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ESTUDO DIRIGIDO - ASSISTÊNCIA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA

Por:   •  15/1/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.523 Palavras (11 Páginas)  •  210 Visualizações

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FACULDADE DE IMPERATRIZ – FACIMP

CURSO: FARMÁCIA 8º PERÍODO

DISC: ASSISTÊNCIA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA

SORAIA DA SILVA CARNEIRO

ESTUDO DIRIGIDO - ASSISTÊNCIA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA

Imperatriz – MA

2017

1 DADOS DA ENTREVISTA

A entrevista clínica é focada no perfil do paciente, história clínica e história de medicação. A história clínica inclui queixa principal, história da doença atual, história médica pregressa, história social, histórico familiar e revisão por sistemas. Em um primeiro momento, o farmacêutico deve buscar conhecer o estado de saúde e todos os medicamentos usados pelo paciente, com a devida indicação clínica, posologia e a resposta recente de efetividade e segurança. Além dos medicamentos prescritos, podem ser usados suplementos vitamínicos, plantas medicinais e até outros medicamentos tomados por conta própria (automedicação), pouco falados pelos pacientes, por não acharem que têm importância na análise. O objetivo é a construção de um registro de informações chamado Estado de Situação. Tais documentos possuem dois tipos: um para a interação farmacêutico-paciente e outro para intervenções (CORRER e OTUKI, 2011).

Na primeira entrevista, deve-se documentar e registrar cada informação recebida do paciente. Nesta fase é importante escutar e prestar muita atenção, sem interromper o paciente. Quanto aos medicamentos, é importante perguntar os que estão em uso, o prescritor, o motivo da receita, se houve melhora no resultado, o início e término do tratamento, a quantidade e forma de administração e se paciente têm alguma dificuldade em seguir a terapêutica. Deve-se levar em conta os aspectos socioculturais e psicológicos do paciente para a elaboração de perguntas, de modo afacilitar a sua compreensão (, FERNÁNDEZ-LLIMÓS e FAUS, 2003).

Para fins de organização, Bisson (2007) sugere que as perguntas podem ser formuladas em blocos de questões, incluindo informações demográficas (idade, peso, raça, residência, educação, ocupação), sociais (tabagismo, etilismo, uso de drogas) e dietéticas (restrição dietética, uso de suplementos) do paciente, além do histórico de patologias e queixas. Essas informações permitem ao farmacêutico verificar os riscos ao qual o paciente está suscetível, pois alguns aspectos, como a ocupação e o estilo de vida, podem interferir no resultado da terapêutica. Dados médicos, como o histórico de alergias, também são úteis na identificação de PRMs.

Outros tópicos importantes são os dados advindos de exames clínicos e laboratoriais. Na prática, há dois componentes essenciais que precisam ser definidos para cada meta terapêutica:

1) Os parâmetros clínicos e/ou laboratoriais mensuráveis, que serão utilizados para medir o resultado. Estes podem ser sinais ou sintomas observáveis pelo profissional e pelo paciente e/ou exames laboratoriais com valores de referência a serem alcançados;

2) O prazo definido para alcance dos resultados.

2 CONTROLE E ACOMPANHAMENTO FARMACÊUTICO DO PACIENTE

Os serviços fornecidos pela farmácia devem atuar em conjunto com o serviço médico na atenção à saúde. O paciente com acesso a um tratamento prescrito que atendesse à racionalidade terapêutica, juntamente com a avaliação de fatores que podem interferir no tratamento, teria uma segurança maior na prevenção e resolução de seus problemas. De modo geral, todos os métodos de atenção farmacêutica advêm de adaptações do método clínico clássico de atenção à saúde (VIEIRA, 2007).

Dentre as principais atividades que caracterizam a atenção, inclui-se a detecção de suspeita de reações adversas e de intoxicações por medicamentos, orientação ao paciente, comunicação ao prescritor e notificação do evento. A implantação de ações de Atenção Farmacêutica é muito importante para o efeito terapêutico, pois melhora a relação farmacêutico-paciente, aumenta a aderência ao tratamento, promove o uso e armazenamento seguro e previne intoxicações e outros resultados negativos atrelados à farmacoterapia. As ações também auxiliam na elaboração de educação e promoção da saúde e nas campanhas comunitárias (VIDOTTI; SILVA, 2006).

Segundo Marques (2008), é importante ressaltar que salientar que alguns profissionais acham que a Atenção Farmacêutica se resume às atividades atreladas ao Seguimento Farmacoterapêutico. No entanto, ela pode englobar todas as atividades direcionadas ao paciente. São elas:

- Dispensação ativa;

- Formulação magistral;

- Consulta/Indicação Farmacêutica ou Atenção Farmacêutica em Distúrbios Menores;

- Educação sanitária;

- Uso racional de medicamentos;

- Farmacovigilância;

- Seguimento do Tratamento Farmacológico.

O Seguimento Farmacoterapêutico se caracteriza como uma das principais atividades da Atenção Farmacêutica, pois é nesta atividade que o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do paciente em relação aos medicamentos, através da detecção e resolução de problemas relacionados a medicamentos, bem como a avaliação contínua da terapia. Há várias metodologias de seguimento farmacoterapêutico disponíveis na literatura e a mais citadas são o Método Dáder, o Pharmacotherapy WorkUp, o Therapeutic Outcomes Monitoring (TOM) e o sistema SOAP (Subjective, Objective, Assessment, Plan). Todos esses visam fornecer ao farmacêutico certas abordagens e procedimentos desde o atendimento clínico, com coleta e análise de informações até a elaboração de um plano de cuidado (CORRER e OTUKI, 2011).  

Embora as qualidades da Atenção Farmacêutica reforcem a necessidade presente da sua implantação no cenário atual, o desenvolvimento de programas neste cunho deve ser feito com muito planejamento, implementação e avaliação dos resultados. Por isso, o registro das atividades faz parte do processo da Atenção Farmacêutica, o que permite a análise do acompanhamento farmacoterapêutico, se as atividades realizadas melhoram o estado de saúde do paciente (VIDOTTI e SILVA, 2006).

3 ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO

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