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A Verificação Suplementar Gestão Estratégica

Por:   •  9/1/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.301 Palavras (6 Páginas)  •  159 Visualizações

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avaliação suplementar

Disciplina: Gestão Estratégica

Aluna: Aline Fernanda de Queiroz

Turma: 1021-1_27

Matriz de resposta

O presente material tem como objetivo analisar o aumento de restaurantes dark kitchens e o delivery nos últimos anos. Conforme matéria apresentada pela Folha de S. Paulo, esse modelo estava em um claro crescimento no final de 2019, sendo, não só uma tendência de negócio, mas um mercado já consolidado. Além disso, precisamos considerar que os hábitos de consumo da população estão em processo de mudança, muitos já buscavam a praticidade de pedir uma refeição por aplicativo ou no conceito to go, como forma de ganhar tempo ou não precisar esperar uma mesa em um restaurante. Tudo isso foi impulsionado pela pandemia de Covid-19, com as pessoas migraram o para o home office e ae fechamento do comércio. Conforme citado por CAMARGO (2020), metade dos negócios atendidos pelo SEBRAE possuem opção de delivery e 12% seguem o modelo de dark kitchen.

No cenário com as variáveis no macroambiente, o armazenamento e espaço físico são pontos importantes, pois como estamos falando de empreendimentos que não possuem grande espaço para a armazenar estoque é indispensável trabalhar com uma reposição com periodicidade menor.

Os componentes social e cultural também devem ser levados em consideração, ao investir em um modelo focado em delivery, é imprescindível entender a região e o público, ou seja, se o cliente possui acesso aos aplicativos de entregas; se o valor cobrado é compatível ao ticket médio do cliente e o raio de entrega, pensando que o alimento perde a temperatura necessária para consumo. Outra variável é a questão econômica. Um empreendimento dentro do formato dark kitchen é uma boa opção para quem não possui verba ou busca redução de custo em relação a equipe de atendimento, sem a necessidade garçons e a entrega é realizada por serviços de aplicativos, sem vínculo empregatício. Por outro lado, é imprescindível entender o valor destinado ao aplicativo, posto que em alguns casos, pode ser cobrado até 30% sob cada entrega.

Com base nas cinco forças competitivas de Porter, podemos contextualizar que a rivalidade entre os concorrentes é muito grande em várias etapas do processo. A primeira é a quantidade de aplicativos existentes para cadastro, porém existe um monopólio entre três empresas: Ifood, Rappi e Uber Eats. Somente o Ifood é responsável por 70% desse mercado. Além disso, dentro dos aplicativos existem inúmeras empresas que atuam com o mesmo segmento culinário. Em uma analógia, o aplicativo se torna um shopping, e os negócios, as vitrines de loja, que precisam de um diferencial ou atrativo para a chamar a atenção do cliente.

O mercado e o consumo do cliente, estão em constante mudanças, um exemplo sobre isso é que em duas décadas a forma como o delivery era realizado mudou completamente, fazendo com que a experiência do cliente seja parte importante do processo, ou seja, diferenciais na entrega do produto é uma chave poderosa para fidelizar a clientela.

Em um mundo globalizado, mudanças acontecem de maneira muito rápida e novos concorrentes sempre serão uma ameça real e essa modalidade vem despertando a atenção de grandes players do service food, que durante a pandemia, viram nessa atuação uma forma de expandir, como BK Brasil que aderiu ao formato, conforme descrito por MARTINS (2021) “a BK Brasil, companhia que opera as marcas de fast food Burger King e Popeye, escolheu o país para abrir a primeira ghost kitchen das duas redes no mundo.” Outro exemplo é o casal de chefs Jefferson e Janaína Rueda, da Casa do Porco, Bar da Dona Onça, Sorveteria do Centro e Hot Pork, todos os empreendimentos localizados no centro de São Paulo, capital. Em 2020, o casal investiu em um local focado para a produção dos pedidos realizados por aplicativo, com o conceito chamado #CPF – Caixa Prato Feito –, um modelo de delivery de alguns dos pratos servidos nos restaurantes.

