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A Teoria da Burocracia de Max Weber

Por:   •  11/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.336 Palavras (10 Páginas)  •  1.207 Visualizações

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Como o conceito de burocracia é alterado pelas revistas de negócios

Introdução: 
O artigo revisa a literatura sobre os temas da relação a burocracia e como não é vista da forma correta, analisando alguns artigos e revistas de negócio. Que destorcem o real sentido de burocracia que na produção weberiana é sinônimo de eficiência, autoridade, hierarquia e divisão de trabalho, formalidade, especialização de funcionários. E como esse tipo de revista vez a popularização do conceito errado. E que alguns processos do governo que possuem excesso de etapas para alguns cria o conflito sobre a burocracia. 








Referencial Teórico: 
A Teoria da Burocracia de Max Weber é uma das principais teorias da administração. A teoria Weber é uma espécie de organização humana baseada na racionalidade, os meios devem ser analisados e estabelecidos de maneira totalmente formal e impessoal, a fim de alcançar os objetivos pretendidos. Dessa forma, na teoria burocrática há grande ênfase na eficiência. As relações burocráticas são tipicamente autoritárias e hierárquicas. Os subordinados aceitam as ordens de seus superiores por acharem a ideia de que as ordens estão amparadas por normas e preceitos legais. Dessa maneira, a obediência não deriva de nenhuma pessoa em si, mas sim do conjunto de normas e regulamentos criados e aceitos por todos. No senso comum, a burocracia é vista geralmente sob uma ótica pejorativa. Quando se fala em burocracia, normalmente associa-se a ideia de grande acumulo de papeis documentais e de procedimentos vistos quase sempre como desnecessários.  

Para Max Weber o conceito é completamente diverso. A burocracia prima pela total eficiência da organização e, para que se alcance a eficiência, todos os detalhes formais devem ser vistos com antecedência, a fim de que não existam interferências pessoais que acabem por atrapalhar o processo. Mas os processos formais devem ser divididos no trabalho para que todos que possuem as  funções que sejam específicas e com competência e saber qual posição realiza em relação ao trabalho.

A burocracia vem perdendo o sentido da palavra ,  as revistas de negócios vem alterando o real sentido e com isso grande parte das pessoas continuam usando a burocracia da forma incorreta. Mas em resumo a burocracia é um sistema que busca organizar de forma estável e de longo prazo e com a cooperação de indivíduos com funções especializadas, e organizar o comportamento humano por meio de hierarquia e autoridade.

O Programa Nacional de Desburocratização adotou explicitamente o conceito negativo de burocracia. Essa posição, segundo a qual a burocracia é comparada a papelório, repetições inúteis e descabidas de procedimentos, rotinas intrinca-das e sem finalidade, é defendida principalmente por seguidores do ensamento de Karl Marx, mas autores de formação não-marxista esposam o mesmo ponto de vista. Aliás, a idéia de que a burocracia é responsável pela deterioração daqualidade de vida dos seus clientes é tão empolgante que encontra crédito fácil em todas as camadas da população, e, com isso, muitas vezes razões reais dei-xam de ser levadas em conta. (Wilson Pizza Junior – Burocracia(s) e (des)burocratização)

Mas seria administração que estaria falhando ao induzir para pessoas sem o real conhecimento que burocracia é algo ruim?

Tendencialmente, a administração burocrática é sempre uma administração que exclui o público” (Weber, 1999:225). Um maior controle político. Contudo, há críticas extremamente importantes nas observações formuladas por autores que visualizam a burocracia de forma negativa, e a mais marcante dentre elas talvez seja a denúncia do verdadeiro poder paralelo que pode desen-volver a burocracia sempre que enfocada do ponto de vista positivo, passando a adquirir na sociedade uma importância que transfere para os seus manipula-dores real capacidade de exercer influência. (Etzioni, Amitai. Organizações complexas).

 A burocracia brasileira pode ser irritante até nos mínimos detalhes. Recentemente, Guilherme Bertani, diretor comercial da fabricante de metais sanitários Docol, de Joinville, precisou ir a uma unidade da Receita Federal entregar um formulário para obter a senha de acesso ao sistema eletrônico no qual as empresas registram as operações de importação e exportação. Ao receber o documento, o Fisco identificou o que considera ser uma irregularidade. Bertani marcou com um X maiúsculo alguns campos que precisavam ser selecionados. Noutros, ele usou a mesma letra, só que minúscula. "Disseram-me que a falta de padronização é considerada rasura", diz. Bertani teve de retornar dias depois com una novo formulário.

Outro autor de revista destaca. Uma estrutura social, racionalmente organizada, envolve padrões de atividade claramente definidos, nos quais, segundo a maneira ideal, cada série ou conjunto de ações está funcionalmente relacionado com os propósitos da organização. (Merton, Robert K Atlas, 1967. p. 57).

interferência do estado.

O Estado é, portanto, uma organização burocrática que tem, de acordo com Motta (1994), os seguintes elementos constitutivos: uma elite política, que geralmente se confunde com a classe dominante e nela se recruta; um corpo de funcionários hierarquicamente organizados, que se ocupa da administração; uma força pública, que se destina não apenas a defender o país contra o inimigo externo,mas, principalmente, a manter a ordem vigente interna.

Os políticos, por sua vez, delegam parte desse poder para a burocracia, e por isso precisam, da mesma forma, impedir abusos e garantir o controle sobre a atuação dessa burocracia.

Os políticos precisam garantir a supremacia sobre os burocratas, ou seja, garantir que a burocracia respeite e acate a definição sobre políticas públicas dos políticos; do contrário, o princípio democrático deixa de ser respeitado. O controle dos políticos sobre a burocracia também se exerce através da legislação, pela qual se definem os rumos das políticas públicas a serem executadas pela burocracia. Esse poder também é concentrado no Executivo brasileiro, que detém grande poder de iniciativa legislativa, como já vimos,além do poder de decreto (emitir decretos com força de lei: as medidas provisórias). Sabe-se que a negociação em torno da aprovação das leis é feita pre-ponderantemente caso a caso, ou seja, não há acordos prévios e amplos sobre uma agenda mínima a ser implementada pelo governo e por sua coalizão, de tal forma que o Executivo tem de negociar constantemente com sua base de apoio parlamentar. (Cecilia Olivieri O controle político sobre a burocracia).

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