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ÁGUA NO SÉCULO XXI ENFRENTANDO A ESCASSEZ

Por:   •  13/1/2021  •  Resenha  •  3.244 Palavras (13 Páginas)  •  206 Visualizações

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COMPREENSÃO DA LEITURA: “ÁGUA NO SÉCULO XXI: ENFRENTANDO A ESCASSEZ”. – JOSÉ GALÍZIA TUNDISI (2005)

Capítulo 1 – Água e os sistemas de sustentação à vida

A água é um bem imprescindível a vida de qualquer ser vivo, tanto de forma direta, quanto de forma indireta. Diretamente, há a necessidade humana com o dessedentar, e de forma indireta há o consumo por meio da alimentação. Tundisi (2005) destaca tal importância ao afirmar que,

Qualquer forma de vida depende da água para sua sobrevivência e/ou para seu desenvolvimento. Mesmo organismos que vivem em deserto, formas de vida muito primitivas que põem seus sacos ovígeros em cistos para resistir a dessecação, dependem da água para a continuidade da espécie, pois ovos só eclodem quando há água. A água é o que nutre as colheitas e florestas, mantém a biodiversidade e os ciclos no planeta e produz paisagens de grande e variada beleza (TUNDISI, 2005, p. 1).

Para demonstrar que não há vida sem água Tundisi (2005) destaca a irracionalidade humana e sua frieza ao degradar, poluir e contaminar o meio ambiente, em especial, os recursos hídricos, mesmo sabendo de sua necessidade para a manutenção da vida. Da qualidade desse recurso depende tanto o ser humano quanto o desenvolvimento social das populações urbanas e rurais. Assim descreve Tundisi (2005):

Embora dependam da água para a sobrevivência e para o desenvolvimento econômico, as sociedades humanas poluem e degradam esse recurso, tanto as águas superficiais quanto as subterrâneas. A diversificação dos usos múltiplos, o despejo de resíduos líquidos e sólidos em rios, lagos e represas e a destruição das áreas alagadas e das matas de galeria têm produzido contínua e sistemática deterioração e perdas extremamente elevadas em quantidade e em qualidade da água (TUNDISI, 2005, p.1).

O uso inadequado da cobertura do solo tem se constituído num dos principais responsáveis pela atual situação crítica dos recursos hídricos. A ausência do devido planejamento ambiental intensificam as atividades degradadoras as quais afetam historicamente os recursos hídricos, pela incessante pressão sobre o meio. O planejamento ambiental possui relação direta com a saúde humana, visto que uma série de doenças depende da água para se desenvolver. Ou seja, se dão pela falta de saneamento e pelo desenvolvimento de organismos em ambientes aquáticos, conforme discorre Tundisi (2005, p.1):

Também se relaciona com a saúde, pois muitas doenças que afetam a espécie humana têm veiculação hídrica – organismos que se desenvolvem na água ou que têm parte de seu ciclo de vida em vetores que crescem em sistemas aquáticos (TUNDISI, 2005, p.1).

Destaca-se que a utilização das variadas formas da água acabam por gerar conflitos, visto que dependendo da atividade e da localidade, necessita de maior volume de água para o seu desempenho.

Destaca-se que os diferentes usos da água geram conflitos, visto que cada atividade demanda volumes distintos de água para que seja desenvolvida. Há atividades que para serem desenvolvidas necessitam de grandes volumes de água em todo o seu processo produtivo. Ainda considera-se que a água não é igualitariamente distribuída em todo o Planeta, ocasionando ainda mais as disparidades.

Conforme alertado por meio dos relatórios do Instituto Mundial de Recursos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, alguns resultados apontam para uma crise hídrica, destacada por Tundisi (2005):

Os relatórios apontam seis grandes alterações nos mecanismos e na legislação sobre os usos da água, a avaliação dos impactos, a disponibilidade de água per capita e as necessidades de gerenciamento integrado – controle do desperdício e dos desastres que podem ocorrer (enchentes e secas):

1. água potável e de qualidade para todos;

2. aumento do suprimento e alternativas;

3. crescimento populacional e usos da água na agricultura;

4. controle das enchentes e secas;

5. mudanças climáticas e seus efeitos;

6. impactos sociais e econômicos nos usos da água (TUNDISI, 2005, p. 2).

Evidencia-se que a crise não afeta a sociedade somente pela escassez hídrica, mas pela irregularidade. A crise citada não afeta a sociedade somente pela escassez, mas também pela irregularidade. Essa irregularidade é observada em eventos extremos e periodicidade irregular, ou seja, períodos de chuvas intensas que acarretam danos variados, como enchentes e erosões. Observam-se também períodos de extrema seca, que prejudicam o abastecimento público urbano e rural.

, onde os extremos que estão em discussão. As enchentes preocupam tanto quanto as secas, visto que além de desastres naturais ocasionados, a qualidade da água tende a ser baixa, ainda considerando o maior potencial a processos erosivos.

Dessa forma, as enchentes preocupam tanto quanto as secas, visto que além de desastres naturais que são ocasionados, a qualidade da água tende a reduzir, ainda considerando o maior potencial a processos erosivos, devido a elevada energia das águas superficiais.

A alteração na forma de lidar com esse recurso necessita ser repensada não somente pelo ciclo hidrológico, é necessário buscar ampliar os horizontes, buscando uma visão sistêmica de todo o processo, aliando ainda o conhecimento de bases sociais e econômicas que refletem a sustentabilidade.

Tundisi (2005, p.2) relata algumas peculiaridades relativas a necessidade humana por água:

O consumo médio diário de uma pessoa com 90 kg é de aproximadamente três litros, obtidos sob a forma de água, outras bebidas ou alimentação. Em uma pessoa sadia, há um estado de equilíbrio entre a água ingerida sob diversas formas e a água eliminada sob a forma de urina (53%), por evaporação na pele, pelos pulmões (42 %) e nas fezes (5 %). A água também é utilizada na preparação e no cozimento de alimentos, no banho, no toalete e lavagem em geral, e muitos usos dependem das culturas local, regional ou nacional. O suprimento de água para as casas pode ser considerado uma " produção reprodutiva " porque permite a reprodução da espécie humana e, portanto, a sobrevivência da espécie. Em muitos países, a água também é utilizada em atividades religiosas; portanto, parte do volume das águas de rios, lagos ou represas é utilizada em atividades sagradas que são produtos de culturas milenares (TUNDISI, 2005, p.4).

A água então além de suas necessidades fisiológicas básicas

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