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Algumas Considerações sobre o Desenvolvimento Organizacional

Por:   •  10/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  957 Palavras (4 Páginas)  •  184 Visualizações

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PRESTES MOTTA, Fernando C. Algumas Considerações sobre o Desenvolvimento Organizacional. Revista de Administração de Empresas, v.12, n.2, 1972.

O autor inicia sua ênfase analisando de forma histórica o desenvolvimento da administração, afirmando que não é de uma hora para outra que ocorre este desenvolvimento, mas sim com a progressão de estudos sobre o comportamento humano nas organizações, e a operacionalização destes conceitos. No decorrer dos anos houve mudanças ao nosso meio sobre diversos fatores, inclusive a mudança na microestrutura da organização que se tornou essencial para sua sobrevivência e desenvolvimento econômico, social e político. A mudança organizacional é abordada pelo autor como um conjunto de alterações no ambiente de trabalho de uma organização, e o desenvolvimento organizacional seria a realização desta mudança de forma planejada. São contempladas neste ambiente as alterações estruturais e comportamentais visando o crescimento e a eficiência organizacional. As estruturas organizacionais eram baseadas no tipo racional burocrático proposto por Weber, no entanto tornou-se inadequada devida à dificuldade de concentrar todo o conhecimento especializado de um determinado setor a um único funcionário. Tendo essa dificuldade e ainda outras, foram evoluindo mudanças estruturais com o objetivo de subdividir funções (estrutura linha-estafe), porém com mais influência e poder (estrutura funcional). O grande ponto negativo das estruturas burocráticas é que se baseiam na “racionalidade econômica”, onde o desenvolvimento pessoal e a criatividade não são relevantes, e uma série de outros fatores como, por exemplo, a dificuldade de comunicação devida às divisões hierárquicas, e também a transformação do indivíduo em um ser totalmente condicionado psicologicamente. No processo de escolha do tipo de estrutura certa para a organização, de fato a tecnologia utilizada pela mesma é uma condicionante importante para o auxilio em atingir seus objetivos e administrar também seus recursos. No que diz respeito às alterações comportamentais, são tratadas a partir do momento em que a organização adequa sua estrutura e tecnologia, porém não atinge os resultados esperados ou que haja a necessidade de adaptação do pessoal quanto às alterações estruturais. Em suma, as alterações comportamentais são realizadas para tornar dinâmica a estrutura utilizada uma vez que a eficiência de uma organização é determinada principalmente pelas pessoas.

MOTTA, Paulo R. Transformação organizacional: a teoria e a prática de inovar. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998.

O autor trata dos principais paradigmas existentes quando se fala em mudança organizacional, abordando suas implicações práticas também. A mudança, enquanto compromisso ideológico ocorre quando se altera a maneira das pessoas pensarem, implantando novos valores ou reestruturando os valores já existentes criando assim, através de novas ideias coerentes, novas verdades para a organização. Através do imperativo ambiental, a mudança é imposta como uma necessidade provocada pelo ambiente organizacional. Neste sentido, as mudanças só ocorrem a partir do conhecimento da realidade organizacional, e consistem em adaptar a organização à novos caminhos que serão possíveis através da evolução natural do ambiente existente. A mudança como uma reinterpretação da realidade traz neste processo a participação direta e subjetiva do indivíduo no desenvolvimento de seus próprios valores. Nisto, dentro da realidade organizacional, o sujeito define diversas interpretações, sobre si mesmo, sobre dos outros a seu respeito e sobre a realidade administrativa em seu contexto, criando com isso comunicações intersubjetivas entre as pessoas, e o conhecimento é criado então a partir destas interações. A mudança como uma intenção social, tem por objetivo a alteração das relações sociais, rejeitando o estruturalismo da mudança como reinterpretação da realidade, enfatizando a ação individual. Neste caso, o conhecimento está no senso comum e no cotidiano das pessoas. Na mudança como transformação individual, o mesmo conhece apenas sua própria realidade e as propostas de mudança ocorrem na transformação interna do indivíduo. Neste caso, as mudanças morais e sociais não ocorrem, pois são mudanças fundamentadas no que seria bom para os outros. Os recursos emocionais e espirituais são valorizados.

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