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A Indústria de Aeronáutica

Por:   •  24/4/2021  •  Artigo  •  789 Palavras (4 Páginas)  •  88 Visualizações

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Tendências para a Indústria de Transporte Aéreo[pic 1]

Escrito por Ana Clara Viana

O presente artigo tem como objetivo principal entender como as tendências que mais impactarão setores importantes da economia brasileira são capazes de refletir na indústria de transporte aéreo. Para que a análise seja mais precisa, o foco será voltado especialmente para as companhias aéreas, buscando entender como as mudanças na estrutura do mercado e os principais fatores macro ambientais são capazes de afetar esse segmento.

Primeiramente, cabe destacar que a rivalidade entre as companhias aéreas é historicamente intensa, sendo marcada pela constante guerra de preços entre elas e, consequentemente, pelo enfraquecimento de alguns participantes. Entretanto, com a pandemia, houve uma drástica redução na demanda dos serviços prestados por empresas aéreas devido ao fechamento de fronteiras e às medidas de distanciamento social. Com isso, a competição passou a ser encarada como uma preocupação secundária, uma vez que essas empresas passaram a lutar, sobretudo, pela sobrevivência a um período incerto de crise, resultando em mudanças de estratégia. Com isso, há uma tendência a redução da rivalidade, visto que a competição deixou de ser o foco principal.

Além disso, o segmento de companhias aéreas é marcado pelo baixo potencial de novos entrantes, tendo em vista que existem inúmeras barreiras de entradas relativas a fatores como:

 volume elevado de capital necessário para conseguir aviões e para ter acesso a operar em determinadas rotas usando certos aeroportos;

 alto grau de conhecimento técnico necessário para atuar no setor;

 necessidade de concessões ligadas às regulamentações governamentais de difícil obtenção para atuar nessa indústria.

Nesse sentido, a decisão do entrante tende a ser influenciada por aspectos como a rentabilidade e os custos de entrada e saída que já eram aspectos pouco motivadores nesse setor antes da pandemia. A tendência, portanto, é que esses fatores sejam ainda menos atrativos por um significativo período de tempo, especialmente a rentabilidade que sofre muito com a queda da demanda, uma vez que as companhias aéreas possuem custos fixos muito elevados.

Já o poder de barganha dos consumidores é alto, tendo em vista que a forte concorrência entre as companhias aéreas estimulou o surgimento de diversas agências e sites de viagens que buscam apresentar para os consumidores os menores preços, tornando a indústria de aviação ainda menos atrativa. Com isso, para se diferenciar, além dos programas de fidelidade já existentes, é provável que após a pandemia algumas companhias aproveitem o surgimento de novas tecnologias, passando a investir, por exemplo, na implementação da tecnologia de inteligência artificial como uma ferramenta capaz de garantir uma experiência mais segura e uma comunicação mais proativa com o cliente. Além disso, muitas empresas aéreas correm o risco de realizarem fusão para tentar sobreviver, enquanto outras irão desaparecer, encerrando suas atividades como aconteceu com cerca de 30 empresas aéreas em 2020 segundo a consultoria Capa. Com isso, a tendência é que o consumidor possua menos escolhas, o que geralmente se traduz em um preço maior e uma menor capacidade de negociação.

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