Resenha do livro de saramago

RESENHA DO LIVRO

 “O CONTO DA ILHA DESCONHECIDA” José Saramago

Aluno: Roberto Deslandes de Figueiredo

Disciplina: Metodologia Científica

Professora: Maria Tereza Aguilar

A ilha desconhecida somos todos nós. Este livro nos remete a nós mesmos na nossa curtíssima estadia neste mundo maravilhoso. O personagem principal somos todos nós que muitas vezes nem sabemos que somos ilhas desconhecidas. Esta viagem que nos foi permitida por Deus é uma busca e isto é muito bem retratado neste livro.

“Me dê um barco” é uma frase muito aberta e quem nos faz pensar na vida que a gente escolhe seguir e muitas vezes rumo à “ilha desconhecida” que pode ser o futuro incerto. A viagem para a ilha passa a ser o futuro que é o desconhecido e mesmo assim, deve ser buscado intensamente.

Muito interessante a colocações sobre a atividade de dois personagens: o rei e a faxineira. O primeiro como o “chefe de Estado” mostra a nossa realidade burocrática política das coisas acontecerem porque fulano ou beltrano querem. Inventamos por exemplo o plano diretor de uma cidade mas dependendo da mudança do poder, não se faz o que se deve e sim o que se quer. O desinteresse em atuar como um verdadeiro servidor público e ao invés, donos do “pequeno poder” em quaisquer departamentos públicos agem por questões políticas e fazem o que são mandados fazer, quando fazem alguma coisa. O segundo também retrata a vida como ela é e sem explicações. A faxineira adota a linha de pensamento de buscar uma ilha desconhecida e vai seguindo por querer seguir. Temos isso muito em evidência na nossa vida cotidiana quando pessoas seguem partidos políticos, religiões e até times de futebol por que querem. Simples assim. Estando eles certos ou errados, seguem. Torcem, veneram e cometem crimes. Essa é a nossa vida cotidiana muito bem retratada nesta história.

E para finalizar chama muito a atenção o fato de que as pessoas normalmente não gostam do desconhecido. A grande maioria prefere o dia a dia comum. Somos poucos os seres humanos que querem partir para algo diferente nunca pensado. Mas, graças a Deus, existem aqueles que estão sempre incomodados e partem para o novo. Querem ser diferentes e fazem o mundo ser cada dia melhor.

Somos nós mesmos buscando nos conhecer. Somos as ilhas desconhecidas e muitas vezes nem nós nos conhecemos, quiçá conhecer o próximo. Triste nesta vida é nem darmos a oportunidade de conhecer e ser conhecido.

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