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Resenha Do Livro Pensar O Ambiente Paulo Freire Trabalhos Escolares e Acadêmicos Prontos

Por:   •  25/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.933 Palavras (20 Páginas)  •  811 Visualizações

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Introdução:

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(aspecto cultural)

A Origem dos movimentos sociais

Os movimentos sociais, de acordo com Gohn (1997, p.13) tratam das ações conjuntas que reivindicam algo perante o modelo político econômico imposto pela sociedade dominante no período, a partir daí, os movimentos sociais estão contra as ações da ordem vigente. Vemos ao longo dá história, vários movimentos sociais que buscam mudanças para a situação política social.

Historicamente a ideia por direitos começa com uma nova concepção de conceitos como o homem no centro das transformações, e não mais o divino como o centro, assim sendo, Hobsbawm (1977, p.20) considera que essa ideia vem com os iluministas que pregam a razão, esse se inicia no período compreendido entre os anos de 1650 e 1700.

Segundo Nunes (2015, p. 16) os últimos anos estão cheios de nomes que se referem aos acontecimentos, mais do que “movimentos” no sentido tradicional: A primavera árabe; o 15-m espanhol, o Ocupoccy dos Estados Unidos; o Diren Gezi da Turquia, e de forma claramente mais limitada em identificação temporal, as “jornadas” ou o fenômeno dos acontecimentos de junho de 2013 no Brasil. Para o autor, esse fenômeno, ao mesmo tempo em que se torna um ponto focal para uma série de demandas sociais, é centro irradiador de uma mudança subjetiva no país.

“No caso brasileiro, parece possível afirmar que, com os protestos multitudinários de junho de 2013, cristalizou-se uma nova geração política” (NUNES, p. 17, 2014).

A de junho seria a primeira geração que poderia ser denominada como a tal após a “geração de redemocratização”, ou seja, a que se constituiu no “caldo da cultura” do qual, durante o período de transição do regime militar para a nova república, surgiram as principais instituições da esquerda brasileira até hoje: o Partido dos Trabalhadores (PT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outros. Nem uma nem outra foi criada ex nihilo[1] pelos acontecimentos que as definem, mas em ambos os casos os acontecimentos operam como cristalizadores. (NUNES, p. 18, 2014).

Cenário politico:

 De acordo com o autor Neto (1992, p. 26) no contexto do Welfare State, a “Questão Social” é alvo das políticas sociais, que trata de uma resposta política e não apenas repressiva internalizada na ordem econômica - política. Entretanto, no contexto atual, a resposta social à “nova questão social” tende a ser externalizada da ordem social transferindo-se para o âmbito imediato e individual.

Ainda de acordo com Neto, as políticas sociais universais, não-contratualistas e constitutivas de direito de cidadania são acusadas pelos neoliberais de propiciarem o esvaziamento de fundos públicos, “mal aplicados” em atividades burocratizadas, sem retorno e que estendem a cobertura a toda a população indiscriminadamente.

 Bresser (1998, 15) diz que no Brasil, a jovem Constituição de 1988 e sua concepção de Seguridade Social, constituída pela Previdência, Saúde e Assistência, parecem ser neste caso, as vilãs. Segundo o autor, o neoliberalismo visa à reconstituição do mercado como solução parcial da crise capitalista,

Para Montaño (2011, p. 13), é desta forma que a desregulamentação e flexibilização das relações trabalhistas e a reestruturação produtiva vão da mão da reforma do Estado, sobretudo na sua desresponsabilização da intervenção na resposta às sequelas da “questão social”. O autor pontua que o “igualitarismo” promovido pelo Estado intervencionista deve ser, na ótica neoliberal, combatido, colocando em seu lugar a desigualdade e a concorrência que ficam concebidas como motores do estímulo e desenvolvimento social.

Observa-se, pois, em decorrência das novas necessidades do capital e da atual situação das lutas de classes, uma nova estratégia hegemônica (neoliberal) do grande capital, de reestruturação produtiva, de reforma do Estado, de “globalização” da produção e dos mercados, de financeirização do investimento do capital, face à atual crise de superprodução e superacumulação, que envolve, dentre vários aspectos, um novo trato à “questão social”.

É nesse cenário atua que se projeta a correlação de forças de dois projetos políticos, no Brasil.

Historicamente, a social democracia está ligada a movimentos políticos de esquerda e embora seus programas tenham sofrido alterações dependendo da época e do lugar, após a Segunda Guerra, passou a identificar-se com projetos de redistribuição de riqueza através de programas sociais e investimentos governamentais em grandes empresas.

Com o advento do neoliberalismo na década de 1980 essa doutrina entrou em crise e cedeu lugar à redução do papel do Estado em políticas sociais e à privatização de empresas. Isso beneficiou grandemente os conglomerados internacionais e a retirada do Estado da vida social ampliou os bolsões de pobreza, o desemprego e reduziu o poder aquisitivo dos trabalhadores, especialmente nos países não desenvolvidos. Quando o PSDB - (Partido Social da Democracia Brasileira) chegou ao poder em 1994, no auge da crença internacional de que as ideologias e as manifestações sociais da esquerda estavam falidas.

Como consequência disso, a desigualdade e a concentração de renda caíram mais no primeiro mandato do governo Lula do que em oito anos de governo FHC. Em 2007, uma pesquisa da FGV mostrou que somente no primeiro governo Lula, a taxa de miséria caiu quase 8,5 por cento, mais do que o dobro do que ocorreu nos dois mandatos de FHC, que ficou em 3,1%. O PSDB é o partido do grande empresariado e dos arrochos salariais. As políticas econômicas do governo FHC estabilizaram a economia, mas em detrimento do poder aquisitivo dos trabalhadores.

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego mais do que dobrou durante os dois mandatos de FHC como presidente: de 4,5 milhões no final de 1994, foi para 11,5 milhões no final de 2000.

Segundo estudos, as políticas econômicas do governo FHC estabilizaram a economia sim, mas em detrimento do poder aquisitivo dos trabalhadores, com uma inflação de 9,2% ao ano. Não por acaso, em 1996 a Folha noticiou que o governo FHC foi considerado péssimo por 25% da população.

De acordo com os dados IBGE, o índice de desemprego mais do que dobrou durante os dois mandatos de FHC como presidente: de 4,5 milhões no final de 1994, foi para 11,5 milhões no final de 2000, houve o sucateamento das universidades públicas. Durante o governo FHC, o ensino superior privado foi beneficiado em detrimento do público. Nenhuma universidade federal foi criada, houve defasagem de salários e déficit de professores com escassas realizações de concursos públicos. Além disso, historicamente o acesso à universidade sempre foi prerrogativa das elites brancas.  

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