A LIDERANÇA NO SÉCULO XXI: UM DESAFIO PARA AS ORGANIZAÇÕES

         UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ[pic 1]

DIEGO HENRIQUE DIAS AGOSTINO

LIDERANÇA NO SÉCULO XXI: UM DESAFIO PARA AS ORGANIZAÇÕES

Artigo científico apresentado como trabalho de conclusão de curso à Universidade Estácio de Sá, em cumprimento de exigência parcial para formação na Pós Graduação em Liderança e Coaching.

ORIENTADORA: ADRIANA DE SOUZA CARVALHO

Rio de Janeiro, RJ

2019

LIDERANÇA NO SÉCULO XXI: UM DESAFIO PARA AS ORGANIZAÇÕES

Diego Henrique Dias Agostino^[1]

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RESUMO

O presente artigo tem como objetivo elucidar os desafios que um líder organizacional possui nos dias atuais, face ao contexto das constantes mudanças do ambiente interno e externo nas empresas do século XXI. Circunscrito nessa ideia, tendo como parâmetro a concepção dos conceitos liderança, apresenta o histórico do papel dos líderes no decorrer dos anos e suas habilidades exercidas. Para corroborar essa concepção, essa pesquisa observa as responsabilidades dos líderes nas mudanças das empresas e discorre sobre as tendências e necessidades que o mercado provoca para com esse profissional. Conclui ressaltando a importância dos líderes no direcionamento das equipes ao alcance das metas organizacionais.

Palavras-chave: Liderança. Coaching.  Pessoas.

 

1 INTRODUÇÃO

        No decorrer dos anos, uma exigência cada vez maior por um desenvolvimento mais profundo dos profissionais vem surgindo e todo esse processo é marcado pelas sucessivas mudanças do ambiente organizacional. Essa exigência tornou-se uma preocupação maior dos líderes das organizações, pois esses profissionais sentem uma necessidade de potencializar cada vez mais o seu desempenho profissional (DUTRA, 2007).

        As transformações criadas pelas mudanças do ambiente organizacional especificam as ações dos líderes como a inevitabilidade de sucessivas atualizações profissionais, o aprimoramento em áreas cada vez mais específicas, estudos comportamentais e técnicos, que tem como objetivo atingir a eficácia de suas tomadas de decisões (FERREIRA, 2008).         

        Ao contextualizar historicamente a concepção de liderança, situamos todas essas transformações criadas no ambiente organizacional no decorrer dos anos e ilustramos de forma mais precisa o atual papel do líder dentro das empresas.

        Esta pesquisa objetivou, principalmente, apresentar a relevância dos líderes diante da vulnerabilidade das organizações perante um cenário mercadológico extremamente competitivo. Os objetivos específicos foram: analisar o valor da liderança dentro das empresas; apresentar as funções que os líderes possuem como forma de incentivo as suas equipes; e elucidar como o líder tem influência direta no sucesso de uma organização.

        Perante esses objetivos propostos, tencionou-se responder a seguinte indagação: de que forma os líderes podem ser utilizados como instrumento de sucesso para as empresas do século XXI?

        A significância cientifica para a elaboração desse trabalho parte do pretexto de se esclarecer qual o papel exercido pelos líderes e quais são os objetivos que esses profissionais possuem ao exercer suas funções. Através de uma abordagem de caráter dedutivo e através de uma pesquisa explicativa, adotou-se o procedimento histórico e a aplicação de críticas cabíveis no estudo sobre a importância da liderança na vantagem competitiva dentro do mercado.

        Para esse artigo, tencionou-se apresentar a indispensabilidade do líder como instrumento de vantagem competitiva para se atingir o sucesso empresarial e como esse profissional tem influencia direta no desempenho das equipes de uma organização. Como consequência, serão elucidadas as diversas funções dos líderes empresariais como forma de corroborar a sua importância.

        Circunscrito nesse contexto, serão utilizados no presente artigo pesquisadores renomados na área de liderança e coaching como Chiavenato, Fleming e Bez Batti e Guimarães com o propósito de construir uma pesquisa fidedigna e que comprove a relevância dos líderes no sucesso empresarial.

2 CONTEXTUALIZAÇÃO DE LIDERANÇA

2.1 Conceitos de liderança

        O assunto liderança está em voga tanto pelos indivíduos que são  dirigidos quanto pelos que dirigem.  Em 1961, Prentice especificava que

 Liderança é a realização de uma meta por meio da direção de colaboradores humanos. O homem que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades específicas é um líder. Um grande líder é aquele que tem essa capacidade dia após dia, ano após ano, numa grande variedade de situações (PRENTICE, 1961, p. 53).

        Em 1978, Hollander (1978, p. 5 apud BERGAMINI, 1994, p. 103) abrangia o processo de liderança explicando que “envolve um relacionamento de influência em duplo sentido, orientado principalmente para o atendimento de objetivos mútuos, tais como aqueles de um grupo, organização ou sociedade”. O autor ainda ressalta que a liderança “não é apenas o cargo do líder, mas também requer esforços de cooperação por parte de outras pessoas) (HOLLANDER, 1978, p. 5 apud BERGAMINI, 1994, p. 103).

        Bergamini (1994) explica que o conceito do que venha a ser liderança, na década de 90, assumia uma idealização de “dom”, onde se conotava a ideia de que o individuo que era líder tinha um “poder” em atrair e conquistar outras pessoas. O autor ainda explica que a “imaginação daqueles que se envolveram com o assunto” atiçou a curiosidade dos mais diversos pesquisadores e fez com que o tema fosse “investigado a partir dos mais diferentes enfoques, trazendo à luz do conhecimento da ciência comportamental as mais variadas inferências” (BERGAMINI, 1994, p. 103).

Não é de se estranhar, portanto, que a palavra “liderança” reflita conceitos aparentemente diferentes para diferentes pessoas. Os pesquisadores passam, assim, a definir liderança partindo de uma perspectiva individual, ressaltando aquele aspecto do fenômeno que lhes pareça mais significativo. Devido ao grande interesse despertado pelo tema liderança, nota-se [...] o aparecimento de incontáveis conceitos emitidos pelos pesquisadores em comportamento organizacional, o que permite afirmar que assim como o amor, a liderança continuou a ser algo que todos sabiam que existia, mas ninguém podia definir (BERGAMINI,1994, p. 103).