (Cu5FeS4);
  • Oxidados:
  • Carbonatos: azurita (Cu3[(CO3)2|(OH)2]), malaquita (Cu2[CO3|(OH)2]);
  • Óxidos cúpricos: cuprita (Cu2O), tenorita (CuO);
  • Silicatos: crisocola (CuSiO3).

2. RESERVA MINERAL

        As reservas mundiais de minério de cobre registraram em 2013 um total de 690 milhões de toneladas em metal contido. As reservas lavráveis brasileiras de cobre em 2013 somaram 11,14 milhões de t de Cu contido, com destaques para os estados do Pará, com 83% desse total, Goiás, Alagoas e Bahia.

[pic 1]

[pic 2]

3. MÉTODOS DE PESQUISA E ESTUDO ECONÔMICO PARA ESSE MINÉRIO

        

Utilizando como exemplo o “Estudo de Viabilidade no Projeto Schaft Creek, BC, Canadá” realizado pela Copper Fox Metais Inc., podemos observar os métodos de pesquisa utilizados para minério de cobre.

A Cooper Foz Metais Inc. deu início aos trabalhos de pesquisa com a pesquisa por fotogrametria utilizando intervalos de 5m e escala de 1:2000. Dando continuidade, fez-se o mapeamento geológico em uma área de 3,6 x 2,6 km com escala de 1:5000. Levantamentos geofísicos e furos de sondagem são utilizados para a determinação do corpo mineralizado e os teores dos metais que ali existem.

4. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO DEPÓSITO

        

Os principais depósitos minerais de cobre incluem os seguintes modelos:

  1. Depósitos do tipo Óxido de Fe-Cu-Au (IOCG): Sua formação é atribuída a um evento termal relacionado a metamorfismo de baixo a médio grau e intrusões máficas e/ou granitos, em contextos estratigráficos com abundância de BIF. Depósitos desta categoria no Brasil são conhecidos apenas na Província Carajás, onde são representados pelos depósitos Salobo, Sossego, Cristalino e Alemão.

  1. Depósitos de cobre-pórfiro: Resultam da concentração de sulfetos de cobre, com possibilidade de Mo e Au como coprodutos, a partir de soluções hidrotermais em posição apical de intrusões dioríticas e granodioríticas. Estes depósitos são responsáveis por cerca de 60% do suprimento mundial no metal e os principais produtores situam-se notadamente no Chile, no sudoeste dos Estados Unidos e no oeste do Canadá. No Brasil o depósito conhecido desta categoria é o de Chapada, localizado em Mara Rosa, Goiás.
  1. Depósitos de segregação magmáticas: Ocorrem associados a rochas máfico-ultramáficas e se formam por imiscibilidade de líquidos durante a diferenciação magmática. Este processo envolve a geração de um líquido sulfetado, formado por assimilação de Enxofre das encaixantes, o qual se desmistura do líquido silicatado. Depósitos desta natureza incluem algumas das maiores reservas mundiais de Cobre e onde o metal é, em geral, extraído como sub produto, ou coproduto de Ni e Co. Dois sub tipos de depósitos de segregação magmática são conhecidos:
  • Depósitos associados a intrusões: comportam três subtipos. Um consiste de depósitos associados com intrusões de rochas máficas e ultramáficas e comporta pelo menos três tipos distintos, em função da composição e ambiente da intrusão: (i) mineralização disseminada em dunitos alojados ao longo de contatos entre rochas sedimentares e vulcânicas de greenstone belts, onde podem acompanhar depósitos de Ni sulfetado em komatitos; (ii) depósitos associados a intrusões rasas picríticas em derrames de basaltos continentais; e (iii) mineralização maciça e disseminada das porções basais de intrusões acamadadas de grande porte de ambiente de rift e que, no seu percurso interceptaram folhelhos, evaporitos ou qualquer outro litótipo capaz de fornecer Enxofre contaminante. Modelos de depósitos brasileiros, compreendem os do Vale do Curaçá, na Bahia, os quais aparentemente têm um estágio magmático representado por mineralização disseminada em piroxenito e norito, e um segundo estágio inequivocamente hidrotermal, do tipo Fe Cu Au, com mineralização disseminada em glimerito.
  • Depósitos associados a komatitos: São típicos de greenstone belts do Arqueano e do Paleoproterozóico, onde ocorrem como sulfeto maciço e disseminado ao longo da base das fácies de canais de escoamento de derrames komatíticos com intercalações de rochas sedimentares capazes de fornecer o enxofre contaminante. No Brasil, conhece se apenas um depósito, esgotado, de Cu Ni em komatitos e que compreende o de Fortaleza de Minas, no greenstone belt Morro do Ferro, em Minas Gerais, e uma ocorrência, a de Bela Vista, no greenstone belt de Crixás, Goiás.
  1. Depósitos vulcanogênicos – VMS: Resultam da precipitação química de metais e outros elementos a partir de exalações vulcânicas. Cerca de 15% das reservas mundiais de cobre ocorrem em jazidas vulcanogênicas e são explorados para Cobre, Chumbo e Zinco, com Ouro e Prata como subprodutos.
  1. Depósitos em séries sedimentares detríticas: estão relacionados com espessas sequências sedimentares e podem ser do tipo Red Bed, de ocorrência em sucessões de conglomerados e arenitos arcoseanos de ambientes continentais ou transicionais, e do tipo Kupferschiefer, associado a camadas de folhelhos lagunares e marinhos. No Brasil, exemplos de depósitos de cobre associados a sequências de conglomerados e arenitos arcoseanos (tipo Red Bed) compreendem os do Distrito de Camaquã, no Rio Grande do Sul. Prováveis depósitos do tipo Kupferschiefer compreendem as ocorrências de Pedra Verde, São Julião e Aurora, no Nordeste, e o de Terra Preta, no Mato Groso.

5. PRODUÇÃO GLOBAL E NO BRASIL

        

A produção mundial de concentrado de cobre, em metal contido, alcançou no ano de 2013 uma quantidade de 18,07 milhões de t, registrando um acréscimo de 8,2 % em relação a 2012. Quanto ao metal, em 2013 a produção mundial de cobre refinado (primário e secundário) atingiu 21,00 milhões de t, apresentando um crescimento de 4,3 % frente ao ano de 2012. A China (31,0 %), o Chile (13,1%), o Japão (7,0%) e os EUA (5,0%) foram os principais produtores do metal. A produção brasileira de cobre refinado primário e secundário registrou em 2013 uma quantidade de 261.950 t, correspondendo a 1,2% do total mundial de refinado. Segundo o International Cooper Study Group (ICSG), o mercado mundial do cobre apresentou em 2013 um déficit de produção frente ao de consumo da ordem de 282 mil t, devendo esse quadro ser revertido no ano de 2014 para um superávit de 405 mil t.

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