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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO (TIC) NA EDUCAÇÃO ESPECIAL DE DEFICIENTES AUDITIVOS

Por:   •  4/4/2017  •  Artigo  •  2.330 Palavras (10 Páginas)  •  397 Visualizações

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO (TIC) NA EDUCAÇÃO ESPECIAL DE DEFICIENTES AUDITIVOS[pic 1]

Fábio Paula dos Santos Marques[1]

Thaís Carolyne Soares de Souza2

RESUMO

A Sociedade mundial está vivendo uma época marcada por grandes revoluções tecnológicas e pela era da informação, que nos proporcionam um acelerado desenvolvimento em todas as áreas de atuação, modificando as maneiras de ser e agir de seus indivíduos. A educação, independente de sua modalidade, não pode se esquivar desses acontecimentos, pelo contrário, deve estar preparada para as mudanças que as novas tecnologias irão e já estão proporcionando no mundo atual. O artigo a seguir tem como objetivo mostrar a importância das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na aprendizagem de alunos de Educação Especial, particularmente na de deficientes auditivos. Os resultados dos estudos realizados demonstraram que o uso das TICs na Educação de pessoas com necessidades especiais auditivas tem obtidos grandes resultados, mostrando que houve uma melhora significativa no processo ensino/aprendizagem desses indivíduos.

Palavras-chave: Educação especial, Tecnologias, Informação, Comunicação e deficientes auditivos.

  1. INTRODUÇÃO

        A educação especial é uma modalidade de ensino destinada a educandos portadores de necessidades educativas especiais, originadas quer de deficiência física, sensorial, mental ou de características como altas habilidades, super dotação ou talentos. Observa-se nos últimos tempos que a implantação do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC nessa modalidade de ensino têm apresentado melhores efeitos quando comparada à Educação geral, e também que grande parte do que é aplicado para portadores de necessidades educativas especiais, principalmente na área de software, resulta em benefícios a outros usuários, estendendo-se seu uso de modo generalizado.

Teodoro e Freitas (1992, p. 28) apud Araújo e Fernandes (2011, p.07) corroboram com estas opiniões, afirmando que:

 As TIC permitem “disponibilizar ferramentas que ajudam a deslocar o centro do processo ensino/aprendizagem para o aluno, favorecendo a sua autonomia e enriquecendo o ambiente onde a mesma se desenvolve. Permitem a exploração de situações, que de outra forma seria muito difícil realizar. Possibilitam ainda a professores e alunos a utilização de recursos poderosos, bem como a produção de materiais de qualidade superior aos convencionais”.

Embora encontremos diferentes formas de classificação das áreas de aplicação das TICs para os portadores de necessidades educativas especiais, destacam-se duas grandes categorias de aplicação que são: “prótese física” e “prótese mental”. Como "prótese física" incluímos o conjunto de dispositivos e procedimentos que visam o desempenho de funções que o corpo não pode ou tem dificuldades de executar devido às deficiências e na "prótese mental" inserimos todo o processo de intervenção sobre portadores de necessidades educativas especiais, visando o seu desenvolvimento cognitivo, sócio afetivo e de comunicação, utilizando-se dos recursos da Informática.

Dessa forma, devemos encontrar meios de utilizar os recursos das TICs de forma a facilitar o processo de aprendizagem, interação e inclusão, através das inúmeras possibilidades que elas podem oferecer a essas pessoas com necessidades especiais, tornando-as o mais independente possível, além de proporcionar condições para o desenvolvimento de suas potencialidades cognitivas e qualificação para o mercado de trabalho, tal como Mantoan (2000) apud Bortolozzo e Cantini (2008, p4) comenta:

[...]em uma palavra, precisamos somar competências, produzir tecnologia, aplicá-la à educação, à reabilitação, mas com propósitos muito bem definidos e a partir de princípios que recusam toda e qualquer forma de exclusão social e toda e qualquer atitude que discrimine e segregue as pessoas, mesmo em se tratando das situações mais cruciais de apoio às suas necessidades.

  1. O CONTEXTO DAS TIC’S NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Há registros históricos nas mais variadas sociedades, que ferramentas e instrumentos desempenham um importante papel no desenvolvimento dos indivíduos, auxiliando-os na tarefa de descobrir e dominar o ambiente em que interagem, seja na maneira concreta (sensorial), abstrata (semiótica), espacial ou temporal. Tecnologias podem ser consideradas extensões do nosso corpo, pelas quais interagimos com o meio, percebendo e sentindo, experienciando e aprendendo. Quanto ao ser humano, Bartoszeck (2007) apud Souza (2008) sustenta que o cérebro é um órgão que pode ter mudanças estruturais e funcionais, processo denominado de “plasticidade neural”. Desse ponto de vista, um dos fatores que mais influenciam no processo de ensino e aprendizagem, é a “experiência”. Em ambientes escolares “enriquecidos” tecnologicamente essas implicariam em mais conexões neurais e consequentemente mais aprendizagem.

Nos dias de hoje cada vez mais, as TICs se fazem presente no sistema educativo, uma vez que a nossa sociedade se rendeu às novas tecnologias e suas infinitas possibilidades. Desta forma, tornou-se dever das escolas promover e dispor tecnologias de apoio que se adequam ao perfil de funcionalidade dos alunos com necessidades educativas especiais. Através desse novo auxílio tecnológico, estes alunos poderão ter acesso às mesmas oportunidades educativas que os restantes colegas.

Conforme confirma Mantoan (2000) apud Bortolozzo e Cantini (2008, p3):

Para se tornarem inclusivas, acessíveis a todos os seus alunos, as escolas precisam se organizar como sistemas abertos, em função das trocas entre seus elementos e com aqueles que lhe são externos. Os professores precisam dotar as salas de aula e os demais espaços pedagógicos de recursos variados, propiciando atividades flexíveis, abrangentes em seus objetivos e conteúdos, nas quais os alunos se encaixam, segundo seus interesses, inclinações e habilidades”.

Grande parte dos problemas enfrentados no processo educacional das pessoas surdas refere-se ao acesso às informações: barreiras tecnológicas, educacionais, culturais, sociais e econômicas, que impedem ou dificultam o acesso à informação e a interação. Se considerarmos apenas o aspecto da comunicação e da informação, nos deparamos hoje com a supremacia da cultura audiovisual, observada na profusão de meios cada vez mais sofisticados de transmissão de sons e especialmente visuais, num processo criativo inesgotável. A partir disso e da constatação científica dos processos de aprendizagem essencialmente visuais específicos das pessoas surdas tal como o tato e a audição para as pessoas cegas, estão sendo reconfiguradas as propostas educativas, priorizando a experiência visual e utilizando as TICs como ferramentas pedagógicas. Isto inclui a leitura e a escrita, não no que se reporta aos seus aspectos sonoro-auditivos, mas aos visuais e inclui principalmente a leitura e produção de imagens visuais veiculadas pelas TICs, em especial a televisão e a Internet.

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