Com base nos casos citados, percebemos que o modelo de negócio dispertou o interesse de grandes empresas do segmento, que não só estão aderindo ao formato, mas inovando. Isso, claramente impacta o mercado, o relacionamento com o cliente, mas principalmente, micro e pequenos empreendimentos, que agora passam a concorrem com empresas nacionais e multinacionais.

Outro ponto de atenção são os clientes, que tem grande variedade de escolha e a oportunidade de avaliação, ou seja, sua capacidade de negociar ocorre através da busca por restaurantes concorrentes, assim como, evitar de comprar nos mal avaliados. Isso faz com que as empresas estejam sempre em busca de um preço competitivo e uma experiência positiva com os clientes.  

Já a relação com os fornecedores de aplicativos existe uma relação sem muita margem de conversa ou possibilidade de diálogo, por isso, muito cobram taxas abusivas dos restaurantes, que acabam repassando o valor ao cliente. Outro ponto é a negociação com os fornecedores de matéria-prima, visto que quanto menor a quantidade adiquirida, maior o valor investido por unidade. Isso requer que o negócio possua um bom relacionamento e uma cartela de fornecedores ampla para atendê-lo com possibilidade de negociação de valores e com a possibilidade de reposição rápida.

Já como os fatores críticos de sucesso, podemos considerar que é importante o reconhecimento sobre o mercado e o empreendedor precisa entender que o modelo de dark kitchen está em um hype, porém, tendências de mercado mudam, sendo considerável manter-se atualizado sobre novidades e diferenciais no mercado. Também precisamos desenvolver habilidades técnicas e quais os riscos existentes dentro desse formato.

Outro ponto de suma importância é a qualidade no desenvolvimento dos produtos, às vezes, é preferível ter um carpádio reduzido, mas com a garantia na qualidade e produção, do que uma oferta muito grande e ser insuficiente ou incapaz de entregar um produto de qualidade. O cliente está cada vez mais exigente em relação a experiência com o produto. Também devemos considerar a logística e tempo de entrega. O delivery é muito mais do que colocar a comida dentro de um pacote e enviar para o consumidor, o negócio precisa estar preparado e saber qual é o tempo médio para a produção dos alimentos, pensar em embalagens adequadas para o transporte e como o alimento vai ser entregue. São os pequenos detalhes que fazem a diferença!  

O investimento na divulgação por meio de mídias online é de extrema importância, assim o negócio pode ganhar maior visibilidade e, consequentemente, mais clientes. A propaganda é a alma do negócio. Ter um perfil nas redes sociais que possa mostrar os produtos e gerar uma interação com o público-alvo é essencial, além de ser um canal para a divulgação dos aplicativos que o empreendimento possui.

Por fim, com base na análise apresentada, podemos afirmar que o sistema de delivery e o conceito de dark kitchen passaram de tendência e ganharam o um espaço consolidado no mercado. Atualmente é uma opção para muito micro e pequenos empreendedores, assim como, para grandes players do service food, que viram nessa modalidade uma forma de expandir a atuação dos negócios. É importante considerar que a pandemia de Covid-19 impulsionou esse segmento de forma meteórica devido as restrições e fechamento de comércios. Apesar do crescimento e de dados apontarem que esse formato ainda continuará em alta em 2022, é importante lembrar que o mercado passa por ondas e provavelmente após o hype, esse modelo de negócio tente a se normalizar, além disso, é preciso levar em conta que os hábitos geracionais influenciam em novos movimentos no mercado, transformando e readequando as necessidades dos clientes.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

CAMARGO, Flora. Mercado de delivery cresce no Brasil: serviço ganha mais espaço com o coronavírus. 2020. ENGEFOOD. Disponível em: https://engefood.com.br/mercado-de-delivery-cresce-no-brasil-servico-ganha-mais-espaco-com-o-coronavirus/ Acesso em: 20/11/2021 às 20h54.

AMÉRICO, Juliana. Dark Kitchen: conheça o modelo de restaurantes que vio para ficar. VOCÊ S/A. 2021. Disponível em: https://vocesa.abril.com.br/empreendedorismo/dark-kitchen-conheca-o-modelo-de-restaurantes-que-veio-para-ficar/ Acesso em:23/11/2021 às 21h06

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