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Bullying: Um Desafio para o Século XXI Escolas

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Por:   •  26/10/2013  •  Projeto de pesquisa  •  4.796 Palavras (20 Páginas)  •  672 Visualizações

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Bullying: Um Desafio às Escolas do Século XXI

Por: ANDRÉ PROFIRO NUNES

INTRODUÇÃO

Devido os grandes casos de violência escolar registrados nos últimos anos, e segundo estatísticas, os jovens entre 10 e 21 anos, estão entre os que mais matam e morrem no mundo. Foram uns dos vários fatos, que incentivou a construção deste artigo.

Podemos observar, que a faixa etária a qual esses jovens se encontram, é durante sua vida escolar, ou seja, grande parte das práticas de bullying ocorre no ambiente escolar. O bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou moral, intencionais e repetidos, praticados por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.

Quem nunca foi ridicularizado por um colega ou ridicularizou alguém na escola ou foi vítima de fofocas, apelidos, empurrões, risadinhas, entre outros.

É sobre esta prática, que muitas vezes é confundida com “brincadeiras”, que iremos tratar neste artigo. Um fenômeno que está deixando as escolas vulneráveis por falta de apoio das famílias dos alunos, e de todo comunidade escolar, que não está preparada, ou não conseguem ver as práticas de bullying.

Muitos são os fatores que fazem uma pessoa a praticar o bullyng, e veremos que, não é apenas um caso isolado dentro das escolas, mas uma questão de saúde pública que atinge todas as classes sociais e níveis econômicos. Muitas vezes o aluno que pratica o bullyng, é alvo de violência verbal ou física dentro da sua própria casa, ou quer se sentir poderoso – humilhar outros para esconder suas falhas – e obter uma boa imagens de si mesmo.

Existem ainda, aqueles que são expectadores do bullying. Estes são testemunhas das práticas, que muitas vezes não fazem nada para ajudar seus colegas, pois temem sofrerem as mesmas depreciações.

E por fim, a vítima do bullying. Este por sua vez, dependendo do seu estado emocional, pode chegar a cometer suicídio. Alguns até concordam com a agressão – se sou gordo, por que vou dizer o contrário? Aqueles que conseguem reagir pode alternar momentos de ansiedade e agressividade. Para mostrar que não são covardes ou quando percebem que seus agressores ficaram impunes, os alvos podem escolher outras pessoas mais indefesas e passam a provocá-las, tornando-as alvo e agressor ao mesmo tempo. Muitas vezes pedem transferência para outra escola, ou ficam com medo de voltar e param de estudar.

Enfim, a escola deve desempenhar um papel muito importante no combate ao bullying, pois ele é ocorre de diversas formas como o cyberbullying via internt, e varia de acordo com os sexos. A escola neste momento, não só como órgão educacional, mas como extensão da família das vítimas de bullying, deve elaborar programas de reabilitação e combate às práticas de violência escolar; orientar professores e comunidade escolar para prevenir determinadas práticas, e saber lidar com as vítimas do bullying.

Iremos perceber que a prevenção do bullyng entre estudantes constitui-se em uma necessária medida de saúde pública, capaz de possibilitar o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes, habilitando-os a uma convivência social sadia e segura.

1. ORIGEM DO BULLYING

O bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou moral, intencionais e repetidos, praticados por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.

Devido ao fato de ser um fenômeno que só recentemente ganhou mais atenção, o assédio escolar ainda não possui um termo específico consensual, sendo o termo em inglês bullying constantemente utilizado pela mídia.

O bullying começou a ser pesquisado entre 10 e 20 anos na Europa, quando se descobriu o que estava por trás de muitas tentativas de suicídio entre adolescente. Sem receber a atenção da escola ou dos pais, que geralmente achavam as ofensas “bobas”, a criança recorria a uma medida desesperada. Na atualidade, é um tema que vem despertando cada vez mais o interesse de profissional da área da educação.

Todos os dias, crianças e adolescentes sofrem algum tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeiras”. Pesquisados afirmam, que estes comportamentos, há pouco considerados inofensivos, podem causar sérias conseqüências ao desenvolvimento psicológico dos alunos, gerando desde queda na auto-estima, até em casos mais extremos, o suicídio.

Segundo especialistas, o bullyng pode ocorrer em qualquer contexto social, como em universidades, escolas, famílias, vizinhança e locais de trabalho. Um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.

Um estudo da Abrapia demonstra que não há diferenças significativas entre as escolas avaliadas e os dados internacionais. A grande surpresa foi o fato de que aqui os estudantes identificaram a sala de aula como o local de maior incidência desse tipo de violência, enquanto, em outros países, ele ocorre principalmente fora da sala de aula, no horário do recreio.

1.1. O assédio escolar

No Brasil, uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou Brasília como a capital do bullying. Segundo o estudo, 35,6% dos estudantes entrevistados disseram serem vítimas constantes da agressão. Belo horizonte, em segundo lugar com 35,3% e Curitiba, em terceiro lugar com 35,2%, foram, junto com Brasília, as capitais com maior freqüência de estudantes que declaram ter sofrido bullying alguma vez.

Ainda, segundo a pesquisa do IBGE, em Brasília, o maior número de casos ocorreu nas escolas particulares: 35,9%, contra 26,2% dos estudantes nas escolas públicas e que o bullying é mais freqüente entre os estudantes do sexo masculino (32,6%) do que entre os escolares do sexo feminino (28,3%).

O bullying compreende comportamentos com diversos níveis de violência que vão desde chateações inoportunas ou hostis até fatos agressivos, sob formas verbais ou não, intencionais e repetidas, sem motivação aparente, provocado por um ou mais estudantes em relação a outros, causando dor, angústia, exclusão, humilhação e discriminação.

Não é difícil encontrar exemplos de casos em que esse tipo de violência tenha acarretado conseqüências graves no Brasil. Mostrarei dois casos de bullying que achei ser oportuno.

1º - Cidade: Rio de Janeiro; escola não informada; ano 2008. Caso: há 15 dias o aluno “X” “valentão”, da 6ª série tentou atrapalhar o jogo de vôlei das alunas. Meu filho não permitiu que ele “travasse a bola”. Nisso,

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