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A ADMINISTRAÇÃO - GESTÃO AMBIENTAL

Por:   •  2/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.375 Palavras (14 Páginas)  •  193 Visualizações

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ADMINISTRAÇÃO - GESTÃO AMBIENTAL

RESPONDER AS QUESTÕES UTILIZANDO N O MÁXIMO 5 LINHAS

  1. COM BASE NO TEXTO DE CLÓVIS CAVALCANTI, EXPLIQUE QUAL É O MANTRA ATUAL E PORQUE?

O mantra atual é a noção de sustentabilidade usual, porém é um mantra sem maior compromisso, porque para a sociedade ser sustentável é preciso ter difíceis adaptações no sistema econômico a sociedade precisa fazer uma escolha moral para esses problemas.

  1. ESCREVA O QUE O AUTOR RESPONDEU À ALUNA JESSICLEIDE DANTAS.

 Esclareci: "Nunca existiu uma 'eterna busca por crescimento econômico'. De fato, a civilização tem 5.000 anos e o crescimento só começou a acontecer nos últimos 250 anos. Hoje se pensa e age como se o crescimento econômico fosse a regra para a Humanidade. Nunca foi. Crescimento significa necessariamente esgotamento de recursos, destruição de alguma coisa do meio ambiente. Não existe nenhum exemplo de sociedade desenvolvida que seja ecologicamente sustentável, simplesmente porque as sociedades desenvolvidas (Grã-Bretanha, Estados Unidos, Alemanha, Japão etc.) chegaram a esse nível há menos de 250 anos. Sustentáveis, podemos dizer, foram as sociedades indígenas no Brasil que tinham 12.000 anos de existência quando os portugueses chegaram aqui". Quem garante que a sociedade americana vai ser como é hoje no ano 2250? Ou a chinesa? Ninguém garante, nem mesmo daqui a vinte anos! E daqui a doze mil?

  1. DESCREVA O QUE ELE FALOU A ELA SOBRE CRESCIMENTO ECONÔMICO E HISTÓRIA DA HUMANIDADE.

Caberia então a pergunta de se é possível equilibrar crescimento econômico ilimitado ("espetáculo do crescimento", como dizia tolamente, a meu ver, o futuro presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Ou, como na pergunta de Jessicleide, "crescer de modo sustentável") com um meio ambiente que não se deteriore ou entre em colapso. Na perspectiva econômico-ecológica, a resposta é não. Crescimento implica sempre menos meio ambiente. De fato, o planeta (o ecossistema global) não cresce; se a economia cresce – e ela é parte do planeta –, obviamente menos meio ambiente restará. Quanto mais gente na Terra, quanto mais produção econômica, quanto mais artefatos construídos, tanto menos natureza. Em outras palavras, como falam os economistas – embora, estranhamente, não o reconheçam no caso –, existe aí um "custo de oportunidade" ambiental.

  1. PARA O AUTOR, EXISTE CONFLITO ENTRE A PERSPECTIVA ECONÔMICA ECOLÓGICA E O CRESCIMENTO ILIMITADO?

 Caberia então a pergunta de se é possível equilibrar crescimento econômico ilimitado ("espetáculo do crescimento", como dizia tolamente, a meu ver, o futuro presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Ou, como na pergunta de Jessicleide, "crescer de modo sustentável") com um meio ambiente que não se deteriore ou entre em colapso. Na perspectiva econômico-ecológica, a resposta é não. Crescimento implica sempre menos meio ambiente. De fato, o planeta (o ecossistema global) não cresce; se a economia cresce – e ela é parte do planeta –, obviamente menos meio ambiente restará. Quanto mais gente na Terra, quanto mais produção econômica, quanto mais artefatos construídos, tanto menos natureza. Em outras palavras, como falam os economistas – embora, estranhamente, não o reconheçam no caso –, existe aí um "custo de oportunidade" ambiental.

Nessa acepção, desenvolvimento significa mais do que simples crescimento da economia ou acumulação de capital, porque, além de representar o incremento da capacidade produtiva, implica também a irradiação do progresso para o grosso da sociedade. Assim, "o conceito de desenvolvimento compreende a idéia de crescimento, superando-a" (Furtado, 1967, p.102).

