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5 P's da Estratégia

Por:   •  29/9/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.830 Palavras (12 Páginas)  •  566 Visualizações

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As estratégias hoje são de suma importância para as empresas, principalmente as de base tecnológica, tendo em vista a necessidade da obtenção de mercado, melhores lucros, enfrentar os concorrentes, etc. Neste contexto, este artigo tem por objetivo analisar os 5 Ps da estratégia em uma microempresa de base tecnológica. O método utilizado na pesquisa foi o estudo de caso e os dados foram obtidos por meio de entrevistas de profundidade com os gestores da empresa. Os resultados apontam para a existência de plano formal na empresa, a existência de padrão estratégico adotado pelos gestores da empresa e o pretexto, a perspectiva e a posição sobre forte influência das interações dos dirigentes. Conclui-se com a pesquisa que os 5 Ps da estratégia permitiu identificar como a estratégia emerge na empresa em estudo. Palavras-chave: Planejamento estratégico; estratégia; 5Ps; empresa de base tecnológica.

1. INTRODUÇÃO A estratégia empresarial, talvez pela a sua própria natureza que a correlaciona à diversas áreas da organização, tem recebido diversas definições e formas de entendimento. Para Thompson (2000), a estratégia baseia-se num conjunto de melhorias competitivas, que visa um melhor desempenho da empresa. Se uma organização não se preocupa com estratégias, o sucesso da empresa não está sendo almejado. Porter (1986) salienta que a estratégia é um conjunto de atitudes realizadas para se prevenir dos problemas e alavancar no mercado competitivo, assim, buscar melhores retornos para a organização. Dentre as características sobre a estratégia, Mintzberg (2010), afirma que esta está relacionada com cinco definições, as quais são: plano, pretexto, padrão, posição e perspectiva. Estas definições contribuem para o entendimento da estratégia no contexto de uma organização. Considerando que a estratégia é muito importante para as empresas hoje, a qual as possibilitam manter seus produtos e serviços em alta no mercado, obter melhores lucros e defenderem-se de problemas que possam atingí-las, esta pesquisa pretende responder a 2 seguinte pergunta: De que forma os 5 Ps da estratégia se apresentam em uma micro empresa de base tecnológica? A escolha por estudar empresas de base tecnológica se deu pelo interesse dos autores neste tipo de empresa e por apresentarem, segundo Tálamo e Carvalho (2012), uma necessidade de inovação que exige que estas empresas possuam competências complexas, o que consideramos interessante para a obtenção de maior riqueza de dados para esta pesquisa. Com base nessas informações, o artigo tem por objetivo geral analisar a utilização dos 5 Ps da estratégia em uma micro empresa de base tecnológica, situada no polo tecnológico de Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais. Tendo como objetivos secundários, investigar como cada P da estratégia contribuiu ou não para o desenvolvimento da empresa estudada e também o que contribuiu para que a empresa adotasse ou não cada P da estratégia. Para atender as necessidades da pesquisa, este trabalho adotará a abordagem qualitativa, que é definida por Godoy (1995, p. 62-63) “como tendo a preocupação fundamental o estudo e a análise do mundo empírico em seu ambiente natural”. Também será realizada uma coleta de dados através de entrevistas semiestruturadas, em profundidade com duração média de duas horas e meia e utilização de um roteiro semiestruturado de entrevista. Os dados serão obtidos principalmente por meio de fontes primárias de informação, ou seja, por entrevistas gravadas com dirigentes da empresa em estudo. Na sequência o artigo apresenta uma revisão da literatura, com base na temática do trabalho, em seguida, desenvolve o método de pesquisa, a análise dos resultados, finalizando com a conclusão. 2. ASPECTOS TEÓRICOS Este capítulo apresenta os aspectos teóricos com o objetivo de fundamentar a pesquisa relacionada com os 5 Ps. Desta forma, é tomado como base artigos e livros sobre a temática, aprimorando com as pesquisas realizadas e fundamentadas de diversos autores. 