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A EXPERIMENTAÇÃO COMO PROPOSTA NO ENSINO DE QUÍMICA

Por:   •  16/5/2022  •  Artigo  •  3.736 Palavras (15 Páginas)  •  87 Visualizações

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A EXPERIMENTAÇÃO COMO PROPOSTA NO ENSINO DE QUÍMICA

Roehrs, Rafael (aluno)[1]

SOBRENOME, Nome do orientador (professor)[2]

RESUMO

O ensino de química atualmente tem passado por momentos de avaliação, pois as aulas são consideradas pelos alunos como algo maçante e desnecessário, usando apenas a memorização de conceitos e fórmulas sem aplicabilidade prática. O trabalho experimental tem sua importância na contextualização interligada ao cotidiano do aluno através de uma atividade experimental, e não a prática pela prática. Uma proposta metodológica prática e dinâmica é importante para a interação dos alunos no processo de ensino-aprendizagem de química. Este trabalho apresenta, através de uma revisão bibliográfica, uma discussão sobre a experimentação como proposta prática de ensino de química e sua importância na construção do conhecimento. A experimentação no formato investigativo apresenta um fenômeno da natureza e os alunos buscam construir seu conhecimento a partir do que perceberam e de sua bagagem intelectual e social. Esse tipo de proposta faz o aluno sujeito ativo na sua construção de conhecimento, deixando de ser apenas um mero receptáculo de conteúdo que a escola ou o professor acha importante.

Palavras chave: Ensino, Ciência, Química, prática experimental.

INTRODUÇÃO

Vários estudos e pesquisas mostram que o Ensino de Ciências entre elas a química é, em geral, tradicional, centralizando-se na simples memorização e repetição de nomes, fórmulas e cálculos, totalmente desvinculados do cotidiano e da realidade em que os alunos se encontram (Moraes & Rezende, 2007; Neves et al., 2015).

No ensino médio o estudo de estequiometria, da lei de conservação das massas de Lavoisier (1785) e a Lei de proporções fixas de Proust (1799) é pouco trabalhado na prática pela necessidade de balanças analíticas, de reagentes específicos, vidrarias volumétricas, de laboratório. Dessa forma é deixado de lado a parte experimental da química tratando ela como uma ciência teórica e de difícil assimilação. A palavra estequiometria, foi introduzida por Richter em 1792, referindo-se às medidas dos elementos químicos nas substâncias (Cazzaro, 1999). A Lei de Lavoisier pode ser enunciada como “a soma das massas dos reagentes é sempre igual à soma das massas dos produtos” e a Lei de Proust pode ser resumida como “uma substância, qualquer que seja sua origem, apresenta sempre a mesma composição em massa”.

A estequiometria é o conteúdo que apresenta maior dificuldade de compreensão por parte dos alunos, com a experimentação utilizando práticas de estequiometria pode-se melhorar a compreensão deste conteúdo. A experimentação torna visual o fenômeno que o professor tenta explicar de forma teórica em 2 dimensões. O trabalho apresenta um experimento que transforma a química bidimensional (quadro e giz) em algo tridimensional.

Este trabalho, faz uma revisão bibliográfica da importância da experimentação no ensino de ciências e em especial em disciplinas como a química. Disciplinas como química, física e biologia nascem da prática e evoluem para o teórico. Infelizmente atualmente essas disciplinas são apenas teóricas dificultando o aprendizado e diminuindo o interesse nas mesmas por parte dos alunos.

1. Atividades experimentais no processo de ensino e aprendizagem

Como já mencionado o Ensino de Química é, em geral, tradicional, totalmente desvinculados do cotidiano e da realidade em que os alunos se encontram (Moraes & Rezende, 2007; Neves et al., 2015). Todos concordam que o envolvimento dos estudantes durante as aulas é fundamental para que ocorra a aprendizagem. Entretanto, a desmotivação dos estudantes tem sido apontada por professores de química como um dos principais problemas com os quais se deparam (Pessoa, 2015).  O professor deve rever a utilização de propostas pedagógicas passando a adotar em sua prática aquelas que atuem nos componentes internos da aprendizagem, já que estes não podem ser ignorados quando o objetivo é a apropriação de conhecimento por parte do aluno (Campos, Bortoloto, & Felício, 2003).

Uma proposta que contribui para a mudança desse ensino tradicional é a utilização de atividades experimentais e lúdicas. Atividades prazerosas facilitam e intensificam o processo de ensino/aprendizagem. As atividades lúdicas correspondem a uma satisfação idiossincrática, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica, desde criança até a idade adulta. O ser que brinca e joga é também um ser que age, sente, pensa, aprende e se desenvolve intelectual e socialmente (Moraes & Rezende, 2007). O objetivo dessas atividades não é apenas levar o aluno a memorizar mais facilmente o assunto abordado, mas sim induzir o raciocínio do mesmo, a reflexão, o pensamento e consequentemente a construção do seu conhecimento.

Essas atividades podem ser utilizadas também como uma forma de melhorar a assimilação e consequentemente a aprendizagem para o ensino de química, além de inserir os professores e os alunos numa discussão “no que diz respeito às relações entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente” (Neves et al., 2015). Em ciência os experimentos são de importante valia, tornando os conceitos abstratos mais palpáveis e os questionamentos são fundamentais para a mediação do professor na aprendizagem do aluno (Marin, 2015).

        É importante lembrar que uma atividade experimental é aquela que envolve o discente, que o faz manipular objetos, faz usar seus sentidos e o faz pensar. Atividade experimental é muito confundido com atividade demonstrativa ou expositiva, na qual o aluno é apenas um ouvinte, espectador ou sujeito passivo.

2.  A atividade experimental na docência

Como educadores de química, precisamos constantemente refletir sobre os conceitos e ideias que queremos que os alunos compreendam, e na melhor forma para desenvolver e demonstrar para que eles alcancem essa compreensão (Talanquer, 2015).

Muitos docentes acabam por comodidade criando um vínculo com o livro didático que é indicado pelo Plano Nacional do Livro Didática ou pela escola e causando uma falta de autonomia em suas aulas, transformando o ensino de Ciências em momentos de memorização e sem formação de opiniões (Zômpero & Carvalho, Adriana Quimentão Passos, 2013). Para sairmos desta situação, é fundamental que o profissional tenha uma formação que lhe permita exercer o magistério de modo crítico, criativo e comprometido com a educação e que use o livro como um auxiliar e não a única ferramenta.  

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