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A Gestão da Qualidade

Por:   •  19/5/2021  •  Resenha  •  3.557 Palavras (15 Páginas)  •  78 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS – UFGD

RESENHA INTERPRETATIVA: ERAS DA QUALIDADE E PRINCIPAIS AUTORES

GABRIEL DA SILVA MENEZES

HENRIQUE BORGES RAMAL

MURILO MARQUES MENEZES

PAULO HENRIQUE DA SILVA CABREIRA

WILLIAN MATHEUS TANAKA CATSURAIAMA

DOURADOS - 2020

  1. ERAS DA QUALIDADE

A era da inspeção surgiu em meio a fabricação de vários produtos feitos manualmente, os produtos eram fabricados em baixa escala e sem ter um controle de qualidade. A inspeção em si, se deu quando alguns produtos começaram a ser fabricados em larga escala, já que muitos destes apresentavam problemas/defeitos. No início, a ênfase da inspeção era separar o produto bom do produto defeituoso por meio da observação direta. Mais além, com a expansão do mercado e os avanços tecnológicos, novos estudos e ferramentas foram implementados com o intuito de gerenciar da melhor forma a qualidade, especificações escritas, mensuração com instrumentos adequados e a criação de laboratórios para testes e padronização.

Com o surgimento de grandes empresas no século XX, começou-se a substituir o supervisor de produção, que após a inspeção formal passou a agir como agente do controle da qualidade, pelo inspetor da qualidade. Com o passar do tempo, foi criado um departamento de controle da qualidade que tinha como função garantir que os produtos estivessem dentro do padrão. Destaca-se nessa era a observação direta do produto posteriormente a produção e produtos e serviços inspecionados um a um, em algumas vezes inspecionados aleatoriamente, onde aqueles que não estivessem dentro do padrão estabelecido eram jogados no lixo, gerando um alto custo de produção, recursos e matéria-prima.

A era do controle estatístico se deu com a evolução das grandes indústrias e da produção em massa. Devido a essa produção, desenvolveu-se o controle estatístico da qualidade baseada na amostragem, que consistia em selecionar uma certa quantidade de produtos (lote) para se inspecionar, em vez de inspecionar todos os produtos. GARVIN (op. cit.) diz que o primeiro a fazer uso desta aplicação foi Walter A. Shewhart, dos Laboratórios Bell.  

Uma das grandes vantagens que o controle estatístico proporcionou foi a redução dos custos de inspeção, propiciou o controle da qualidade nas atividades de verificação sobre os lotes produzidos, até este ponto o controle e analise de defeitos é totalmente técnico da parte das empresas. Quando começaram a analisar internamente os custos que tinham com as não conformidades da produção e do produto, criou-se um objetivo de produzir sem defeitos. Nesta era, o controle da qualidade, ao invés que inspecionar apenas o produto final uma a um, faz uma análise mais detalhada (uma espécie de feedback) dos processos de produção, para saber onde está o problema e a partir disso, implementar melhorias e correção de erros durante o processo, evitando erros nas produções futuras.

O que difere a era da garantia da qualidade das outras é que agora a premissa do controle da qualidade é iniciar-se pelo projeto de fabricação do produto, analisar a entrega e ter conhecimento da satisfação do cliente com o uso do produto. O custo de defeitos de fabricação também continuava a ser estudado, Juran achava que quanto mais se investisse na alta qualidade, mais as falhas seriam corrigidas, isso fez com que empresários se atentassem aos custos no início dos projetos. Também foi expresso que o setor de fabricação não poderia trabalhar sozinho se quisesse produzir produtos de alta qualidade, todas as etapas deveriam ser acompanhadas e detalhadas pelos outros departamentos.

Tudo isso tinha o intuito de focar na gestão mais ampla na gestão da qualidade, visando a garantia e conformidade do produto. Nesta era se faz necessário a criação da engenharia de controle da qualidade, uma vez que novos produtos estavam sendo fabricados, a escolha de fornecedores e o acompanhamento do processo de fabricação também estavam em análise. Com o pós guerra, novos métodos foram desenvolvidos para fabricar materiais bélicos que não falhassem, isso fez com fosse executado o método chamado de Zero Defeitos, baseado em intensas e contínuas inspeções em todas as etapas.  

A era da gestão estratégica da qualidade traz consigo um novo olhar dos empresários no que diz respeito a gestão da qualidade, agora começam a enxergar a qualidade como algo extremamente importante dentro da organização, o conceito de qualidade passa a ser visto como um diferencial competitivo no mercado. As organizações começam a se preocupar com pesquisas de mercado, com avaliações/feedbacks de seus clientes com a experiencia do produto, a empresa não apenas se atenta aos processos e etapas durante a fabricação do produto, mas sim com o que todos os colaboradores e clientes pensam, é constatado como todo o meio externo à produção está diretamente relacionado a qualidade. Com isso, as organizações não passam apenas a ver a qualidade nos processos internos, e sim começam a analisar a qualidade desde os seus fornecedores até os últimos envolvidos durante o processo, a qualidade passa a estar envolta de todo o ambiente da produção, tanto interno quanto externo. Esta era destaca-se pela forma da organização buscar o que de fato seus clientes esperam de seu produto, para que pudessem elaborar um projeto vigente aos desejos do mesmo, desta forma aumentavam a probabilidade de fabricar um produto de alta qualidade para seus clientes.  

Como o próprio nome da era sugere, a qualidade deixa de ser apenas um núcleo dentro da organização, ela passa a ser parte do setor estratégico da empresa, ela passa a nortear todos os princípios organizacionais, como missão, visão e valores da empresa. Dito isso, o “ponto chave” que se torna fundamental para como o controle da gestão da qualidade irá se manter constante, é os desejos, pensamentos e expectativas do cliente com a aquisição do produto. Cada empresa desenvolve sua gestão estratégica com base na sua organização, não existe um modelo estratégico da qualidade que irá definitivamente funcionar para todos os setores de mercado, isso é estudado e implementado dentro das organizações até os dias atuais.

  1. PRINCIPAIS AUTORES

Deming: a qualidade no processo

William Edwards Deming, autor primordial dentro da gestão da qualidade, tinha como principal pensamento o de “Cliente como foco da qualidade”, levando em consideração a mudança que o tempo gera nos desejos dos consumidores e consequentemente mudando a perspectiva de o que é qualidade e como ela é vista.

        Deming por ser norte americano, começou a escrever seus conceitos no Estados Unidos, porém na época não foi dada a devida atenção na questão da qualidade. Após a segunda guerra mundial, o autor foi envido para o Japão, um país totalmente destruído e lá conseguiu aplicar seus métodos, tornando-se autoridade no assunto. Ao voltar para o EUA, notou diferenças entre a indústria americana e a indústria japonesa, fazendo com que criasse filosofias para alavancar as empresa e defender o Sistema do Conhecimento profundo, enfatizando que os trabalhadores tendem a ter uma eficácia muito alta quando estão inseridos em um ambiente favorável e trabalhando em conjunto, sendo analisado em último caso as habilidades pessoais de cada um.

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