2.1. Os 5 Ps da estratégia Na visão de Thompson (2000), a estratégia é considerada como um aspecto competitivo, os quais são gerenciados para atingir metas e mercados. Para Porter (1986), estratégia é um conjunto de atitudes realizadas para se prevenir dos problemas e alavancar no mercado competitivo, e assim, buscar melhores retornos para a organização. 3 Para tentar alinhavar o entendimento sobre a estratégia, Mintzberg (2010) percebeu que o conceito era amplo e que para se definir estratégia se fazem necessários cinco definições: plano, pretexto, padrão, posição e perspectiva. Estas definições passaram a ser entendidas no meio acadêmico como os 5 Ps da estratégia. Com base nessas informações, segue abaixo a analise de cada P da estratégia. A estratégia como Plano para Mintzberg (2006) é um curso de ação pretendido para lidar com uma situação e tem finalidade de atingir os objetivos básicos da empresa. Esta estratégia tem duas características importantes, a primeira é preparada para as ações que irão vir a ocorrer e a segunda é elaborada de forma consciente e propositada. Estratégia como Pretexto é uma tática utilizada pela empresa para comunicar uma mensagem falsa ou verdadeira para o mercado e para superar um concorrente (MINTZBERG, 2010). Estratégia como Posição é um meio de localizar uma organização dentro das relações de ambiente. Essa definição tem a combinação entre organização e ambiente e ambiente interno e externo. Nesta estratégia a empresa busca estabelecer no nicho um posicionamento que sustente sua posição no mercado (MINTZBERG, 2010). Porter ainda informa que “a estratégia é a criação de uma posição única e valiosa, envolvendo um conjunto diferente de atividades” (PORTER, 1996, p. 68). Estratégia como Padrão é a consistência no comportamento, que surge das próprias ações do cotidiano que podem ser pretendido ou não (MINTZBERG, 2010). Estratégia como Perspectiva foca mais dentro da empresa. Esta estratégia se difunde através dos pensamentos, valores e culturas da organização. Neste contexto a estratégia é para a organização o que a personalidade é para o indivíduo (MINTZBERG, 2010). 2.2. Micro e pequenas empresas de base tecnológica (MPEBT) Entende-se por empresa de base tecnológica, aquelas que possuem conhecimentos ou tecnologias desenvolvidas pela própria organização e originam-se em um centro de pesquisa, empresa privada ou incubadora em universidades (GONZALEZ et. al., 2009). Oliveira Filho e Filion (2008) consideram que o processo de formação de uma empresa de base tecnológica apresenta características específicas diferentemente das empresas tecnológicas criadas a partir da licença de exploração e/ou por meio de parcerias. Para Côrtes (2005), as empresas que “realizam esforços tecnológicos significativos e concentram suas operações na fabricação de novos produtos” podem ser definidas como empresas de base tecnológica. 4 Segundo Oliveira Filho e Filion (2008), existem vantagens ao se criar empresas de base tecnológica. Entre elas estão: estímulo à cultura empreendedora no ambiente universitário; estreitamento entre o ambiente empresarial e o da pesquisa acadêmica; dinamização e diversificação das empresas nacionais e a manutenção do patrimônio científico do país. De acordo com Berté et. al., (2008, p.117), para que as pequenas empresas de base tecnológica possam manter sua competitividade é necessário a colaboração de programas governamentais de fomento. Para estes autores, estas empresas trazem contribuições para o “processo de industrialização, desenvolvimento tecnológico e abertura de novos empregos”. Ainda segundo esses autores as pequenas empresas de base tecnológica carecem de estudos acerca do desenvolvimento da sua estratégia. Desta forma, apontam distintas características no desenvolvimento da estratégia nestas empresas, das quais destacamos algumas como: não possuem filiais; sistema hierárquico com pouca complexidade; divulgação da sua missão e visão; envolvimento com grupos associativos do setor de tecnologia; preferem se instalar em regiões que ofereçam melhores condições de vida, com proximidade dos clientes e acesso à mão de obra e buscam locais que ofereçam benefícios fiscais e de proximidade com outras empresas de tecnologias (BERTÉ et. al., 2008, p.117). 