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Resenha _ o homem que sabia demais

Por:   •  29/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  542 Palavras (3 Páginas)  •  638 Visualizações

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Resenha Acadêmica

LEAVITT; David. O homem que sabia demais: Alan Turing e a invenção do computador. Ribeirão Preto; Ed. Novo Conceito, 2007.

A obra - O homem que sabia demais: Alan Turing e a Invenção do computador de David Leavitt, aborda sobre a vida e a obra do matemático britânico Alan Turing (1912-1954), um dos pioneiros da computação moderna e o também o inventor do computador moderno, mostrando desde as suas influencias até a sua importante participação na Segunda Guerra Mundial ajudando os aliados a desvendar os códigos secretos nazistas.

A biografia, lançada pela Novo Conceito, retrata de forma bem sensível Turing, suas excentricidades, seu brilhantismo, sua franqueza, sua sexualidade. Como um romancista que é, Leavitt, descreve em toda a sua essência, a vida pungente desse gênio de nosso século, tão pouco reconhecido. Nessa nova biografia de Turing, o autor confronta com a tarefa de dar uma nova visão de uma vida.

Suas 224 páginas, mostram a trajetória desse brilhante matemático, nascido em 1912 na cidade de Londres, era filho de um oficial, que deste cedo se mostrou um gênio da ciência. Estudou no King's College, Cambridge, Princeton, ao se formar, dedicou-se a Teoria da Computabilidade, que acreditava na incapacidade da mente humana para armazenamento de dados e na necessidade de criação de uma máquina que pudesse realizar esse trabalho. Assim, aos 24 anos, consagrou-se na projeção de uma máquina que o levaria ao campo da Inteligência Artificial (I.A.). Sob sua liderança, em 1943, foi construído o Colossus, aparelho que quebrou o código Enigma dos nazistas, que foi a base da moderna Informática. Após a Segunda guerra, vai aos EUA, trabalhar em um projeto de transmissão de dados transatlânticos de forma segura, formulou também, nesse período, o famoso teste de Turing, que desafia o pensamento humano. Contudo, sua fama e genialidade, foram interrompidas por se envolver com um jovem, onde o mesmo o assaltou, onde acionando a polícia local, e posteriormente foi descoberto homossexual, fora preso e humilhado em público, impedido de acompanhar estudos sobre computadores e condenado a terapias à base de um hormônio feminino, um tipo de castração química que também fazia crescer os seios. Deprimido, aos 41 anos de idade, faleceu após ter comido uma maçã envenenada com cianeto, que foi divulgada pela imprensa como suicídio.

Turing sempre trabalhou com projetos, porém nunca os concluía, em alguns momentos outras pessoas encerravam seus projetos, dando a entender que ele era um bom matemático, porém um péssimo administrador. O autor navega por capítulos excessivamente técnicos para provar o dia a de um matemático para um leitor comum.

Em alguns capítulos dar a entender que Turing só foi capaz de fazer tudo o que fez porque ele era homossexual, o autor não esconde sua ideia de que tudo que ele fez foi devido a sua opção sexual. Sendo na verdade que ele era um matemático brilhante e genial, que simplesmente era homossexual em uma época que existia forte perseguição. O livro deixa a desejar pois não se confirma exatamente como a ideia de Turing foi adaptada aos primeiros mainframes, ou como foi adaptada aos primeiros modelos de microcomputadores.

Com grande compaixão elabora uma biografia sobre um homem complexo, a frente de seu tempo, envolvido de tal maneira a sua obra científica que não acessou as implicações de suas declarações.

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