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A Avaliação de Empresas

Por:   •  10/12/2020  •  Resenha  •  1.965 Palavras (8 Páginas)  •  94 Visualizações

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AVALIAÇÃO DE EMPRESAS

OBJETIVO de uma empresa: geração de lucro (o investidor, por sua vez, quer retorno). Lucro da empresa é sinônimo de retorno para o acionista? Investidor cria a empresa visando ter retorno. Mas lucro da empresa é lucro para o acionista? Lucro e retorno não são sinônimos.

Empresa tem venda de 100, lucro de 10, custo de capital de 2, prazo médio de recebimento de 2. O prazo não estaria consumindo o lucro? Empresa apura lucro de 10, sendo que não recebeu nem a primeira prestação, assim como pagará imposto, também antes de receber. O custo de capital constante no DRE apenas aquele que já aconteceu; falta registrar aquele custo que ainda acontecerá. O lucro pode ser reinvestido no capital de giro da empresa (mediante concessão de prazo ao cliente), com o intuito de aumentar mercado, se sustentar, e a máxima: reinvestir os lucros para gerar mais lucros no futuro. Ao reinvestir o lucro, adia-se o retorno ao investidor.

Mainard Keynes: cuidado com os investimentos para trazerem retornos no longo prazo, porque no longo prazo, estaremos mortos. Os lucros (reinvestidos) podem não representar retorno imediato, mas pode-se aproveitar a ação e especular (elas sinalizam retorno a longo prazo e o investidor deve saber o momento correto de vender a ação e lucrar, mesmo sem que a empresa distribua lucro). Para as empresas é importante reinvestir, para sustentar seu valor ao longo do tempo. Nos mercados maduros, não há muita especulação.

Mas o objetivo da empresa é a geração de lucro, sim, mas que possa trazer retorno aos acionistas não só no longo, mas nos médio e curto prazos também. Ex.: R$ 1 milhão, com 25%aa e 75 anos, trará como PV = R$0,05392.

O que sustenta valor? A geração de lucro, MAS que gere fluxo para dar retorno ao investidor, pois, para ele, o longo prazo pode não ser interessante. Ex.: ações Uber lançadas IPO – logo que lançou, as ações começaram a cair (pois a empresa declarou que investiria por 10 anos o lucro, sem pagar dividendos).

Objetivo, então: Maximização do seu valor aos acionistas (dar retorno num prazo mais curto).

Como gerar valor ao acionista?

Estudo de caso: empresa num cenário de lucro zero e caixa zero. Contas a pagar: 15 milhões. Como gerar valor para a empresa?

Sendo esse valor recorrente, quer dizer que a empresa compra a prazo, ou seja, compra mais caro (raras exceções). Se a empresa pagasse à vista, teria um desconto de 2,5% am na compra. Mas, ao negociar, tem-se um poder de barganha, que faz o desconto chegar a 3,5%. Deve-se entender a formação do custo: o fornecedor, para conceder um prazo, precisou de recurso para financiar esse cliente. Existem duas fontes de capital: próprio ou de terceiros. O capital de terceiros é mais barato, porque o terceiro tem menos risco de deixar de receber, caso a empresa quebre. Como ele assume menor risco, seu prêmio é menor. O sócio é o último a receber, portanto, incorre em maior risco. Além disso, ao captar recurso, o terceiro exige cada vez mais garantias (menor risco, menor retorno). Ainda, há uma questão de oferta e demanda: capital é limitado, gestores muitas vezes se preocupam apenas em manter o “colchão”. O fornecedor que pegou capital emprestado para conceder prazo ao seu comprador, ele não adiciona no custo (preço) do produto apenas o custo do capital de terceiro que ele pegou emprestado, mas um spread, pelo risco que esse fornecedor assumiu, ao me conceder prazo. Enquanto consumidor que quis prazo, eu pago o produto, os juros do financiamento e um spread. Mas, pegando empréstimo para pagar à vista, eu pago o custo do produto, um juro (pelo empréstimo que fiz com o banco), mas deixo de pagar o spread.

Ex. comprando à vista: 15 milhões = PV | 1,15% - i | 48 = n | PMT = 408.393,84

Ex. economia comprando à vista: 3,5% de 15milhões = 525.000. Mas pagará juros de 1,15% am = 172.500. O resultado disso seria, no primeiro mês, 352.500. Para ter uma visão anual (x12) = 4.230.000 (de geração de valor em um ano). Maaas, essa geração de valor seria “eterna”, porque o valor foi gerado pela diferença da economia feita no mês, o custo de capital vai reduzindo ao longo do tempo, e num dado momento, não será mais necessário o empréstimo (???). A empresa tinha um custo de capital de 20%, como o VPL era quase 0, rentabilizava a 20% também. (Método de EVA – Valor Econômico Agregado).

Um ativo que gera 200.000 por ano, com um custo de capital de 20% vale 1.000.000. Investindo 10 milhões, em 1 ano recebo 2 milhões, sempre mantendo os 10 milhões investido.

Ao invés de multiplicar, divide 4.230.000 por 20% = 21.150.000 = geração de valor à empresa.

A troca de financiamento (aumento de endividamento bancário, mas não global) permite tangibilizar lucro. A empresa teria que investir um novo capital de 21.150.000 para ter retorno de 20%. A economia permitida pela troca do financiamento, gerou retorno, sem ter que investir mais capital.

PV = 15.000.000

I = 1,15% am

n = 24m

PMT = 718.776,81

No novo exemplo, o empresário quis potencializar o negócio, e quis “pagar logo o empréstimo”. Resultado: quebra a empresa, porque a geração de caixa cai muito (já que a prestação subiu consideravelmente).

Voltando ao primeiro caso: PMT seria de 408.393,84. A economia teria sido de 525.000 menos o PMT o caixa seria de = +116.606,16. Ou seja, a economia (desconto por pagar a vista) permitiu valorizar a empresa e gerou caixa (ou seja, agora ela se sustenta, na prática). Os juros (172.500) do empréstimo com o banco estão embutidos na prestação (408.393,16). Se optasse por n=24m, apesar dos 525.000, no fluxo, acrescento de despesa de prestação 718.776,81 gerando um Fluxo de caixa negativo (-193.776,81), mesmo que o custo do capital seja o mesmo. É interessante gerar valor, sim, mas também caixa, para que este sustente a empresa.

A geração de resultados precisa ser sustentada no caixa. Primeira escolha: nos primeiros 48 meses, geraria 116.606,16 de caixa, e nos próximos 48m, 525.000. Analisar ainda o benefício fiscal do empréstimo (descontado da BC para o imposto).

Considerando a segunda opção (n = 24m)

PMT = 193.776,81

n = 24m (vai faltar caixa por 24 meses; terá que fazer uma antecipação de recebíveis, pagando mais caro)

i = 5%am (taxa de juros do financiamento aumentou, por causa das antecipações)

FV = ? = 8.623.455,38

Considerando que, a partir do 1º mês, só vai pagar juros: x5% = 431.172,77 am

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