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SISTEMA DE INFORMAÇOES GERENCIAIS

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Por:   •  1/4/2014  •  Projeto de pesquisa  •  6.104 Palavras (25 Páginas)  •  167 Visualizações

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1- INTRODUÇÃO:

Sabe-se que a gestão ambiental vem ganhando um espaço crescente no meio empresarial. O desenvolvimento da consciência ecológica em diferentes camadas e setores da sociedade mundial acaba por envolver também o setor empresarial. Naturalmente não se pode afirmar que todos os setores empresariais já se encontram conscientizados da importância da gestão responsável dos recursos naturais. Entretanto, segundo Wladmir Netto Ungaretti: existem indicativos de que tem crescido o nível de preocupação com as questões ambientais no setor empresarial brasileiro, porém a incorporação da variável ambiental por parte de alguns setores industriais ainda se limita às exigências dos sistemas de fiscalização do poder público. A introdução da variável ambiental na gestão empresarial tem estado sujeita ainda à muitos fatores de ordem política e conjuntural. Segundo este mesmo autor as contradições geradas pelos inúmeros desníveis da sociedade brasileira, bem como a imposta inserção no processo de globalização, fazem da variável ambiental um fator determinante em alguns setores, mas em outros não.”( UNGARETTI, W. N. 1.998, p. 34.). Isto significa que alguns setores empresariais tem motivos mais determinantes para realizarem investimentos em gestão ambiental. Pode-se afirmar que a maior parte das empresas instaladas no Brasil e ligadas ao mercado internacional tem como demanda competitiva ou até mesmo de sobrevivência a adoção de algum tipo de gestão ambiental. E por terem razões mercadológicas mais fortes para investirem em gestão ambiental acabam sendo pioneiras. Esta afirmação pode ser mais uma vez confirmada pela afirmação de UNGARETTI. Este autor afirmou que foi possível realizar uma constatação em seu trabalho: “os setores empresariais com melhor desempenho ambiental são aqueles submetidos, por razões de mercado, às exigências do processo de internacionalização da economia. Importadores pressionados por consumidores pressionam as empresas nacionais.” ( UNGARETTI, W. N. 1.998, p. 34.).

Uma vez que existem fatores conjunturais, macroeconômicos e políticos que determinam a adoção de Sistemas de Gestão Ambiental- seja de que espécie for- pelo segmento empresarial, a mudança destes fatores interfere no número de empresas que investem em gestão ambiental. Mas, ainda que alguns setores não estejam atentos às demandas do mercado a tendência de maiores investimentos por parte do setor empresarial em gestão ambiental é dada pela própria conscientização crescente por parte de consumidores, governos, empresas, organizações não governamentais, ou seja por parte da sociedade a respeito da questão ambiental.

Muitas vezes os investimentos em gestão ambiental são direcionados por fatores competitivos, mas existem fatores diversos que determinam a realização de investimento em gestão ambiental por parte das empresas, dependendo de sua realidade. O setor empresarial brasileiro despertou para importância e necessidade de produzir adequando-se a preservação ambiental, quando: a) Houve a criação de normas internacionais para a mensuração da qualidade ambiental, aliada à grande concorrência internacional exigindo a adequação ambiental das empresas multinacionais e de empresas exportadoras; b) Ocorreu uma modificação na legislação ambiental, tornando-se esta mais restritiva, ao mesmo tempo, em que iniciou-se uma intensificação da fiscalização; c) Tornou-se visível o grande mercado vinculado à proteção ambiental incluindo oportunidades de negócios como: produtos e equipamentos antipoluentes, equipamentos ligados a energias renováveis, equipamentos de saneamento básico, produtos rurais ligados à agricultura orgânica, setores que exportam para o primeiro mundo, reciclagem de materiais industriais e resíduos sólidos, etc.(FARIA, H. M. 1.998)

Sabe-se que os investimentos em gestão ambiental são crescentes e que Sistemas de Gestão Ambiental são cada vez mais adotados por empresas nacionais e multinacionais. O número de empresas que já implantaram sistema de Gestão Ambiental no Brasil gira em torno de 140 empresas certificadas pela Norma ISO14000 até setembro de 1.999. Existe então na realidade um macro investimento em gestão ambiental. Estes investimentos crescentes podem ser explicados por vários fatores, entre os quais podemos citar: maior conscientização da sociedade exigindo uma postura responsável do setor produtivo; legislação mais restritiva; competitividade; novas oportunidades com a abertura de “mercados verdes”. Na verdade o desenvolvimento da questão ambiental e da conscientização das pessoas a respeito da escassez de recursos naturais leva a uma maior preocupação com as questões ambientais.

Assim, empresários e até mesmo investidores que antes viam a gestão ambiental como mais um fator de aumento de custos do processo produtivo, se deparam com vantagens competitivas e oportunidades econômicas de uma gestão responsável dos recursos naturais. Neste trabalho pretende-se esclarecer como detectar as vantagens econômico -financeiras oferecidas pelos investimentos em gestão ambiental. Esta tarefa não se constitui em um caminho fácil a percorrer.

Modelos econômicos, métodos e princípios contábeis tem sido desenvolvidos para que se possa realizar uma análise econômica do meio ambiente, porém são ainda pouco empregados, mesmo quando se tem uma urgência em utilizá-los, quando existe a consciência de que o desenvolvimento econômico deve ser ‘sustentável’. A contabilidade nacional, a economia, a administração são campos de pesquisa que ainda caminham no sentido de incorporar a variável ambiental em seus estudos.

Os argumentos apresentados a seguir por Henrique Rattner ilustram a crescente interpenetração da questão ambiental em diversos campos profissionais e científicos:

“ Os economistas defendem a análise de custo-benefício, taxa de desconto, preços reais (referentes aos custos de recuperação por danos ambientais), auditoria ambiental, eventualmente, uma nova metodologia para as contas nacionais. Os sociólogos insistem na necessidade de se consultar e pesquisar as opções sociais, questionando-se sobre a disposição da sociedade em pagar pela proteção e conservação de determinados recursos naturais ou pela instalação de depósitos de lixo que representam riscos à saúde. Cientistas e tecnólogos reivindicam maiores verbas para a pesquisa e desenvolvimento de ciências básicas e de tecnologias de ponta, tentando seguir os padrões e copiar ou repetir os projetos de cientistas dos países desenvolvido. Constituem juntamente com os homens de negócio, um lobby forte para a transferência de tecnologias ( equipamentos, investimentos, etc.)dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento.

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