  1. EXPLIQUE A FÓRMULA DO CAPITAL E TRABALHO E A COMPARAÇÃO COM A RECEITA DO BOLO.

 montantes de fatores produtivos (capital, K, e trabalho, L, os únicos que aparecem efetivamente nos cálculos dos economistas) empregados na realização da atividade econômica e os correspondentes volumes obtidos de produto (Y). Essa função pode ser entendida como uma receita. Tem a forma Y = f (K, L). E vale para a economia como um todo, para setores de atividades, para grupos de firmas. Nela se omite completamente o insumo natureza (ou recursos naturais, N). No raciocínio da teoria neoclássica do crescimento econômico – essa associada a nomes como o de Robert Solow (1957), Prêmio Nobel de Economia de 1987, e que prevalece nas análises – admite-se uma função de produção do tipo "rendimentos constantes de escala", sendo a denominada função Cobb-Douglas (em homenagem a seus proponentes) a que efetivamente aparece nos modelos. Tal função pode se expressar matematicamente da seguinte forma:

          Y = λKªLb.

A constante (positiva) l exprime o fator tecnológico. E os expoentes a e b, as respectivas fatias de K e L no produto (Y), sendo a + b = 1. Isso é macroeconomia (e microeconomia) básica. Uma visão simplificada ao extremo do mundo real. O que ela quer dizer é que, com x unidades de capital e y unidades de trabalho, obtêm-se z unidades do produto. Ou seja, é como se uma pessoa (fator trabalho, L) pudesse fazer um bolo Sousa Leão (o produto, Y) usando tão só (fator capital, K) sua cozinha, uma colher de pau e uma vasilha com nada dentro (omite-se N)! Como isso seria possível, sem massa de mandioca, ovos, sal, açúcar, manteiga, leite de coco (os recursos naturais) que tornam o Sousa Leão tão gostoso? Estranho. No dizer de Nicholas Georgescu-Roegen, excluir N da função de produção significa ignorar a diferença entre o mundo real e o Jardim do Éden, como lembram Daly (2007, p.134) e Veiga (2005, p.129).

  1. O QUE É O TRANSUMO, OU FLUXO METABÓLICO DO AMBIENTE. COMO EVITAR O SISTEMA DE TRANSUMO LINEAR?

A economia, em suas dimensões físicas, aquelas que respondem por comida, roupa, habitações etc. dos humanos é feita de coisas, de populações, de máquinas, edifícios, artefatos de todo tipo. Tudo isso é o que os físicos chamam de "estruturas dissipativas", mantidas contra forças de desordem, declínio ou entropia por um throughput (transumo) ou fluxo metabólico do ambiente. Essa compreensão possui implicações ambientais e econômicas como as decorrentes, por exemplo, do princípio do balanço de massa e energia que prevalece na natureza: a quantidade de matéria e energia que entra em um processo é exatamente igual à quantidade que sai. Ou as relativas à importância da energia na estrutura e dinâmica de coevolução de sistemas ecológicos e econômicos. Ou as que decorrem da aplicação à economia dos alicerces da termodinâmica dos sistemas vivos afastados do equilíbrio (far-from-equilibrium living systems) (Prigogine, 1969; Branco, 1999). Um sistema físico fechado – caso da natureza – deve satisfazer a condição de conservação de massa. Daí, com crescimento econômico, necessariamente a extração de recursos ambientais aumenta. E eleva-se ao mesmo tempo o volume de lixo depositado na litosfera: mais externalidades negativas estão sempre sendo geradas. O processo cava buraco e ajunta matéria degradada. Ou seja, produz um fluxo metabólico entrópico (Daly, 2007, p.9), como sugere a Figura 1. Essa simplifica grandemente a realidade. Mas expõe com nitidez o caráter do processo que se realiza no sistema econômico moderno. Um processo linear, do tipo extrai-produz-descarta. Nele, a reciclagem é mínima (zero, de fato, no caso de recursos não renováveis como petróleo e minério de ferro). Por ele, entende-se o que Georgescu-Roegen (1971, p.19) quis dizer quando escreveu que "máquinas de lavar, automóveis e superjatos 'maiores e melhores' devem levar a 'maior e melhor' poluição". Pela Figura 1 pode-se ver que o que a economia moderna faz, na verdade, em última análise, é cavar um buraco eterno que não para de aumentar (extração de matéria e energia de baixa entropia). Cumprido o processo do transumo, os recursos terão virado inevitavelmente dejetos – matéria neutra, detritos, poeira, cinzas, sucata, energia dissipada – que não servem para quase absolutamente nada (matéria e energia de alta entropia). Amontoam-se formando um lixão, também eterno, que não para de crescer. Assim, a extração de recursos e a deposição de lixo deixam como legado uma pegada ecológica cada vez maior. 

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