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O USO DAS ATIVIDADES LÚDICAS PARA O ENSINO DE QUÍMICA NA EJA

Por:   •  7/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.218 Palavras (9 Páginas)  •  322 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

PRÁTICA CURRICULAR Ι

USO DAS ATIVIDADES LÚDICAS PARA O ENSINO DE QUÍMICA NA EJA

Aluno (a) :

TÍTULO DO PROJETO: USO DAS ATIVIDADES LÚDICAS PARA O ENSINO DE QUÍMICA NA EJA

RESUMO:

A Educação de Jovens e Adulto (EJA), uma modalidade básica da educação, é caracterizada pela constituição de um público heterogêneo envolvendo uma pluralidade de sujeitos que não tiveram acesso à escola na idade própria, ou seja, que passaram por algum processo de exclusão social. Para esse público, em geral, faz-se necessária a adoção de estratégias de ensino diferentes das utilizadas em outras modalidades da educação básica. No caso específico de ensino de química, é praticamente inexistente material didático elaborado para atender as especificidades dos alunos do EJA. Nesse sentido, torna-se de suma importância a construção de uma proposta pedagógica como metodologias que utiliza a atividade lúdica com  o fim de que esse público alvo seja atraído e motivado.

OBJETIVOS:

GERAL

- Analisar a aprendizagem dos alunos do ensino médio do EJA pelo método tradicional e por meio de atividades lúdicas procurando identificar os fatores que motivam os alunos para a aprendizagem em química.

ESPECÍFICO

- Desenvolver uma proposta de ensino-aprendizagem do assunto funções orgânicas, numa perspectiva contextualizada, mediada pelo uso de atividades lúdicas.

JUSTIFICATIVA: 

A educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino, amparada por lei (Constituição de 1988, em seu art. 208, inciso I) e voltada para pessoas que não tiveram acesso, por algum motivo, ao ensino regular na idade apropriada.  

Essa modalidade, instituída no Brasil a partir da Lei de Diretrizes e Bases de 1996 (LDB/96), tem como função a garantia a todas as pessoas de qualquer segmento social que não tiveram acesso à escola, do direito ontológico a uma escolarização básica e permanente de qualidade. As propostas curriculares, para essa modalidade, são bastante compactas, podendo vir a dificultar a aprendizagem dos alunos devido à sobrecarga de conteúdo em um curto espaço de tempo, principalmente na disciplina de Química. Com isso o ensino da Química tornou-se um desafio para os professores do ensino médio dessa modalidade.

 Nessa fase, há uma aversão à disciplina que se manifesta, também, como indiferença ou desinteresse pela aprendizagem dos conteúdos. Além disso, os alunos da EJA, muitas vezes, apresentam dificuldades e conseqüentemente frustrações por não se acharem capazes de aprender química, e, por não perceberem a importância dessa disciplina no seu dia a dia.

Nesse contexto, há necessidade de se reorganizar os conteúdos químicos atualmente ensinados, bem como sua metodologia. Então, o uso do lúdico para ensinar conceitos em sala de aula pode ser uma ferramenta que desperte o interesse na maioria dos alunos dessa modalidade, motivando-os a buscar soluções e alternativas que resolvam e expliquem as atividades lúdicas propostas.

De acordo com Benato (2001), a aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já maduro, que se expressa, diante de uma situação-problema, sob a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência. A atividade lúdica pode auxiliar o professor na identificação de dificuldades enfrentadas por esses alunos, principalmente quanto aos problemas de interpretação de conceitos e definições. Para isso, este trabalho pretende analisar o uso das atividades lúdicas para o ensino de funções químicas na EJA, em uma  Escola do Ensino Público da Cidade de Manaus, buscando aproximar a química do cotidiano destes alunos e tornando o ensino de química orgânica significativo para este público.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) está regulamentada pela a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9493/96, em seu Título V (Dos Níveis e Modalidades de Educação e Ensino), capítulo II (Da Educação Básica), seção V. Neste documento legal a EJA é definida como uma modalidade da Educação Básica, nas suas etapas fundamental e média.

Além disso, o Parecer Conselho Nacional de Educação (CNE)/ Câmara de Educação Básica (CEB) 11/2000, diretriz norteadora da EJA, afirma que a EJA se destina:

[...] a adultos ou jovens adultos, via de regra mais pobres e com o histórico

de sucessivas reprovações e evasões da escola. Estudantes que aspiram a

trabalhar, trabalhadores que precisam estudar [...] (Brasil, 2000, p.9)

A EJA é uma modalidade de ensino muito importante, que tem por finalidade proporcionar aos sujeitos que nunca freqüentaram uma escola, ou por diversos motivos abandonaram os estudos escolares, uma nova oportunidade de freqüentarem o ambiente salutar de uma escola, na busca de conquistar melhores condições de vida e de trabalho.

De acordo com a Resolução n.º 1, de 5 de julho de 2000, do (CNE) – que estabelece as diretrizes curriculares nacionais para a educação de jovens e adultos –, a oferta desta modalidade de ensino deve considerar:

...as situações, os perfis dos estudantes, as faixas etárias e se pautará pelos princípios de eqüidade, diferença e proporcionalidade na apropriação e contextualização das diretrizes curriculares nacionais e na proposição de um modelo pedagógico próprio, de modo a assegurar:

I. quanto à eqüidade, a distribuição específica dos componentes curriculares a fim de propiciar um patamar igualitário de formação e restabelecer a igualdade de direitos e de oportunidades face ao direito à educação;

II. quanto à diferença, a identificação e o reconhecimento da alteridade própria e inseparável dos jovens e dos adultos em seu processo formativo, da valorização do mérito de cada qual e do desenvolvimento de seus conhecimentos e valores;

III. quanto à proporcionalidade, a disposição e alocação adequadas dos componentes curriculares face às necessidades próprias da Educação de Jovens e Adultos com espaços e tempos nos quais as práticas pedagógicas assegurem aos seus estudantes identidade formativa comum aos demais participantes da escolarização básica.(art. 5º)                 

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