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Análise de políticas e do planejamento estratégico situacional

Por:   •  3/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  900 Palavras (4 Páginas)  •  321 Visualizações

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Conforme conhecimento depreendidos, podemos afirmar que a análise de políticas e o planejamento estratégico situacional são consideradas as abordagens mais adequadas para a formação de gestores capazes de realizar as atividades de demandadas pela construção do “Estado Necessário”.

Conceitualmente falando, segundo Arrethe (2008), a Análise de políticas públicas:

visa realizar o exame da engenharia institucional e dos traços constitutivos do programa, que podem ser formulados e implementados de diversos modos. Busca reconstituir suas características de forma a apreendê-las em um todo coerente e compreensível, dando sentido e entendimento às ambiguidades, incoerências e incertezas presentes em todos os momentos e estágios da ação pública. Aproxima-se da avaliação de processos à medida que permite identificar os fatores facilitadores e os obstáculos que operam ao longo da implementação, sem preocupar-se diretamente com os resultados. Ainda que possa atribuir a um determinado desenho institucional alguns resultados prováveis, não almeja atribuir uma relação de causalidade entre o programa e um resultado.

Em razão da complexidade dos padrões de interação sociais envolvidos na formulação e na gestão das políticas públicas, os estudiosos dessas formas de ações coletivas organizadas têm procurado elaborar modelos e/ou referenciais analíticos capazes de capturar os elementos essenciais do processo de decisão que levaram a sua institucionalização. Para tais casos, desenvolveu-se o método de Planejamento Estratégico Situacional. Ele é flexível e se adapta às constantes mudanças da situação real. Para Mirian Belchior (2013. p. 31) no Planejamento Estratégico Situacional o que há é um jogo entre vários atores e a explicação é uma leitura dos dados e informações objetivos que expressam a realidade, a partir dos quais cada ator formula a sua própria interpretação, baseada em seus interesses e objetivos - a análise situacional. Nesse sentido, nas palavras de ITIRO (2011, p. 116):

o PES se assemelha a um jogo de xadrez, onde sempre se joga "contra" o outro. O mesmo é elaborado sob o ponto de vista de um dos jogadores (eu), que deve jogar com o '·outro'·. Cada jogada é precedida de uma análise situacional, para se buscar a jogada mais efetiva naquele momento. Esta efetividade vai depender não apenas da minha decisão, mas também da reação do outro. Este pode reagir de fonna inesperada e anular uma jogada que. aparentemente, era boa. Ou seja. o objeto do plano não é passivo e realiza também as suas próprias jogadas.

O problema de como se organizar politicamente, portanto, mira na implementação das escolhas e programas, de acordo com a perspectiva dos custos sociais e projeção de eficácia e efetividade das escolhas, que não seriam problemas desde que as burocraciasfossem obedientes e desde que não houvessem subversões dos objetivos originalmente definidos.

De acordo com ROCHA (2012), as precondições lógicas para a perfeita implementação são inalcançáveis, e a existência de circunstâncias externas que afetam as políticas (fatores políticos ou naturais) como a questão do tempo e dos recursos disponíveis, a validade ou não da teoria que fundamentam a formulação da política, a interdependência entre agências responsáveis pela implementação, faz surgir e aumentar a necessidade da análise de políticas e do planejamento estratégico situacional, partindo-se do pressuposto de um déficit de implementação.

Pode-se dizer que esse pensamento se constitui como uma visão realista sobre as políticas na medida em que afirma que nenhuma regra de implementação é autoexecutável. Todas elas são passíveis de interpretação e, por essa razão, possibilita a tomada de decisão em outros níveis.

        Nesse sentido, entendemos que a questão das escolhas coletivas no quadro paradigmático da escolha racional. Porém, esse conjunto de hipótese que forma o núcleo duro do modelo da escolha racional gera uma série de problemas e questões analíticas. Para superar esses problemas, segundo Capella (2015), o papel do governo é de maximizar o bem-estar social tendo em vista o conjunto de preferências individuais.

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