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Sistema de Tratamento de Água e Esgoto

Por:   •  25/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.204 Palavras (9 Páginas)  •  317 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho visa apresentar o atual sistema de tratamento de água desde a captação até os processos de tratamento realizados nas Estações de Tratamento (ETAs), com enfoque na cidade de Sorocaba, além de apresentar um breve histórico sobre o abastecimento de água no Brasil e no mundo, desde a antiguidade até as primeiras redes de distribuição.

1. HISTÓRICO DA ÁGUA NO MUNDO

É possível que os primeiros sistemas de água e esgoto tenham surgido em 3000 a.C., e que a reutilização de águas para irrigação das produções agrícolas já existia há cerca de 5000 anos.

Até 1850, os sistemas de água e esgoto eram muito precários. A falta de planejamento para reutilização da água, aliada a falta de agua adequada para o consumo e ausência de tratamento, resultaram em epidemias catastróficas como a cólera asiática ou o tifo, que assolaram a Europa durante os anos de 1840 e 1850. Na década de 1850, foram descobertas as relações entre as formas de utilização e poluição da água disponível e as epidemias que vinham causando grande mortalidade nas cidades. De 1850 à 1950 foi um período de intensa pesquisa e desenvolvimento de novas alterativas como a introdução da filtração da agua para o consumo e a maior utilização de aquedutos nas cidades.

Após 1960, surgiu o que alguns pesquisadores chamam de “era do reaproveitamento e reciclagem da água”, em que o aproveitamento máximo da água disponível é uma medida já reconhecida pela legislação de vários estados norte americanos e da União Européia. Atualmente, o aumento do interesse em maximizar o uso da água é uma resposta às crescentes pressões da sociedade pelo consumo de água de alta qualidade, e à dependência de água pela agricultura e indústria.

A primeira Estação de Tratamento de Água (ETA) foi construída em Londres em 1829 e tinha a função de coar a água do rio Tâmisa em filtros de areia. A idéia de tratar o esgoto antes de lançá-lo ao meio ambiente, porém, só foi testada pela primeira vez em 1874 na cidade de Windsor, Inglaterra. Não se sabia como as doenças “saíam do lixo e chegavam ao nosso corpo”. A idéia inicial é que vinham do ar, pois o volume de ar respirado por dia é muito superior ao volume de água ingerido. Porém com a descoberta de que doenças letais da época (como a cólera e a febre tifóide) eram transmitidas pela água, técnicas de filtração e a cloração foram mais amplamente estudadas e empregadas.

1. HISTÓRICO DA ÁGUA NO BRASIL

O abastecimento de água no Brasil teve inicio em 1561, no Rio de Janeiro e em 1723 começou a ser construído o primeiro aqueduto brasileiro, denominado Arcos Novo ou Aqueduto Carioca, com 13 km de extensão. A água do aqueduto era distribuída por chafarizes públicos, onde os escravos a recolhiam e depositavam em potes para levar até a casa de seus senhores. Em São Paulo, o primeiro aqueduto foi inaugurado em 1744 e a água era conduzida por gravidade, através de tubos de papelão betumado, das nascentes do Rio Caraguassú até a região onde atualmente encontra-se o bairro Paraíso.

Segundo informações da agencia nacional de águas – ANA, há poucas informações sobre as formas de apropriação dos recursos hídricos antes do século XIX, as únicas formas de pesquisa são algumas gravuras, pinturas e fotografia, que nos dá alguma descrição da forma em que era a produção, transporte, consumo e gestão dos recursos hídricos no Brasil.

Nota-se que muitas das antigas usinas, chafarizes, rodas d´água, aquedutos foram tombados como patrimônio histórico, perdendo sua função original e impossibilitando os estudos sobre as formas de utilização dos recursos no passado. Como exemplo de produção de energia e captação da água, temos em nossa região os moinhos e a usina situados na Fazenda do Ipanema, tombados como patrimônio histórico.

1. O SURGIMENTO DA ETA NO BRASIL

Embora tratado como um problema de saúde pública, o saneamento sempre foi abordado através de políticas esparsas e de curta duração. Isto se refletiu em baixos índices de cobertura, carência de investimentos e alta taxa de mortalidade da população devido a doenças relacionadas a falta de saneamento.

De maneira geral, a evolução do abastecimento de água e do esgotamento sanitário ocorreu de forma bastante similar em todo o Brasil, inicialmente a responsabilidade dos municípios, ora através de autarquias e empresas municipais, ora através de iniciativas privadas, inclusive internacionais, como aquelas ocorridas no inicio do século XX, quando empresas britânicas foram contratadas para implantar e prestar o serviço de abastecimento de água.

Com o processo de urbanização iniciado nos anos 20 e intensificado a partir da década de 40, em função do processo de industrialização, os municípios enfrentaram dificuldades para atender às demandas de uma população que crescia de forma acelerada. Tal situação gerou sistemas de abastecimento de água deficientes, sem falar no quase abandono de iniciativas de implantação de sistemas de esgotamento sanitário em todo Brasil.

Como forma de minimizar o problema e atender às necessidades sanitárias, o governo federal instituiu na década de 1970 o PLANASA (Plano Nacional de Saneamento), política que tinha por finalidade ampliar a cobertura de abastecimento de água e esgotamento sanitário no país.

Acreditando que ganhos de escala e escopo seriam fundamentais para a eficiência destes sistemas, estimulou a criação de empresas estaduais de saneamento e direcionou recursos de financiamento prioritariamente para estas instituições. Esta situação levou os municípios a concederem os serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto às empresas estaduais para que pudessem ter acesso aos recursos para investimento.

Ocorre que ao longo dos anos as empresas estaduais apresentaram dificuldades em sua capacidade de gestão e, juntamente com o uso político das estatais, enfrentaram sérias dificuldades financeiras que limitaram sua capacidade de investimento. Não bastasse esta situação, a utilização de políticas de subsídios cruzados drenou recursos de municípios maiores e superavitários para financiar pequenos municípios deficitários.

Com o fim do PLANASA, na década de 80, os investimentos em sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário foram reduzidos drasticamente, aumentando os déficits de cobertura em todo o país.

Com isso, em 1981 foi instituída a política nacional de meio ambiente,Lei nº 6.938/1981, na qual estavam estabelecidos os padrões de saneamento

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