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STEEL FRAME: ABRIGO PARA VITIMAS DE DESASTRES NATURAIS

Por:   •  29/5/2018  •  Artigo  •  2.086 Palavras (9 Páginas)  •  592 Visualizações

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STEEL FRAME: ABRIGO PARA VITIMAS DE DESASTRES NATURAIS1

Arlen Coelho Costa2

Guilherme Onassis da Silva Camelo3

Edileide Santos Lima4 

RESUMO

O presente trabalho discute sobre a adoção do Steel Frame para a construção de moradia a vítimas de desastres naturais. Questionou-se as vantagens e desvantagens desse método no Brasil e sua viabilidade em questão de varáveis pertinentes aos envolvidos. O intuito desta pesquisa é mostrar uma solução para pessoas desabrigadas com a simples implementação do Steel Frame como meio de construção rápida e segura. Através de estudos bibliográficos a pesquisa tem um enorme peso social, portanto, ao meio acadêmico e para a universidade é um tema de relevância e de bastante notoriedade. Para os profissionais da Engenharia Civil e para as pessoas que desconhecem este sistema é feito este trabalho para elucidá-las da importância e desmistificar preconceitos entorno do assunto no tocante a sua qualidade.

Palavras-chave: Steel Frame. Construção. Abrigo. Desastres Naturais

1 INTRODUÇÃO

O sistema de Steel Frame, que seria um método construtivo estruturado em perfis de aço galvanizados já é consagrado em países como os Estados Unidos. Mas, por aqui, ganhou mercado na década de 1990, quando começou a ser utilizado em maior escala, sobretudo no segmento industrial. A partir de então, passou a atrair empreendedores de olho nos benefícios da construção racionalizada, como a possibilidade de redução do cronograma de obra, resíduos nos canteiros e patologias no pós-obra. (CICHINELLI, 2017)

"O Steel Frame é uma das melhores alternativas para a construção civil. Ele se alinha com as necessidades desse século, atendendo prazos curtos com eficiência de produção e ainda reduzindo o impacto ambiental da obra", opina a arquiteta Pomaro (2016), proprietária da Construtora Micura, empresa que atua com o sistema há quase 20 anos.

Catástrofes naturais são cada vez mais comum nos estados brasileiros. Alagamentos, deslizamentos ou qualquer outro tipo de calamidade se repete anualmente no Brasil, e isso é notícia nos canais de comunicação: famílias desabrigadas, alojadas coletivamente em ginásios e escolas, sem conforto e privacidade.

Essas catástrofes podem estar relacionadas com a ocupação irregular de espaços urbanos ou até mesmo com intervenções humanas que acabam afetando lugares com alto índice populacional. E a natureza se encarrega de causar fenômenos, que em áreas de ocupação urbana ocasionam ou potencializam inundações e enchentes, erosões e colapsos, escorregamentos de encostas e subsidências de solo trazendo danos materiais e humanos.

De acordo com pesquisas do IBGE (2013), entre os anos de 2008 e 2012, 27,7% dos municípios brasileiros foram atingidos por enchentes, resultando em 1,4 milhão de desabrigados ou desalojados; 28,3% por enxurradas; 37,1% por alagamentos; 20,0% por processos erosivos e 16,0% por escorregamentos ou deslizamentos. A região Sul é marcada pela ocorrência de grandes desastres, conforme o Anuário Brasileiro de Desastres Naturais de 2012. E pela frequência e variedade de eventos adversos, geralmente sendo afetada por alagamentos, inundações, escorregamentos, estiagens, vendavais, tornados, nevoeiros e ressacas (CENAD, 2012). Observa-se que cidades com maior densidade polacional estão mais vulneráveis aos prejuízos causados pelos desastres. Além das influências que esses eventos causam na estabilidade emocional, psicológica e material dos indivíduos as ações seguintes ao evento representam-se pelo alojamento coletivo das famílias em espaços públicos, privando-as de privacidade e dignidade (RUIZ, 2006).

Na citação de Ruiz, é visto que desastres assim acaba com o psicológico de uma pessoa, que pouco tem e perde o seu único bem que é casa. E viver em um alojamento não é algo que ela pensou para a sua vida.

Exemplos de outros países revelam a preocupação de arquitetos em propor abrigos que tragam melhores condições às famílias afetadas, promovendo espaços com maior qualidade e conforto. No Brasil, mesmo com as frequentes situações de caos provocadas por catástrofes naturais, a inciativa de socorro no campo do abrigar e propiciar autonomia a população atingida é ainda pouco expressiva. Nesse contexto, é possível reconhecer a importância de se projetar abrigos temporários emergenciais, com o intuito de garantir assistência aos desabrigados e permitir a reestruturação das áreas afetadas. Assim, esse estudo visa propor um modelo apropriado para o Brasil, que possa oferecer um espaço que preserve a individualidade e privacidade das famílias, além da garantia de conforto físico e emocional. O abrigo proposto busca atender as necessidades básicas dos usuários, empregando o uso do Steel Frame, de fácil transporte e rápida montagem. Ressalta-se ainda a relevância no desenvolvimento de projetos humanitários pelo profissional de engenharia e arquitetura.

2 OS PROBLEMAS E DESVANTAGENS DO STEEL FRAME (SF) NO MERCADO NACIONAL

2.1 O custo

Ainda é superior ao de uma edificação de alvenaria. Logo, mesmo que o prazo de construção seja 1/3 de uma construção convencional. Por isso, as principais obras que se constroem em Steel Frame são de clientes que precisam logo de uma sede para começarem a operar suas atividades para não perderem dinheiro, como: bancos, shoppings, supermercados, galpões.

Em comparação a um projeto realizado em Avaré, interior do Estado de São Paulo que trata-se de abrigos gratuitos para idosos, em setembro de 2009. A obra custa R$ 28.416,04, o que representa 31,43% do total. Já a obra realizada em alvenaria convencional tem os custos de alvenaria e de estrutura de concreto (em substituição ao Steel Frame) em R$ 22.135,27. O que encarece o SF nesse caso é o conjunto para paredes externas que sai por R$ 18.724,61, 65% do custo total. Como os demais itens não sofrem alteração, o comparativo total do custo é R$ 90.398,22 do Steel Frame (R$ 45.199,11 a unidade) contra R$ 84.117,45 da alvenaria convencional (R$ 42.058,72 a unidade), uma diferença de 7%.

2.2 Tradicionalismo e falta de conhecimento das pessoas

Isso é que impede o crescimento mais rápido do sistema aqui no Brasil. Muitas pessoas acham que o Steel Frame é um sistema frágil, quando na verdade o uso do sistema em outros Países é maior justamente pela sua resistência a fenômenos como terremotos.

A falta de conhecimento, e de um adequado planejamento, faz todo o potencial da construção a seco se perder por não ser explorada adequadamente. Uma construção que não tem os processos de cura do concreto, por exemplo, não deve ficar com a obra parada pela falta de algum componente, atrasando cronogramas e, muitas vezes, expondo os materiais ao tempo.

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