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O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL APLICADO À UMA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA

Por:   •  8/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.073 Palavras (13 Páginas)  •  259 Visualizações

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL APLICADO À UMA INTITUIÇAO RELIGIOSA

Trabalho Final apresentado à disciplina “Instrumentos de Planejamento e Gestão Pública e Social”

CÁSSIO SANTOS DA SILVA

RESUMO: O Planejamento Estratégico Situacional (PES) é um método desenvolvido por Carlos Matus que pretende uma superação do planejamento tradicional, tecnocrático e determinista, por um planejamento que leve em conta a complexidade dos problemas sociais, as relações entre atores e as mudanças de cenários. Usando, pois, das ferramentas do PES se desenvolveu um Plano de Ação, para a comunidade religiosa, entidade que apresentava dificuldades nos trabalhos de cunho social.

SÃO PAULO

02/2018

INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta a aplicação da metodologia desenvolvida por Carlos Matus, o Planejamento Estratégico Situacional (PES). A entidade escolhida foi uma pequena comunidade evangélica situada na cidade de Amélia Rodrigues, essa comunidade tinha o interesse de fazer alguns trabalhos sociais sem que tivesse de repetir as velhas praticas do proselitismo e do assistencialismo. Por tanto foi reunido um grupo com profissionais de varias áreas, uma estudante de  psicologia, um sociólogo, um teólogo que por muito tempo também jogou como profissional de futebol, uma técnica em enfermagem e um cabeleireiro.

Estes profissionais doaram além de seu tempo, seu carinho e sonho para que estes projetos saíssem do papel e criasse vida, os resultados de varias reuniões não podem ser mensurados. A comunidade deu um salto significativo na promoção da justiça e defesa dos direitos pela vida e poder promover esperança em corações que já tinham perdido a esperança, o Planejamento estratégico Situacional (PES) foi um desafio que no final de todo trabalho fez com que toda a equipe pudesse se sentir realizada em ter participado desse projeto. Depois de perceber os resultados imediatos, agora com o acompanhamento das atividades que estão em andamento só resta renovar a esperança e acreditar que é possível Planejar e ver as coisas acontecerem de forma construtiva.

II- O Planejamento Estratégico Situacional – PES aplicado ás Organizações Sociais e Populares.

A metodologia conhecida como Planejamento Estratégico Situacional (PES) surgiu na década de 1970, seu criador,ex-ministro de planejamento do governo Allende,  o  professor Carlos Matus. O (PES) tem seu desdobramento no intuito de ser o “resultado da busca de uma ferramenta de suporte, ao mesmo tempo cientifica e politica, para o trabalho cotidiano de dirigentes públicos e outros profissionais em situação de governo” (D. Renato, C. Paula, C. Greiner, 2016) cabe destacar a importância relevante que tem o (PES), pois de acordo com a Miriam BELCHIOR,(1999, p. 29) também é  “aplicável a qualquer órgão cujo centro do jogo não seja exclusivamente o mercado, mas o jogo político, econômico e social” (apud Huertas, 1997, p.22). Este é um diferencial na forma de pensar o planejamento, pois esta forma de planejar se afasta dos demais pelo fato de não ter um caráter estático, mas têm características de considerar diversos fatores e atores na disputa, com uma visão de adicionar a reflexão sobre a análise de politicas, preocupações mais próximas da realidade e próxima da efetiva arte de governar.

No Planejamento estratégico Situacional (PES) o sujeito que se lança nessa nova proposta de planejamento precisa ter consciência que deve está inserido no objeto de seu planejamento, sempre considerando a existência outros agentes/atores sociais como ativos, pois estes também participam fazendo planos  desenvolvendo estratégias. É extremamente necessário aprender a jogar, pois neste cenário o que existe é uma carga enorme de incertezas, a criatividade dos jogadores é uma característica da interação humana entre poucos e uma ferramenta necessária no planejamento.

Um aspecto relevante na visão de Matus é que o sistema é semicontrolado, se todos os participantes ou jogadores são “estrategistas criativos que cooperam e entram em conflito pelos limitados recursos que o resultado do jogo distribui em cada momento de seu  interminável desenvolvimento.” (MATUS, 2006, 119) Nesse jogo, é importante que as decisões estejam fundamentadas em cálculos parciais bem estruturados no qual possibilite resultados em um futuro possível que consiga um desenvolvimento em várias circunstancias ou cenários. Em um jogo pode acontecer muitas coisas, ser um bom jogador necessariamente não significa ter controle intelectual absoluto das circunstâncias, mas está apto para saber lidar com as tensões que o jogo social promovem, na visão de Matus alguns aspectos são fundamentais para criar um bom gestor, é preciso “requerer mestria artística, vocação e aptidões que só são provadas na prática politica e conseguida mediante o treinamento perseverante [...] então na visão de Matus é preciso aprender o jogo social, logo o “estadista o é conforme tenha domínio, tanto intelectual como artístico, sobre o jogo semicontrolado”. (MATUS, 2006, p. 122)

Um dado importante no jogo social segundo Matus é saber diferenciar uma explicação situacional ou diagnostico, existe uma grande diferença na explicação de quem vence para a explicação da visão de quem perdeu, “explicar bem é diferenciar as explicações dos diversos jogadores e atribuir corretamente a cada jogador as explicações diferenciadas” . ( MATUS, 2006, p. 124) essa visão do Matus sobre a explicação mostra a grande diferença que ele mesmo observa sobre o que significa diagnostico “o conceito de diagnostico, porém , apega-se a uma explicação única supostamente objetiva, e, muitas vezes, sem autor reconhecível[...] por não haver problemas óbvios no jogo social o diagnostico “em vez de diferenciar as explicações dos diversos jogadores, combina-as, ou confunde-as numa só explicação genérica que não representa ninguém em particular”. Por ter uma metodologia flexível, alguns discípulos de Matus, principalmente latino-americanos, fizeram adaptações para a realidades de organizações privadas, a  exemplo de organizações não governamentais e sindicatos.

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