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ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE PARA O COOPERATIVISMO NA FRONTEIRA NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Por:   •  16/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.835 Palavras (8 Páginas)  •  337 Visualizações

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ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE PARA O COOPERATIVISMO NA

FRONTEIRA NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

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RESUMO

Este artigo trata de estratégias de sustentabilidade para as cooperativas da Região Noroeste do

Estado Grande do Sul, cujo objetivo principal é apontar formas alternativas de gestão.

Mediante pesquisas realizadas em cooperativas do ramo agrícola da região noroeste, pretendese

mostrar a importância que cooperativas bem estruturadas e planejadas têm para a sociedade

como um todo. As cooperativas hoje têm relevância na economia brasileira e gaúcha, tanto na

comercialização dos produtos dos associados, quanto na geração de emprego e renda. Além

disso, tem se apresentado como papel fundamental para o desenvolvimento dessa região.

Essas pesquisas apresentam elementos observados nos encontros de planejamento com

cooperativas que se encontram em variados estágios de desenvolvimento, onde se analisou os

entraves existentes e buscaram-se formas alternativas de sustentabilidade, visto que o

cooperativismo é importante, pois caracteriza uma das formas mais avançadas de organização

da sociedade. Representa possibilidades de superar dificuldades em torno de necessidades e

objetivos comuns à classe trabalhadora, de diferentes categorias profissionais.

Palavras-chave: Cooperativismo; Alternativas e Sustentabilidade.

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INTRODUÇÃO

Este trabalho originou-se de um estudo feito nas cooperativas agrícolas na região

noroeste do RS, objetivando apontar estratégias que possam ajudá-las em seu processo de

autogestão, mostrando-lhes alternativas que viabilizem seu processo de desenvolvimento,

tornando-as mais eficazes e obtendo dessa forma, melhores resultados para seus cooperados.

O espírito de cooperação e solidariedade é profundamente humano, tão antigo como o

da luta pela vida e vamos encontrá-lo nas sociedades mais primitivas. A cooperação, que em

todos os lugares, responde à necessidade do ser humano, é na verdade um conceito universal.

As cooperativas estão presentes em todos os países e em todos os sistemas econômicos e

culturais. O sistema cooperativo é bastante diferenciado dos demais sistemas administrativos,

pois, possui características próprias e bem definidas.

Na fronteira Noroeste do estado do Rio Grande do Sul surgiram e continuam surgindo

cooperativas com objetivos bastante comuns, na sua grande maioria, formadas por pequenos

agricultores que se unem para agregar valor aos seus produtos. A principal dificuldade

encontrada nessas cooperativas é a falta de experiência em gestão de negócios, pois são

formadas pelos próprios produtores os quais não têm o conhecimento necessário para se obter

uma gestão eficaz. Com isso, acabam contratando serviços de terceiros e muitas vezes são

enganados, o que acaba gerando conflitos e desconfiança entre os próprios cooperados.

São essas cooperativas que em muitos casos possibilitam a permanência do pequeno

agricultor no campo, pois hoje, o êxodo rural é uma triste realidade. Ele acontece devido a

pouca valorização da produção da agricultura familiar. Desanimados com os baixos preços de

seus produtos, os jovens do campo abandonam a propriedade rural e saem em busca de um

emprego na cidade. Acredita-se que cooperativas de agricultores familiares, estruturadas, com

planejamento e uma visão de futuro possam colaborar na inversão desse processo de êxodo

rural, servindo de incentivo para os jovens permanecerem no campo e também oferecendo

condições de retorno para quem hoje está na cidade.

Este estudo teve como base para coleta de informações, encontros de planejamento e

visitação em algumas cooperativas da região e sua importância está em retratar a realidade em

que se encontram as cooperativas da região noroeste, refletindo assim, uma realidade atual de

muitas outras cooperativas brasileiras do mesmo ramo. Essas cooperativas entendem que há

uma necessidade iminente de mudança em seus processos administrativos, de gestão e

produção, tendo em vista o ambiente competitivo que está cada vez mais decisivo para o

sucesso no mercado.

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ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE PARA O COOPERATIVISMO NA

FRONTEIRA NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

O cooperativismo pode ser definido como uma doutrina cultural e socioeconômica que

consagra os princípios fundamentais da liberdade humana, apoiada por um sistema de

educação e participação permanente. Surgiu como forma de organização social para a solução

de problemas econômicos, no mesmo contexto e na mesma época do Comunismo e do

Sindicalismo, que tinham objetivos semelhantes, mas propostas distintas. O Comunismo

propunha a estatização dos meios de produção para aniquilar o sistema capitalista. O

Sindicalismo incentivava a organização dos trabalhadores em defesa de seus interesses diante

das empresas capitalistas. Já o cooperativismo, optou pela organização autogestionada de

pessoas para a solução de problemas específicos. Depois de um século de experiências,

constata-se o fracasso do comunismo, o enfraquecimento do sindicalismo e o crescimento do

cooperativismo, movimento já implantado em todos os países e em todos os setores da

economia.

BUTTEMBENDER afirma que:

As organizações cooperativas têm desenvolvido e adotado novas estratégias e

incorporado novas competências para atuar em ambientes de competitividade

crescente. O foco direciona-se para as capacidades internas e externas abrangendo

amplitude das empresas e de seus entornos. As novas práticas estão gerando

estratégias, arquiteturas e alianças inovadoras, integração horizontal e vertical,

...

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