Conceito de Gestão de conhecimento

INTRODUÇÃO

A Gestão do Conhecimento nos mostra uma nova maneira de pensar e agir, sobre esses argumentos, iremos mostrar nas etapas desenvolvidas pelo grupo, como inserir a GC como diferencial competitivo, sem mudar a estrutura já existente.

Nos últimos anos, vimos que ocorreram várias mudanças no posicionamento competitivo das empresas em geral. Empresas e até países se viram obrigados a sair de sua zona de conforto diante de competidores mais preocupados com novas máquinas, equipamentos, tecnologias e estratégicas técnicas de modelos de gestão no ambiente organizacional. No entanto, esses fatores podem deixar de ser o diferencial competitivo, quando copiados e frequentemente tornam-se fatores de igualdade para muitas empresas. A vantagem de aprender mais rápido que o concorrente, talvez seja a única vantagem competitiva sustentável, deve-se equilibrar o interesse de todos os envolvidos fazendo com que as pessoas acreditem na possibilidade de mudar seu ambiente e disponibilizar tempo para o aprendizado.

1- CONCEITO DE GESTÃO DE CONHECIMENTO

Conceito de Gestão de conhecimento é difícil de ser definido com precisão, sendo assim, vamos mostrar a seguir, qual é o conceito que está por trás desta ferramenta de gestão. Segundo o European Guide to Good Pratice in Knowledge Management (2004), “ Gestão de conhecimento é a gestão das atividades e processos que promovem o conhecimento para o aumento da competitividade por meio do melhor uso e da criação de fontes de conhecimentos individuais e coletivas”.

A Gestão do Conhecimento é um processo para criação, captura, armazenamento, disseminação, uso e proteção do conhecimento importante para a empresa. A Gestão do Conhecimento, por meio de suas práticas, objetiva organizar de forma estratégica os conhecimentos dos colaboradores e os conhecimentos externos, que são fundamentais para o sucesso do negócio.

1.1 Gestão de conhecimento x Gestão de informação

De acordo com os estudos e pesquisas realizadas, conseguimos identificar a diferença entre essas duas ferramentas de gestão.

A gestão do conhecimento, em sentido mais amplo, está focada no conhecimento tácito ‘embutido’ nas pessoas e na organização como um todo. Seu objetivo principal é facilitar as relações de conhecimento fundamental e garantir o desenvolvimento contínuo e a inovação.

Já a gestão da informação esta focada na informação como objeto e no gerenciamento da informação explícita e factual por meio de sistemas automatizados. Seu objetivo é apoiar processos internos e garantir a qualidade das operações do negócio.

Podemos dizer então, que um é aliado ao outro, um sempre caminha lado a lado com o outro, sempre em busca dos melhores resultados.

2 PERGUNTAS

Como favorecer a criação de conhecimento novo na empresa?

O processo de criação de conhecimento é essencial para uma empresa, o principal fundamento é identificar, transformar e criar ativos tangíveis e intangíveis que são mobilizados a favor das inovações. A criação de novo conhecimento dentro da empresa pode ser facilmente favorecida através do acesso as informações, troca de relações, interação, troca de experiências, cursos de capacitação externa e até mesmo interna e uma visão política sempre focada no bom ambiente de trabalho, tudo isso sempre voltado aos seus colaboradores, pois são eles a maior fonte de novos conhecimentos das organizações.

Como fazer com que todos os colaboradores se apropriem deste conhecimento novo?

A organização precisa se adequar-se ao novo conhecimento, a começar mudando a sua política, fazendo assim com que os colaboradores incorporem as novidades e acompanham o novo ritmo dela. Aqueles que não se adequarem a esse novo perfil, vai acabar entrando em desacordo com o restante e poderão assim, perder seu grau de competitividade no ambiente de trabalho.

Como reter o conhecimento do funcionário que se afasta da organização?

As organizações podem até ter um plano de treinamento para novos funcionários e para os mais experientes também, a fim de que os mais novos adquiram os conhecimentos e experiências já vividas pelos mais antigos e os antigos adquiram novas experiências afin de capacitar ainda mais suas experiências. Há também a necessidade de um planejamento, para que sejam registrados através de processos mapeados, por exemplo, as fases de cada função desenvolvida dentro da empresa. Assim, caso não seja possível a realização do treinamento, aquele que assumir a função, adquirirá o conhecimento através dos registros arquivados.

3 Processos de conversão do Conhecimento - SECI

De acordo com Nonaka & Takeuchi (1997), a organização deve ser capaz de captar, armazenar e transmitir o novo conhecimento organizacional criado a partir da transformação do conhecimento tácito (pessoal e informal) em conhecimento explicito (formal e sistemático). Conforme Nonaka, Umemoto & Senoo (1996), uma organização cria conhecimento por meio das interações entre o conhecimento explicito e o tácito, estas interações são denominadas “conversão do conhecimento”.

Este processo de criação do conhecimento organizacional e denominado de SECI – Socialização, Externalização, Combinação e Internalização – e ocorre mediante a interação continua e dinâmica entre o conhecimento tácito (informal e incorporado em valores e crenças) e o conhecimento explicito (formal e codificável) (NONAKA & KONNO, 1998).

Quatro modos de conversão do conhecimento podem ser identificados: socialização (de conhecimento tácito para conhecimento tácito); externalização (de conhecimento tácito para conhecimento explicito); combinação (de conhecimento explicito para conhecimento explicito) e a internalização (de conhecimento explicito para conhecimento tácito). 3.1 Socialização

É modo de conversão do conhecimento denominado socialização configura o processo de compartilhamento de experiências e viabiliza a criação do conhecimento tácito (NONAKA, 1994). Segundo Silva (2002, p.46) uma frase sintetiza esta conversão: “troca de conhecimentos face-a-face entre as pessoas”.

3.2 Externalização

O processo de externalização