3. METODOLOGIA Para a realização desta pesquisa, a abordagem escolhida para este trabalho é a qualitativa, que é definida por Godoy (1995, p. 62-63) “como tendo a preocupação fundamental o estudo e a análise do mundo empírico em seu ambiente natural”. Dentro da abordagem qualitativa, o trabalho adota o método do estudo de caso que segundo Yin (2001, p. 21) permite: Uma investigação para se preservar as características holísticas e significativas dos eventos da vida real – tais como ciclos de vida industriais, processos organizacionais e administrativos, mudanças ocorridas em regiões urbanas, relações internacionais e a maturação de alguns setores. Nesta pesquisa, os procedimentos de coleta dos dados basearam-se principalmente em entrevistas semi-estruturadas em profundidade com duração média de duas horas e meia e utilização de um roteiro semi-estruturado de entrevista. Os dados foram obtidos 5 principalmente por meio de fontes primárias de informação, ou seja, por entrevistas gravadas com dirigentes da empresa em estudo. 4. RESULTADOS Os dados para a realização da análise dos 5 Ps da estratégia da empresa FAG Tecnologia foram obtidos a partir de entrevistas de profundidade com os gestores da empresa. A partir da obtenção dos dados, foram desenvolvidas as análises dentro de cada P da estratégia definido por Mintzberg (2010). As análises fazem um vínculo entre as definições conceituais de cada P da estratégia e o contexto da empresa estudada. 4.1. Plano A figura 1 mostra os principais momentos em que foram desenvolvidos os planos formais na empresa em estudo. Figura 1: Planos formais desenvolvidos na empresa FAG Tecnologia Fonte: Dados da pesquisa. Observa-se na figura 1, que em 2009 foram desenvolvidos dois planos formais na empresa FAG. Neste período as conversas estratégicas entre a equipe de direção e os coordenadores do programa de pré-incubação o qual a empresa participava, colaboraram para que a mesma adotasse práticas de gestão importantes. Neste período, os gestores elaboram um plano de negócio, o que colaborou para o melhor entendimento da empresa e para que a empresa pudesse ser formalizada juridicamente. Além de elaborarmos o nosso plano de negócio, tivemos que apresentá-lo para uma banca. Neste sentido, as conversas com os coordenadores da pré- incubadora e outros profissionais foram essenciais para que o mesmo fosse bem delineado. Estevão Faria - Sócio Diretor da FAG Tecnologia e Desenvolvimento. 6 Após o período de pré-incubação, a empresa foi contemplada com recursos de um órgão de fomento, o que possibilitou que contratasse um funcionário. Posteriormente, este funcionário, que já tinha desenvolvido o plano estratégico de uma empresa de tecnologia em seu emprego anterior, auxilia os gestores da FAG na elaboração do plano estratégico da empresa. Em 2011, tendo em vista que a empresa que já estava atuando no mercado nacional e intencionava elevar a sua presença no seu mercado de atuação, contrata-se um consultor para auxiliar na elaboração do plano de marketing e também no plano de vendas da empresa, sendo que ambos foram significativos para consolidação da imagem da empresa. 4.2. Pretexto Com relação ao Pretexto (declarações reais ou não da empresa para o mercado) foi identificado algumas situações na empresa FAG. No ano de 2009, a empresa se declarava como uma empresa especializada em produtos hospitalares e realmente era esta a intenção dos gestores, uma vez que o projeto do produto hospitalar estava em desenvolvimento. No ano de 2011, a empresa ainda mantinha o projeto hospitalar, mas o mesmo ainda não estava no mercado. Deste modo, a empresa iniciou a fabricação de fontes eletrônicas e filtros de internet como uma atividade secundária. Até o ano de 2010 a empresa ainda se declarava como especializada em produtos hospitalares. Mas com o crescimento do segmento de fontes e filtros eletrônicos, a empresa assume publicamente o abandono do segmento hospitalar e o no novo segmento de mercado adotado. 4.3. Padrão A figura 2 mostra algumas situações em que a empresa adota o padrão estratégico em seu negócio. 7 Figura 2: Padrão estratégico desenvolvido na empresa FAG Tecnologia Fonte: Dados da pesquisa. Uma das características que pode ser considerada um padrão estratégico na empresa, é a busca constante pelos gestores de novas oportunidades. Foi a partir da busca por novas oportunidades que a empresa conseguiu se inserir em um novo segmento de mercado e se estabelecer no mesmo. Outra situação que pode ser considerada como padrão estratégico é a busca e realização de parceria com outros empresários. Foi por meio de uma parceria que a empresa entrou para o segmento de fontes e filtros eletrônicos. O mesmo se deu na busca constante por novos clientes que permitiu à empresa ampliar as vendas e entrar em novos segmentos de mercado sugeridos pelos próprios clientes. 