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Competências Ecovilas

Por:   •  21/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  8.552 Palavras (35 Páginas)  •  179 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO

Mapeamento de Competências em uma Ecovila

Bruno Neves

Elisa Steffen

Lucas Borin

Porto Alegre

2016

SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        

2        REVISÃO DA LITERATURA        

2.1.        COMPETÊNCIAS        

2.2.        MAPEAMENTO DE COMPETÊNCIAS        

2.3.        APRENDIZAGEM        

3        METODOLOGIA        

Roteiro para Entrevista – Mapeamento de Competências        

Roteiro para Entrevista – Aprendizagens Organizacionais        

4        ANÁLISE DO AMBIENTE        

5        COMPETENCIAS ORGANIZACIONAIS        

6        COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS        

6.1.        COMPETÊNCIA 1 – Gestão de Relacionamentos        

6.2.        COMPETÊNCIA 2 – Auto-Gestão        

6.3.        COMPETÊNCIA 3 – Comunicação Não-violenta        

7        TRILHAS DE APRENDIZAGEM        

8        CONCLUSÕES        

ANEXOS        


  1. INTRODUÇÃO

Com o crescente desenvolvimento e avanço tecnológico o ser humano tem vivido em um mundo com valores inversos, poluindo o meio ambiente, consumindo demasiadamente e se afastando tanto da natureza quanto das relações interpessoais mais profundas.

Nesse sentido, há a mobilização de alguns em busca de uma vida mais tranquila e longe dos grandes centros urbanos. Essa busca pode se dar de forma solitária ou em comunidade. Esse é o caso das Ecovilas. São locais onde os indivíduos vivem em harmonia, em contato com a natureza e vivem através da permacultura, ou seja, criação de um ambiente sustentável e produtivo que está em equilíbrio com a natureza.

Este trabalho terá como enfoque uma Ecovila situada no estado do Rio Grande do Sul. Foi observado que não há qualquer tipo de regras para aprovar a entrada de um novo indivíduo, ficando totalmente a critérios de indicações e amizades de indivíduos que já pertencem à comunidade. A partir dessas indicações, o dono do local aprova, ou não, a entrada do novo integrante.

Nesse contexto, percebeu-se a necessidade de uma melhor estruturação na gestão da Ecovila e, em função da necessidade de indivíduos que possuam certo conhecimento para ajudar nas atividades do local, revolveu-se fazer esta gestão baseada nas competências dos integrantes. Através de observações de um dos membros da comunidade e de entrevistas feitas com pessoas-chave que moram no locam, foram mapeadas as competências necessárias para o bom funcionamento das atividades da comunidade, além dos pré-requisitos necessários para a entrância de novos

Desse modo, esse trabalho foi estruturado da seguinte maneira: revisão teórica dos conceitos de Competências, Mapeamento de Competências e Aprendizagem; metodologia aplicada na pesquisa e mapeamento das competências de acordo com os resultados obtidos.


  1. REVISÃO DA LITERATURA

  1. COMPETÊNCIAS

Com as mudanças organizacionais que vêm ocorrendo no mercado de trabalho hoje em dia, cada vez mais vem se escutando a expressão “Gestão por Competências”. Para quem já ouviu falar, as primeiras palavras que vêm à cabeça quando se escuta “competências” são: conhecimento, habilidades e atitudes. O famoso “CHA”. Entende-se que não basta um indivíduo possuir conhecimento e habilidade para desempenhar determinada tarefa, mas também ter a atitude de desempenhá-la para conquistar resultados concretos.

Segundo Antonello (2010), antigamente associava-se competência com qualificação profissional. Porém, após os anos 90, o foco empresarial passou a ser nos resultados e não mais nos processos. O mercado de trabalho está mais dinamizado, os indivíduos devem estar mais flexíveis e “capazes de lidar com situações novas e imprevistas”. (ANTONELLO, 2010, p. 5).

Muitos autores que falam a respeito de competências afirmam que este é um termo novo e que possui muitas conceituações, e ainda estar em construção. Segundo Antonello (2010), pode-se dividir as competências em três correntes: americana, francesa e inglesa. A corrente americana recebe este nome porque é proposta principalmente por norte-americanos, como Boyatzis (1982) e McClelland (1973). A francesa é proposta por, por exemplo, Le Boterf (1999) e Zarifian (1999) e por último, a inglesa por Nordhaug e Gronhaug (1994), entre outros.

A corrente americana apresenta uma abordagem voltada para o comportamento do indivíduo. Para McClelland (1973) a competência é um conjunto de características individuais que podem ser observadas. Elas se relacionam com o desempenho superior de um indivíduo no trabalho (é esta corrente que propõe as competências como o conjunto de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes que comentamos acima). Boyatzis relaciona essas competências com o cargo que a pessoa ocupa dentro da organização, pois elas devem estar vinculadas ao que é esperado do indivíduo. Ou seja, essa corrente foca no indivíduo, mas assume que ele deve estar alinhado à empresa.

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