A FORMAÇÃO DOCENTE PARA O SÉCULO XXI: DESAFIOS DA CONTEMPORANEIDADE

FORMAÇÃO DOCENTE PARA O SÉCULO XXI: DESAFIOS DA COMTEMPORANEIDADE  

FERNANDA CARLOTO GAVA

RESUMO

O presente texto tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre os desafios do professor na educação que almejamos para o século XXI. Muitas são as imposições que adentram o cenário educativo, mobilizadas pelas mudanças culturais, econômicas, sociais e tecnológicas. O educador hoje precisa ser um pesquisador em potencial, adotando postura positiva em relação às mudanças paradigmáticas e assumindo compromisso com a formação dos alunos e com o desenvolvimento de atividades que atendam às necessidades da realidade atual. Dessa forma, busca inovar sempre o processo de ensino, já que a prática docente precisa atingir níveis de qualidade e motivação cada vez mais desafiadores.

Palavras-chave: Formação, Educador, Desafios, Prática.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo estudar quais os desafios para a formação do docente no século XXI, para alcançá-lo, busca-se entender o que é ser professor, a maneira que esse profissional é observado pela sociedade atual; perceber o papel e as contribuições do professor dentro e fora do estabelecimento de ensino; e, por fim, busca-se verificar os desafios da profissão.

A educação é um direito constitucional, como um passaporte para a cidadania. No Brasil podemos alegar que garantimos o acesso, conquanto à garantia de qualidade e eficiência ainda temos um longo caminho a percorrer. Tende a ser percebida como uma ação que foi sendo modificada historicamente, mudando com as inovações e tendências.

Ao educador é atribuído a proporcionar e incentivar o aprendizado, atuar como um atenuador da aprendizagem fazendo com que os alunos se sejam sujeitos pensantes. Dessa forma se encontram em uma responsabilidade imensa, pois ele é um espelho para os alunos, devendo ajudá-los a superar o obscurantismo e esta se dará partindo de uma prática docente voltada para um conhecimento significativo.

Muitas são as questões que se colocam para a educação do século XXI, para o educador e em consequência para sua formação. O cenário social vigente implica um perfil de educador que seja capaz de conciliar conhecimentos teóricos e práticos de forma que estabeleça e envolva os alunos para uma aprendizagem relevante, levando em conta as especificidades de uma sala de aula de modo a apreciar as necessidades individuais de seu alunado.

2 DESAFIOS PARA A DOCÊNCIA CONTEMPORÂNEA

A educação no atual cenário vem percorrendo circunstancias de grandes desafios e imprecisões. O século XX sobressaiu pelo discurso da popularização do acesso à Educação Básica, bastante debatida na perspectiva mundial. Visto que no século XXI reparamos uma exposição do educador como centro das atenções e em decorrência sua formação. Para COSME, A (2017) Não estamos perante uma discussão e uma reflexão fáceis de realizar, ainda que devamos reconhecer que esta é uma discussão tão pertinente quanto obrigatória.

Segundo LIBÂNEO (2012) a escola tem um papel insubstituível quando se trata de preparação das novas gerações para enfrentamento das exigências postas pela sociedade moderna ou pós-industrial, como dizem outros. Por sua vez, os fortalecimentos das lutas sociais, a conquista da cidadania, dependem de ampliar, cada vez mais, o número de pessoas que possam participar das decisões primordiais que dizem respeito aos seus interesses.

Essas novas exigências obrigatórias a nossa atual realidade contemporânea e as novas indispensabilidade de formação de profissionais que incluam aprender a lidar com um mundo em constantes mudanças, levam os governos a cogitar, reformas educacionais que buscam colocar o sistema educacional e as novas demandas de formação em concordância.

As carreiras profissionais se apresentavam até algum tempo atrás com o perfil do profissional bem definido, com um currículo onde as disciplinas se responsabilizavam pelos conteúdos exigidos, que por sua vez aliados às práticas profissionais e estágios realizados garantiam a formação profissional. E a ação docente respondia em todos os semestres repetidamente por essas atividades. . Atualmente, outras são as necessidades que a sociedade apresenta às profissões e novos perfis profissionais são exigidos. (MASETTO, 2015, p.783).

Essa fixação demandada dos cursos de formação com a realidade vigente impõe uma aflição quanto aos ajustes desses cursos enquanto capazes de formar profissionais capacitados, informados, inovadores e competentes para atuar num mercado cada vez mais inflexível e concorrente. Os desafios apontam para uma formação profissional que se construa a partir de ambientes profissionais reais ou simulados que permitam conhecer essas novas modalidades profissionais em suas realidades, integrando essas experiências com as informações e teorias que podem explicar os fenômenos ou mesmo fundamentar o modo de realizar essas profissões. (MASETTO, 2015, p.789).

Deste modo, o conhecimento precisa ser indagado de forma que todos percebam e possam executar na realidade cotidiana, possibilitando melhoria nas condições de vida e extensão de projetos. Detectando ai o ponto crucial, pois para atender esse desafio, precisamos de profissionais preparados para atuar, nesta realidade complexa que é uma sala de aula.

A reflexividade docente assume-se, assim, como uma particularidade daqueles professores que, em primeiro lugar, reconhecem que, apesar de toda a sua sabedoria, da sua experiência e dos seus esforços jamais serão capazes de prever e de programar quaisquer sequências de aprendizagem por meio das quais se antecipe e preveja a resistência dos alunos a aprender, “uma resistência, por definição imprevisível, do aluno que recusa, ignora, contesta, rejeita o que lhe é proposto” (COSME. A, 2017, p.766).