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ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DESENVOLVIDAS PELAS MULHERES MASTECTOMIZADAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Por:   •  24/5/2016  •  Monografia  •  2.338 Palavras (10 Páginas)  •  386 Visualizações

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FACVLDADE MAURÍCIO DE NASSAU

UNIDADE JOÃO PESSOA – PB

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DESENVOLVIDAS PELAS MULHERES MASTECTOMIZADAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

JOÃO PESSOA – PB

2016

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FACVLDADE MAURÍCIO DE NASSAU

UNIDADE JOÃO PESSOA – PB

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

GIANNY GABRIELLA DA CRUZ GOUVEIA E SILVA

ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DESENVOLVIDAS PELAS MULHERES MASTECTOMIZADAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Projeto de Pesquisa apresentado como requisito de nota parcial, para obtenção de nota da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) I.

Orientadora: Prof.ª Esp.ª Ma: Annelyse dos Santos Lira Soares Pereira

JOÃO PESSOA – PB

2016

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

O câncer de mama é um problema de saúde pública no Brasil. De acordo com estimativas oficiais, apenas em 2010 seriam registrados no país cerca de 50.000 novos casos. Trata-se da maior causa de morte por câncer entre as mulheres. É de extrema relevância caracterizar que a contribuição do rastreamento para essa redução da mortalidade varia entre 30% e 50%, isto é, quando um programa de rastreamento reduz a mortalidade em 30%, o rastreamento contribui com 9% a 15%, enquanto que a melhoria do tratamento e do diagnóstico precoce contribui com 15% a 21%. A descoberta de forma tardia do tumor restringe as possibilidades de tratamento, reduz as possibilidades de cura e limita também o prognóstico (ALVES, 2011).

Conforme Santos et al., (2011) O interesse da comunidade científica pelos aspectos psicossociais do câncer de mama se mostrou consideravelmente elevado nas duas últimas décadas. Um dos principais temas investigados tem sido o impacto psicossocial do diagnóstico e do tratamento. De acordo com a literatura científica atual esse conhecimento é relevante para o aprimoramento das modalidades de atendimento multidisciplinar às mulheres e fornecimento de suporte a seus familiares.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) (2004) estima que, por ano, ocorram mais de 1.050.000 casos novos deste tipo em todo o mundo. O seu aparecimento é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta idade sua incidência cresce rapidamente. Apesar das novas tecnologias, ainda acarreta severos danos na vida das mulheres.

Estudos mostram que uma em cada 15 mulheres irá apresentar algum tipo de problema nas mamas durante a vida, não sendo necessariamente carcinoma de mama; 10% das mulheres apresentam as chamadas lesões benignas da mama. Atualmente, no Brasil, apenas 3,4% dos casos são detectados na fase inicial, enquanto 60% são diagnosticados em casos avançados, quando a doença já se tornou incurável (INCA, 2015).

Os fatores de risco estão classificados em muito elevados (mãe ou irmã com câncer de mama na pré-menopausa), mediamente elevados (mãe ou irmã com câncer de mama na pós-menopausa e nuliparidade) e pouco elevados (menarca precoce, menopausa tardia, primeira gestação de termo depois de 34 anos, obesidade, sedentarismo, ingestão alcoólica excessiva e terapia de reposição hormonal por mais de 5 anos) (AZEVEDO e SILVA et al., 2014).

Para além desta perspectiva, estudos epidemiológicos indicam que fatores ambientais são responsáveis por pelo menos 80% da incidência do câncer de mama. Fatores genéticos representam 5% a 7%, porém, quando se apresenta antes dos 35 anos, esta frequência chega a 25% (BRASIL, 2004).

Vale ressaltar que a mama não corresponde apenas ao aspecto físico, ela é vista como um símbolo de caráter feminino, por isso é motivo de orgulho para a mulher e bela admiração para os homens, possuindo um significado afetivo e psicológico. Deste modo, a palavra câncer traz um estigma muito forte para a mulher, pois além de estar associada à morte, pode afetar uma parte tão valorizada do seu corpo (CESNIK; SANTOS, 2012).

Ainda conforme o autor acima citado, outro ponto pertinente para aumentar a preocupação em relação ao câncer é o fato de não existir ainda um método que previna o seu aparecimento de maneira eficaz. Desta forma, torna-se essencial a informação às mulheres da real necessidade de detectarem o seu aparecimento nas fases iniciais, através do autoexame de mama, que proporciona chance de cura bem mais complexa e tem se mostrado bastante eficiente em evitar complicações mais drásticas.

É de extrema importancia o autoexame, pois o sinal mais comum do câncer da mama é o aparecimento de um nódulo ou caroço palpável na mama ou na axila, sobretudo quando não desaparece durante o ciclo menstrual e não muda de local quando apalpado, acompanhado ou não de dor. Ainda podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos/retrações ou um aspecto semelhante à casca de uma laranja, eritema, alteração da aréola, ulceração, sangramento ou desvio do mamilo (LOURENÇO; MAUAD; VIEIRA, 2013).

Ainda de acordo com o autor acima mencionado, infelizmente o tratamento mais comum é a realização da extração da mama comprometida. Em alguns casos, os profissionais de medicina vêm fazendo apenas a retirada de partes da mama, através de: quadrantectomia (remoção de um quarto da mama) e lumpectomia (remoção apenas do tumor e de pequena região circunvizinha), obtendo assim bons resultados em termos de sobrevida e melhor efeito estético, já que o órgão é parcialmente conservado.

Além das implicações relacionadas ao tratamento, devem-se considerar também os efeitos deletérios dessa doença (o medo da morte, da rejeição, de ser estigmatizada, da mutilação, da recidiva, dos efeitos da quimioterapia, incerteza quanto ao futuro e a sua psicológica), que são representações que têm preocupado os profissionais de saúde, em especial os da psicologia envolvidos com a qualidade de vida dessas mulheres. Pois nota-se que o centro do modelo de assistência à saúde destas mulheres está voltado apenas para o cuidado corporal, estético e microbiológico. Apresentando, assim um déficit do cuidado mental e psicológico (FARINHAS; WENDLING; DELLAZZANA-ZANON, 2013).

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