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As Operações de inteligência

Por:   •  1/7/2017  •  Resenha  •  2.039 Palavras (9 Páginas)  •  985 Visualizações

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Disciplina: Operações de Inteligência

Responsável: Marco Aurélio Rocha

Identificação da tarefa: Tarefa 3.2. Segunda tarefa final da disciplina. Envio de arquivo.

Pontuação: 20 pontos de 40

TAREFA 3.2

Como estudamos no material didático, o objetivo das Operações de Inteligência são, normalmente, a busca do dado negado ou escondido, ou seja, aquele que não esta disponível pelas fontes normais ou ostensivas. É o alvo da operação, podendo ser uma pessoa, um documento, objetos, locais, etc. Esse alvo poderá ser alcançado através de ações de busca e técnicas operacionais, podendo estar relacionadas a fotografias sigilosas e importantes, vigilância a pé e transportada, reconhecimento operacional, entrevistas, recrutamento operacional, estória-cobertura e empregos de recursos eletrônicos e como podemos ver no decorrer dos nossos estudos, a informação privilegiada e muitas vezes negada, é um produto que gera uma expectativa de poder, sobretudo quando é possível saber antes dos rivais. A habilidade de controlar os fluxos e os acervos informacionais é decisiva para a maximização do poder, e as formas de obtê-las também o é. A Soberania do Estado bem com a sobrevivência no mundo dos negócios segundo os novos paradigmas demanda cada vez mais lideranças competentes e aptas a conciliar interesses muito diversos. Para os tomadores de decisão é cada vez mais importante saber lidar com questões subjetivas, relacionando o contexto decisório à perspectiva estratégica da organização. A prática das Funções de Inteligência e Contrainteligência nas Unidades de Segurança e organizações empresariais é uma resposta à globalização dos mercados e ao acirramento da concorrência com abrangência global.

Por isso faça as pesquisas solicitadas (citando obrigatoriamente a fonte) bem como responda as questões abaixo:

  1. Pesquise na INTERNET ou em periódicos confiáveis, um exemplo de Operação de Inteligência (espionagem, contrainteligência, contraespionagem, etc...) desenvolvido no meio Militar e Empresarial?

Operação para captura de Adolf Eichmann

Outro célebre caso de retaliação havia sido realizado alguns anos antes, na Argentina. Era lá que se escondia o criminoso nazista Adolf Eichmann, um dos responsáveis por colocar em prática a Solução Final (o extermínio em massa de judeus) durante a 2a Guerra Mundial.

Em novembro de 1945, quando começaram em Nuremberg os julgamentos dos criminosos de guerra, Eichmann decidiu que era hora de desaparecer. Ele fugiu da prisão onde estavam os nazistas capturados e passou 4 anos escondido em uma pequena cidade alemã, onde trabalhou disfarçado como um pacato lenhador. No início de 1950, entrou em contato com uma organização clandestina de veteranos de guerra, que o ajudou a chegar à Itália, onde um padre franciscano – perfeitamente ciente de sua verdadeira identidade – lhe arrumou um passaporte de refugiado. Eichmann chegou a Buenos Aires em julho do mesmo ano e não teve dificuldades para obter novos documentos falsos de identidade, usando agora o nome fictício de Ricardo Klement.

Enquanto o “refugiado” levava uma vida pacata ao sul do Equador, a CIA investigava indícios de que ele pudesse estar em países como a Síria e o Iraque. Mas a verdade é que ninguém ouviu nada sobre seu paradeiro até 1957, quando o ministro das Relações Exteriores de Israel recebeu um telefonema que o avisava que Eichmann estava vivo e morando na Argentina. Tudo indica que a identidade do nazista tenha sido revelada graças a um descuido de seu filho Nicholas. O jovem se envolvera com uma argentina judia e, sem saber suas origens, vangloriou-se dos “feitos” de seu pai. Teria dito, inclusive, que foi uma pena os nazistas não terem “terminado o trabalho”. Mais tarde chegou-se a especular que tudo fora uma armação, e que a tal namorada era na verdade filha de um agente secreto. A descoberta de Eichmann gera controvérsias até hoje; pelo menos 12 pessoas afirmam ser as responsáveis pelo achado, incluindo famosos caçadores de nazistas como Simon Wisenthal. O fato concreto é que em pouco tempo a notícia chegou aos ouvidos do chefe do Mossad, Isser Harel, que pediu permissão ao primeiro-ministro, David Ben Gurion, para dar início à caçada.

As primeiras informações levaram os agentes israelenses a uma casa onde Eichmann já não morava mais havia algum tempo. A investigação seguia lentamente, uma vez que o alemão removera cuidadosamente todos as evidências de seu passado, inclusive uma tatuagem que muitos nazistas tinham abaixo da axila esquerda. Foi somente em 1959 que os israelenses descobriram que o subordinado de Hitler agora atendia pelo nome de Ricardo Klement. A partir daí, ficou mais fácil descobrir a nova morada de Eichmann. Agentes foram designados para vigiar e fotografar a casa por semanas a fio, em busca de provas de que se tratava de fato da pessoa que procuravam. Embora os indícios fossem fortes, não podiam correr o risco de prender o homem errado. A confirmação que esperavam veio no dia 21 de março de 1960. Naquela tarde, “Klement” desceu do ônibus que o trazia do trabalho todos os dias e caminhou pela rua lentamente, como de costume. Ele carregava um buquê de flores, que foi prontamente entregue à mulher que lhe abriu a porta. Mais tarde, os agentes ouviram risadas e sons de comemoração. Já não restavam dúvidas de que o alvo havia sido encontrado: 21 de março de 1960 era o dia do aniversário de 25 anos de casamento de Adolf Eichmann.

Capturado, julgado e executado

Isser Harel cuidou pessoalmente da captura do nazista. O plano era aproveitar as comemorações do 150º aniversário de independência da Argentina, quando representantes do mundo todo estariam presentes, para infiltrar os agentes no país sem levantar suspeitas. Os homens e mulheres envolvidos na operação (calcula-se que tenham sido mais de 30) chegaram em vôos diferentes, partindo de origens diferentes e instalando-se em lugares diferentes. No início da noite de 11 de maio, quando descia do ônibus rumo a sua casa, Eichmann foi interpelado por Peter Malkin, líder dos agentes (ele próprio uma vítima do Holocausto, já que perdera 1 irmã e 3 sobrinhos). Ao se virar para trás, o alemão foi imobilizado, detido e jogado dentro de um carro, que o levou para o esconderijo do Mossad na capital argentina.

Nos 10 dias que se seguiram, Eichmann foi interrogado e até assinou um documento em que declarava não se opor a um julgamento. Temendo revelar a identidade do nazista, sua esposa e seus filhos não procuraram a polícia – o que colaborou com o sucesso do plano, já que Israel sabia estar violando normas internacionais ao seqüestrar Eichmann. Para que pudessem deixar a Argentina sem levantar suspeitas, a solução foi embarcar o prisioneiro, juntamente com alguns agentes, em um vôo regular da companhia El Al. Eichmann foi sedado, de forma que conseguisse andar amparado por dois homens. Anos mais tarde, Isser Harel contou que, ao chegar ao aeroporto, os agentes disfarçados teriam dito a policiais que o colega trôpego havia bebido demais na noite anterior. Levado para Israel, Eichmann foi julgado e condenado à morte. Ele foi enforcado no dia 1o de junho de 1962. Seu corpo foi cremado e as cinzas foram jogadas no Mediterrâneo, fora dos limites territoriais de Israel.

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