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A Inclusão do Deficiente Visual na Universidade

Por:   •  6/5/2017  •  Artigo  •  4.738 Palavras (19 Páginas)  •  280 Visualizações

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Inclusão do Deficiente Visual na Universidade e as Soluções em T.I

Luana Layne da Silva Souza

Faculdade Estácio de Sá do Recife, Av. Eng. Abdias de Carvalho, 1678

Uraquitan Sidney Gouveia Carneiro

Faculdade Estácio de Sá do Recife, Av. Eng. Abdias de Carvalho, 1678

Resumo – O presente estudo foca a inclusão digital associada à inclusão social e seus benefícios na vida dos deficientes visuais, fazendo com que sejam cada vez mais integrados na sociedade, através da educação e do avanço da tecnologia de computação, que lhes fornecem ferramentas que abrem as portas desta inclusão digital. Adotou-se a pesquisa bibliográfica de vários autores, retratando a deficiência visual, a importância da educação especial e o uso do tato, a inclusão digital, sua importância e sua relação com a educação, e a tecnologia de computação que dispõe de equipamentos e programas adaptativos voltados aos deficientes visuais, tornando elemento fundamental no processo de inclusão. A inclusão digital dá oportunidades ao deficiente visual, com ela este indivíduo pode escrever textos, praticar a leitura, comunicar e ser compreendido pela sociedade. A tecnologia não é acessível a uma grande parte da sociedade, o que dificulta o processo de inclusão digital. É neste sentido que o movimento de software livre vem atuando, para promover a expansão da inclusão e do aprendizado dos recursos da informática, principalmente no âmbito escolar.

Palavras-chaves  Deficiência Visual, Educação Especial, Inclusão Digital, Tecnologia de Computação.

I. Introdução

Atualmente vivemos numa era de informação. São comuns neste cotidiano as expressões “inclusão, exclusão e analfabetismo digital”, de modo que para atualização profissional do ser humano, deve-se adaptar a essa nova era. Quando falamos de inclusão digital, não podemos esquecer as pessoas ou grupos de pessoas que estão à margem da inclusão, por inúmeros motivos: culturais, financeiras ou necessidades especiais, onde destacamos as necessidades relacionadas com a perda de visão, já que a informação visual está na essência da era digital.

Uma pessoa é considerada portadora de deficiência visual quando possui perda de visão parcial ou total, que pode ser ocasionada por diversos motivos, como acidentes, problemas congênitos ou consequência do envelhecimento do indivíduo. No entanto, o fato de uma pessoa ter deficiências visuais não significa que ela seja isolada do mundo em sua volta. Com a disponibilização de recursos que permitam uma melhor interação entre o indivíduo e o meio, as pessoas com deficiência visual podem ter uma vida mais independente. Isto é um direito garantido no Decreto n.º 3.298, de 20 de dezembro de 1999.

No contexto atual da vida destas pessoas com deficiência visual, é crescente a necessidade de softwares voltados para auxiliá-los na utilização de um sistema computacional. Existem ferramentas computacionais no mercado que permitem uma melhor interação entre homem e máquina, mas são, em sua grande maioria, desconhecidas pela sociedade e, em muitos casos, precisariam ser mais acessíveis aos deficientes visuais. Além disso, é necessário que os deficientes visuais possam conhecer as potencialidades e fragilidades de cada uma, e também em quais casos são recomendadas, ou seja, uma ferramenta pode ser melhor para uma determinar tarefa do que outra.

O presente trabalho tem o objetivo de analisar as principais ferramentas computacionais disponíveis no mercado, com base em uma avaliação criteriosa sobre as principais características de cada uma, tais como: portabilidade, facilidade de uso, praticidade, acessibilidade, funcionalidade e configuração mínima para sua instalação e utilização, de forma a apontar quais são as potencialidades e fragilidades de uso e também em quais casos são recomendadas cada uma delas no que tange a inclusão do portador de deficiência visual no meio acadêmico e até profissional.

O trabalho é composto, juntamente com a introdução, de 05 capítulos. O primeiro capítulo trata contextualização do trabalho e das considerações iniciais. O segundo capítulo - A fundamentação teórica do trabalho aborda a evolução histórica da educação especial, o movimento pela educação inclusiva e fundamentos legais. No terceiro capítulo aborda-se a metodologia e fundamentação teórica da metodologia. No capítulo quarto é que apresentaremos resultados obtidos e o quinto capítulo a conclusão deste trabalho, buscando meios alternativos de aprendizagem.

II. REFERÊNCIAL TEÓRICO

A Proposta Deste Capítulo É Discutir Aspectos Históricos E Conceituais. Iremos Focalizar Na Investigação E Conceitos De Competência E Habilidades A Serem Desenvolvidas Para Suportar Esse Processo De Aprendizagem, Essencial Para O Desempenho De Atividades Acadêmicas Quanto Para Carreira Profissional E Em Situações Ao Longo Da Vida.

2.1. Tecnologias Assistivas – Conceitos E Histórico

Com Frequência, A Palavra Tecnologia É Associada Imediatamente À Idéia, Quase Que Exclusiva, De Equipamentos Ou Dispositivos Materiais Para A Execução De Atividades E Tarefas, Com A Idéia De Ferramentas Ou Produtos Úteis. Por Definição, O Sentido Da Palavra Tecnologia Vai, Além Disso. O Dicionário Aurélio Em Sua Versão Online, Por Exemplo, Define Tecnologia Como O “Conjunto De Conhecimentos, Especialmente Princípios Científicos Que Se Aplicam A Um Determinado Ramo De Atividade” (Ferreira, 2010). Nesse Mesmo Sentido, O Documento “Educação Em Tecnologias De Apoio Para Utilizadores Finais: Linhas De Orientação Para Formadores” Do Consórcio Europeu Eustat, Detalha E Exemplifica Da Seguinte Forma:

[...] o termo tecnologia não indica apenas objetos físicos, como dispositivos ou equipamento, mas antes se refere mais genericamente a produtos, contextos organizacionais ou "modos de agir" que encerram uma série de princípios e componentes técnicos. Uma "tecnologia de acesso a transportes públicos", por exemplo, não consiste apenas numa frota de veículos acessíveis (ex. autocarros com plataforma elevatória), mas engloba toda a organização dos transportes, incluindo controlo de tráfego, implantação das paragens, informações e procedimentos de emissão/validação de bilhetes, serviço de clientes, formação do pessoal, etc. Sem uma organização deste tipo, o simples veículo não ofereceria qualquer "transporte público". Em segundo lugar, o termo de apoio é aplicado a uma tecnologia, quando a mesma é utilizada para compensar uma limitação funcional, facilitar um modo de vida independente e ajudar os idosos e pessoas com deficiência a concretizarem todas as suas potencialidades. (EUSTAT, 1999).

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