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Artigo Bairro Santo Antônio

Por:   •  28/11/2018  •  Artigo  •  2.293 Palavras (10 Páginas)  •  163 Visualizações

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MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA

DO BAIRRO SANTO ANTÔNIO

Resumo

O presente artigo aborda as necessidades levantadas por moradores do bairro Santo Antônio, de Belo Horizonte, para a melhoria da qualidade de vida local e descreve as ações definidas para este fim. As análises foram realizadas por pesquisadores utilizando-se de pesquisas bibliográficas, de campo e etnográficas. Projetos de sinalizações no bairro e apropriações locais foram as principais soluções encontradas.

Palavras-chave: Qualidade de vida; Apropriação; Melhoria urbana

  1. INTRODUÇÃO

O bairro Santo Antônio, de Belo Horizonte, é marcado por muita história, mas poucos a conhecem. Apesar de seu aspecto tradicional e aconchegante, conservado ao longo dos seus mais de 100 anos de existência, seus moradores mais antigos demonstram sentir falta de participação e interação entre os próprios moradores, como acontecia no bairro há alguns anos. Qual seria a razão deste cenário atual e como melhorar a qualidade de vida local?

Um estudo foi realizado com a finalidade de desvendar as curiosidades que o bairro Santo Antônio guarda em suas raízes e em seu desenvolvimento, e levá-las ao conhecimento de todo o publico do bairro. Assim, seus moradores, comerciantes e visitantes poderiam usufruir melhor do bairro, aproveitar tudo de bom que o bairro oferece, conhecer mais de seus pontos importantes e curiosidades, e melhorar a qualidade de vida local.

        Para realização da pesquisa, foram utilizados métodos de Pesquisa Bibliográficas, Pesquisas de Campo e Pesquisas Etnográficas, tendo como base os princípios do Design Thinking.

  1. DESENVOLVIMENTO

Belo Horizonte traz um sentimento de que todo mundo se conhece e seus bairros também parecem querer imitar o aconchego que permeia as cidades entre as nossas montanhas. E o bairro Santo Antônio, na região Centro-Sul da capital, representa fortemente esses aspectos.

        Atualmente vemos o bairro Santo Antônio como um bairro nobre, predominantemente de classe média alta, no coração de Belo Horizonte. Mas a origem desse ponto, hoje tradicional, conta uma história bem diferente, que remonta à formação da capital mineira e acolhimento de todas as classes sociais, que mais tarde foram se “agrupando” em outras localizações como os bairros Coração de Jesus, Santa Lúcia e Cidade Jardim.

        O bairro Santo Antônio, cujo nome é em honra à Paróquia de Santo Antônio, fundada na localidade em 1936, começou sua história sendo o ponto de encontro da diversidade belo-horizontina no início do século XX. No entanto, uma das curiosidades sobre o bairro é que a Igreja Santo Antônio, propriamente dita, não se localiza no bairro, mas a fé está bem representada na vizinhança através da Paróquia Menino Jesus, na Rua Paulo Afonso, da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, na Praça Cairo, da Igreja Batista Central e do Centro Espírita Manoel Felipe Santiago (BAIRRO, 2017).

        Hoje conhecido como o bairro sede da Copasa, o Santo Antônio já foi referenciado, no passado, por outras peculiaridades. Por volta de 1910 o bairro era povoado por sítios e chácaras e recebeu o primeiro reservatório da cidade. Isso fez com que as pessoas se deslocassem mais para a região, a fim de “ficar perto da caixa d’água”.

        Em 1930, começou-se no bairro um movimento de povoamento intenso, e ele acabou ganhando ares de bairro residencial. Em 1937 recebeu a linha de bonde “Santo Antônio”, que consolidou o nome do bairro, e foi também o endereço da antiga Fafich, a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG. Em 1970, as casas começaram a ceder lugar aos edifícios, tornando o Santo Antônio um bairro majoritariamente verticalizado.

        Na década de 1990 ele ficou nacionalmente conhecido por servir de cenário para o filme brasileiro O Menino Maluquinho, uma adaptação de Helvécio Ratton para a obra em literatura do cartunista Ziraldo. Muitas de suas cenas foram feitas no Santo Antônio, o que chancela o bairro como retrato fiel da paisagem urbano-moderna de Minas (HISTÓRIA).[pic 1]

Com ruas que levam o nome de cidades mineiras e uma topografia acidentada que dão uma bonita vista da cidade, pode-se dizer que o Santo Antônio fica no coração de BH. Muito bem localizado entre os bairros Savassi, São Pedro, São Bento, Cidade Jardim, Luxemburgo e Lourdes, traz a seus moradores boas opções de lazer, gastronomia e serviços a alguns passos de distância. Quem opta por morar no Santo Antônio pode se deslocar a pé para os pontos mais badalados de Belo Horizonte.

        Para começar, contrariando sua origem mais tradicional e pudica, o bairro tem raízes na boemia e já abrigou alguns dos melhores bares e restaurantes da cidade, como Salsa Parrilla, Fuxiquim, Em Nome do Santo, Revista Viva, Casa África, Du Espeto e Via Cristina. Nas ruas Congonhas, Santo Antônio do Monte e Leopoldina hoje se concentram a maior e melhor parte dos barzinhos do bairro, como Ora Bolhas, Bar da Fida, Casa da Árvore, NiHao e Bacon Paradise (CELESTINO, 2015).

        Muitos eventos acontece anualmente em suas ruas, como blocos de Carnaval, bingos, bazares e Festas Junina, sendo a maioria deles promovidos pela Paróquia Menino Jesus, referência no bairro. Seus moradores são muito alegres, amigáveis e respeitosos.

        Durante a Pesquisa de Campo realizada, notou-se que, uma das características mais marcante do bairro Santo Antônio é sua topografia acidentada, muito peculiar nas cidades do interior mineiro. O sobe e desce dos morros garante um visual bonito ao bairro e uma vista privilegiada da cidade. Seus moradores garantem que o Santo Antônio é um bairro bem gostoso de viver, porque ele tem outras características de cidade do interior, tais como vizinhança amigável e ruas arborizadas, que deixam o ar sempre mais leve.

Há muita tranquilidade no bairro, onde não se encontra barulho de som alto nem de carros e em casas, o que demonstra um respeito para com os outros. Em conversa com alguns idosos, estes pontuaram a questão da segurança no bairro e alegam que o bairro tem sido visado em assaltos, mas ainda o consideram um bom lugar para morar.

        Quem transita pela Rua Leopoldina pode ver a escultura independente “Vaquinha”, que se encontra na calçada desde 1983. Essa escultura já está legalmente inserida no conjunto de elementos que faz hoje o Santo Antônio: é tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de BH e amada pela grande maioria dos moradores. O artesão responsável pela obra afirma que a intenção com a vaquinha é quebrar a monotonia e o caos do meio urbano, e fazer com que as pessoas se lembrem do meio rural e da natureza, duas características bem arraigadas em Minas. Dá pra entender porque o bairro une tanto o tradicional e rústico com o moderno e arrojado. (BAIRRO, 2017).

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