4.4. Posição A figura 3 mostra algumas situações de posição estratégica adotada pela empresa. Figura 3: Posição estratégica na empresa FAG Tecnologia Fonte: Dados da pesquisa. A posição de mercado na empresa FAG se deu em dois segmentos de mercado: um que nunca foi concretizado, mas que foi declarado por um período, que é o de produtos MERCADO 8 hospitalares, conforme mostra a subseção 4.2 deste trabalho. E outro que é o mercado de fontes e filtros de internet que foi o mercado que a empresa realmente atuou. Foi observado na empresa que novas posições de mercado foram surgindo à medida que amigos ou empresas clientes sugeriam novas modalidades dos produtos. Alguns novos produtos, dentro ainda da linha de fontes eletrônicas, eram desenvolvidos a partir da necessidade de um único cliente, que fechava uma compra mensal do mesmo. Posteriormente, a empresa vendia este mesmo produto para outros distribuidores. 4.5. Perspectiva A figura 4 mostra algumas situações identificadas de perspectiva estratégica na empresa em estudo. Figura 4: Perspectiva estratégica na empresa FAG Tecnologia Fonte: Dados da pesquisa. Tendo em vista que a empresa em estudo terceiriza a totalidade da sua produção, possuindo apenas dois funcionários, a perspectiva estratégica na empresa se encontra presente apenas nos dois sócios gestores. Neste sentido, observa-se que o entendimento estratégico de um sócio dirigente é compartilhado quase que imediatamente com o outro sócio dirigente. Deste modo, verifica-se que as contingências que emergem no cotidiano da empresa, as situações pessoais dos sócios e mesmo as oscilações de mercado estão a todo o momento influenciando e alterando o entendimento da estratégia dos gestores da FAG. A perspectiva estratégica dos dirigentes é construída em um processo dinâmico de interação entre eles e com os atores externos que de alguma forma se relacionam com a empresa. 9 5. CONCLUSÃO Tendo em vista que o objetivo do trabalho é o de analisar os 5 Ps da estratégia na empresa FAG Tecnologia, considera-se que o mesmo foi atingido, uma vez que esta análise trouxe reflexões que podem ser consideradas como importantes no universo da estratégia das microempresas de base tecnológica. Neste sentido, algumas destas reflexões podem ser destacadas: As empresas de base tecnológica se utilizam de planos formais, embora parte da estratégia adotada seja decorrente das interações com o mercado; Os clientes e empresários parceiros tem forte influência no desenvolvimento da estratégia nestas empresas; A influência dos clientes e empresários parceiros podem ser considerados como decorrentes de um padrão estratégico adotado de busca de novas oportunidades e parcerias pelos gestores da empresa; A perspectiva estratégica ocorre de forma complementar e instantânea entre os dirigentes da empresa. Finalizando o trabalho e ao mesmo tempo respondendo a pergunta de pesquisa: De que forma os 5 Ps da estratégia se apresenta em uma micro empresa de base tecnológica? Observou-se na pesquisa que os 5 Ps se apresentam de forma emergente e dinâmica, sendo que a sua ocorrência está diretamente relacionada as interações dos dirigentes da empresa. 6. REFERÊNCIAS BERTÉ, Érica C. O. Pereira; RODRIGUES, Leonel Cezar; ALMEIDA, Martinho Isnard. A formulação de estratégias para pequenas empresas de base tecnológica. Revista de Administração da UFSM, v. I, n. 1, p. 116-133, 2008. CÔRTES, Mauro Rocha; PINHO, Marcelo; FERNANDES, Ana Cristina. SMOLKA, Rodrigo Bustamante. BARRETO, Antonio Luiz C. M. Cooperação em empresas de base tecnológica: uma primeira avaliação baseada numa pesquisa abrangente. São Paulo em Perspectiva, v.19, n.1, São Paulo, p. 1-10, 2005. GODOY, A. S. Pesquisas qualitativa: tipos fundamentais. in: Revista de Administração de Empresas, v.35, p. 20-29, 1995. GONZALEZ , Rafael Kuramoto.; GIRARDI, Sandra.; SEGATTO, Andréa Paula. Processo de criação de empresas de base tecnológica – o caso de uma indústria de automação paranaense. XII Simpósio de Administração da Produção,Logística e Operações Internacionais - SIMPOI, p. 1-14, 2009. 10 MINTZBERG, Henry. Managing: desvendando o dia a dia da gestão. Porto Alegre: Bookman, p. 302, 2010. MINTZBERG, Henry. 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