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Resenha Crítica Química Ambiental

Por:   •  8/2/2021  •  Resenha  •  1.144 Palavras (5 Páginas)  •  224 Visualizações

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FIJI Water: Carbono Negativo?

O texto apresentado para análise discorre sobre a história da água engarrafada, seus aspectos sociais e ambientais desde a sua extração, envase, distribuição, consumo e impactos em toda a cadeia. Fala também, sobre a ação coletiva movida contra a empresa Fiji Water Company acusada de se beneficiar do método de créditos de carbono que eram comprados antes das efetivas ações a que se destinavam ou que houvessem sido realizadas o que não garantia a efetivação dos créditos. Essa política, aliada ao maketing utilizado possibilitou associar a marca a personalidades ricas e famosas deu bastante visibilidade proporciando uma valorização da empresa, ao meu ver a marca se vangloriou utilizando-se apenas de status, se considerarmos o decorrer dos acontecimentos no referido artigo.

Em 1988 o governo de Fiji, descobriu uma reserva aquífera com volume de água de aproximadamente 3,34 km3, com mais de três trilhões de litros de água acumulados sob a floresta e um vulcão, do Arquipélago das ilhas Fiji, a leste da Austrália. E com ajuda do governo o canadense David Gilmor fundou nesse mesmo ano a empresa A Fiji Water para investir em água engarrafada, e uma das vantagens desse empresário foi um acordo firmado com o governo, que por 99 (noventa e nove) anos poderia explorar comercialmente o aquífero. Além desse grande benefício, o governo da Ilha concedeu à empresa um período de isenção fiscal até 2008. Mostrando o quão vantajosa foi a criação dessa empresa, pois não houve custos de descoberta do aquífero e ainda uma isenção fiscal que qualquer empresário gostaria de receber.

A indústria de água engarrafada teve início nos Estados Unidos a cerca de 200 anos, na mesma época em que outras empresas surgiram pelo mundo, principalmente na Europa e, a origem da água engarrafada eram as mais diversificadas, desde geleiras até ilhas desertas isoladas no meio do oceano como no caso em questão. O mercado consumidor de água engarrafada era o mais promissor na indústria de alimentos e bebidas. Várias eram as razões de as pessoas comprarem água em garrafas, desde conveniência por ser fácil de carregar e não necessitar nenhum tipo de tratamento ou filtragem, sabor, e até status social, um mercado de $100 bilhões de dólares.

Os impactos ambientais da água engarrafada são questionados por diversos grupos e entidades ambientais, pois as garrafas de plástico seriam um produto desnecessário e muito prejudicial ao meio ambiente, devido aos processos envolvidos na extração, engarrafamento e distribuição, segundo Kath Dalmeny da (ONG) organização não governamental Food Commission, é “ridículo trazer água do outro lado do mundo quando essencialmente o mesmo produto estava disponível na torneira.” Outro questionamento levantados pelos ambientalistas era com relação à produção e eliminação das garrafas plástica, bem como com o uso de água envolvido no processo de produção assim como as emissões de gases de efeito estufa do processo de distribuição.

No início da década de 90 uma conscientização ambiental vem tomando conta da população, com isso empresas começaram a incluir em seus produtos um foco mais ambiental, produção mais sustentável, uso de matérias primas recicláveis e o marketing ecológico, no intuito de conquistar aqueles consumidores mais conscientes. Baseado na quantidade de resíduos produzidos em 2006, a Fuji Water iniciou um trabalho para reduzir o resíduo da instalação se embasando na gestão ambiental e certificação internacional ISO 14.001. Ao inaugurar em agosto de 2007 uma fundação que passou a proteger a bacia hidrográfica de onde extraia a maior parte de seu produto, investiu em plantação de árvores e recuperação de floresta , implantação de uma série de poços para garantir acesso da população da ilha, pois quase 1/3 da população de Fiji não possuía água tratada e encanada e isso não caía bem a nível de marketing o maior produto de exportação não estar disponível à população.

Em 2008 a empresa assumiu a redução do teor de plástico de suas garrafas em 20% o que resultou que em 2010 na utilização em 100% de embalagens recicladas para o armazenamento e envio de suas garrafas e anunciava em suas campanhas publicitárias que sua água era 120 por cento carbono negativo, informando aos seus consumidores que ao adquirirem seus produtos estariam contribuindo com o meio ambiente. Neste mesmo ano, a empresa anunciou que a fábrica separava e reciclava 95% do resíduo gerado. Também na mesma época foi realizada a da contratação de hidrogeólogos para garantir que a extração da água do aquífero estava absolutamente dentro de uma faixa sustentável, ou seja, garantindo a recuperação do aquífero.

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